Reunir 15 curiosidades sobre Mark Zuckerberg foi um trabalho extremamente satisfatório para mim, apesar da extensa e onerosa pesquisa que fiz para poder encontrar algo fora da curva.
Com relação à ‘fora da curva’, eu me refiro a informações que fujam óbvio em relação ao fundador de uma das maiores empresas da história.
Aliás, Zuckerberg, como veremos, não é apenas o fundador de um enorme conglomerado, mas sim a pessoa por trás de uma das maiores revoluções na estrutura social contemporânea.
Categorizar tal indivíduo apenas como um nerd antissocial e egocêntrico — que eventualmente se tornou um dos maiores magnatas do Vale do Silício —, desrespeita não somente as nuances da personalidade humana, mas também o ‘corre’ para conseguir se destacar em um dos ambientes mais competitivos do planeta.
O ‘corre’ em si, como sabemos, foi transformar o Facebook (então thefacebook, que se tornaria Meta 18 anos depois) no maior símbolo da informação imediata e da liberdade de expressão.
Esses dois elementos, que, sem dúvidas, são o esqueleto do Facebook, foram exclusivamente criados por Mark Zuckerberg e você entenderá o porquê. Entretanto, o Facebook (e todas as suas outras empresas) servirão de pano de fundo.
Como este artigo se chama “curiosidades sobre Mark Zuckerberg”, o foco é o criador e não a criatura, mas é difícil não atrelar Zuckerberg e Facebook.
Na verdade, eu considero o Facebook um simbionte de Mark Zuckerberg (o contrário também pode ser afirmado).
Portanto, durante a pesquisa sobre a vida da mente por trás de umas maiores plataformas de comunicação que a humanidade já viu, decidi recorrer a uma postura mais agressiva.
Após ler vários livros, documentários — inclusive, um desses documentários está disponível no Amazon Prime Video, clique aqui para assistir —, entrevistas e, até mesmo, o filme A Rede Social – que, embora bastante elogiado, não agradou Mark e os outros personagens envolvidos na criação do Facebook -, me senti preparado para escrever este artigo.
Enfim, depois dessa longa introdução, acredito que estamos prontos para uma imersão no universo de Mark Zuckerberg.
1. Esgrima: da infância ao metaverso
Ao contrário do que muitos pensam, Mark Zuckerberg não era aquele nerd clássico que costuma passar horas no computador programando nas mais diversas linguagens enquanto come quantidades exageradas de batatas chips.
Na verdade, ele também era assim, mas como eu disse no início do texto, outras nuances da personalidade de Mark Zuckerberg foram deixadas de lado em detrimento da expansão desse estereótipo.
Entretanto, Mark Zuckerberg, diferentemente do estereótipo atribuído a ele, pratica esgrima desde a sua infância, assim como suas irmãs. Curiosamente, a paixão por esgrima é fruto de uma outra paixão da família Zuckerberg: Star Wars.
De família Judaica, Mark Zuckerberg teve seu bar mitzvah (cerimônia judaica para celebrar a entrada de meninos e meninas na pré-adolescência, ou seja, geralmente aos 12 ou 13 anos) com o tema de Star Wars.
Quem conhece Star Wars sabe muito bem que um sabre de luz pode gerar o interesse em esgrima, algo presente na vida de Zuckerberg até hoje.
O “principesco”, como é chamado pela sua mãe, Karen, foi capitão do time de esgrima durante o ensino médio (na Philips Exeter Academy, uma das mais prestigiadas escolas dos Estados Unidos) e ganhou o prêmio de melhor competidor.
Sean Parker afirmou que nos primórdios do Facebook, em 2004, Zuckerberg costumava azucrinar seus subordinados com a espada de esgrima.
18 anos depois, quando anunciou a mudança de nome do Facebook para Meta e seu plano de criar um metaverso, o principesco apareceu no trailer de divulgação competindo esgrima contra sua versão virtual.
2. Filho de Peixe…
Mark Elliot Zuckerberg nasceu no dia 14 de maio de 1984, em White Plains, Nova York. Seus pais, Karen e Ed Zuckerberg são de famílias judaicas. Segundo o seu pai, Ed, crescer em uma família judaica em Nova York significa que “você deveria se tornar médico ou dentista”.
Ed Zuckerberg seguiu o rumo da odontologia, mas o patriarca da família Zuckerberg sempre foi interessado por informática.
Quatro meses antes do seu filho Mark nascer, o Apple Macintosh foi lançado, impulsionando a computação pessoal nos Estados Unidos.
Curiosamente, nas curiosidades sobre Mark Zuckerberg, seu pai, embora dentista, tinha muito interesse por tecnologia.
Mas isso não para por aí, pois não seria o bastante para Mark entrar no panteão do Vale do Silício.
“Nos anos 1970”, afirma Ed em entrevista à New York Magagazine, “Crescer em uma família judaica em Nova York, caso você fosse um pouco inteligente, seus pais iriam querer que você se tornasse médico ou dentista”.
“Naquela época, não havia muitos empregos para programação de computadores… Segundo meus pais, esse não seria o uso apropriado do meu tempo caso eu me tornasse um programador. Não era algo para os inteligentes”, afirma Ed, destacando a previsão totalmente errada dos avós de Mark.
No entanto, Ed Zuckerberg não abandonou sua persona geek. Antes de Mark nascer, o patriarca comprou um Atari 800 e aprendeu por conta própria o Atari BASIC para criar um banco de dados dos seus pacientes.
Ainda antes de Mark nascer, Ed comprou um PC da IBM, que também era utilizado para facilitar o seu trampo como dentista.
“Eu fui o primeiro dentista da minha região a ter máquinas digitais de raio-x e câmeras intraorais… todo esse lance tecnológico me interessava bastante”, disse Ed, um dos primeiros dentistas dos EUA a ter seu próprio website.
Enfim, não são necessárias mais explicações sobre a expertise de Mark Zuckerberg ter vindo do berço.
3. Mark Zuckerberg, o menino-prodígio.
Aos 11 anos, Mark Zuckerberg ganhou o seu primeiro computador, um Quantex 486DX, um clone do IBM PC, tendo em vista que a sua família não era endinheirada.
Surpreendentemente, após poucos meses, Mark Zuckerberg aprendeu todas as funcionalidades do computador e, em entrevista à Steven Levy, deixou claro quando foi o seu primeiro momento de megalomania.
“Enfim, eu já aprendi tudo sobre o computador, agora eu quero controlá-lo. Foi assim que eu aprendi a programar”.
Novamente, em dois anos, um curto espaço de tempo, Mark Zuckerberg aprendeu a programar em um nível absurdo (quem manja de programação sabe o quão rápido foi).
Um exemplo disso é o fato de que, aos 13 anos, ainda no ensino fundamental, os pais de Mark decidiram tentar matricular o pequeno prodígio em uma turma de Estudos Avançados em Ciência da Computação para o ensino médio.
Antes de concluir a história, é necessário um parentese: nos EUA, existem os cursos denominados Advanced Placement (Estudos Avançados) para o ensino médio, mas com material direcionado para o curso superior.
Enfim, a tentativa dos pais de Mark fora frustrada, pois o professor do curso afirmou que Zuckerberg “já sabia tudo”.
A solução, então, foi tentar matricular Zuckerberg na faculdade mais próxima. No entanto, a frustração chegou novamente. Quando Ed Zuckerberg levou Mark à faculdade, o professor disse ao pai do fundador do Facebook para deixar o seu filho em casa durante as aulas.
Ed respondeu: “Mas é ele o aluno!”
Apesar das tentativas frustradas de acelerar sua formação, o principesco não se abalou e continuou com as suas ‘catrevagens’, como é dito no nordeste do Brasil.
Assim seguimos rumo à quarta das 15 curiosidades sobre Mark Zuckerberg. Apertem os cintos, pois entraremos agora na ZuckNet.
4. ZuckNet
“Eu ia à escola, assistia às aulas e voltava para casa. A forma como eu pensava sobre esse período era: ‘Eu tenho cinco horas livres para ficar no meu computador jogando e criando software’. E aí chegava a sexta-feira e eu achava o máximo porque eu teria dois dias livres para criar softwares. Era ótimo”.
A citação acima é um trecho do livro Facebook: The Inside Story, de Steven Levy, que passou anos entrevistando Zuckerberg desde 2012.
Criar é palavra-chave para entender Mark Zuckerberg. O próprio revelou que, embora jogasse muitos jogos, a sua vontade era de criar seus próprios jogos para não ficar preso as regras dos criadores.
Esse detalhe na infância de Mark Zuckerberg é algo que irá, posteriormente, permear quase todas as próximas curiosidades.
Inclusive, um dos primeiros jogos criados por Zuckerberg é uma versão do jogo de tabuleiro Risk (que a empresa brasileira Grow plagiou/usou como inspiração para o War).
Foi exatamente nesse período da sua vida que Mark Zuckerberg criou um sistema de comunicação online em sua casa chamado ZuckNet. Como o consultório odontológico de Ed Zuckerberg era na casa da família, o Zucknet permitia que os funcionários do consultório se comunicassem entre si.
O código do ZuckNet foi totalmente escrito por Mark Zuckerberg, que ligava as máquinas em rede.
O ZuckNet foi criado em 1996, um ano antes do AIM (Mensageiro Instantâneo da AOL), que causaria muitos problemas para Mark Zuckerberg no futuro… Mas, além disso, quando o Facebook foi criado, a maioria do staff era formado por pessoas da mesma geração de Zuckerberg, que cresceram com o AIM.
5. Synapse: Mark Zuckerberg inventa o Spotify
Em 2000, Mark Zuckerberg consegue entrar na prestigiada escola Philips Exeter Academy, ou Exeter, que faz parte do grupo mais prestigiado de insitituições de ensino médio nos EUA.
Em Exeter, Mark Zuckerberg conhece Adam D’Angelo (que estará presente nas próximas curiosidades), que, assim como Zuck, além de ser bolsista, também tinha um grande interesse em programação.
No último ano, os estudantes de Exeter precisam criar um projeto antes da graduação. Zuckerberg, como o próprio afirma, sempre usou o computador para entender a forma como as pessoas se organizam. Isso, de acordo com terceiros, é o motivo de seus sites serem viciantes.
Enfim, o que fez Mark Zuckerberg ter o desenho da coisa foi o seu projeto de conclusão da Exeter, feito junto de Adam D’Angelo, batizado de Synapse.
O Synapse era um software que usava recursos do então popular WinAmp e criava playlists personalizadas para os usuários. 20 anos depois, isso pode ser encontrado em todos os streamings de música, sobretudo no Spotify, que popularizou o recurso com seus algoritmos exclusivos.
Bônus: Mark Zuckerberg esteve presente no casamento do criado do Spotify, Daniel Elk
Com tais funcionalidades, inéditas, ou pelo menos revolucionárias, para a época, Zuckerberg e D’Angelo ganharam visibilidade na imprensa especializada e, com isso, surgiram ofertas da Microsoft e do AOL para comprar o Synapse por mais de um milhão de dólares.
Ambos os criadores recusaram a oferta, pois uma cláusula do contrato de compra exigia que eles trabalhassem por três anos na companhia.
“Nós dois sabíamos que conseguiríamos fazer algo melhor”, afirmou Zuckerberg, que entrou em Harvard com essa obsessão em mente. D’Angelo partiu para a Califórnia, mas os amigos de escola se encontrariam poucos anos depois…
6. Mark Zuckerberg não queria se formar em ciências da computação
Embora Mark Zuckerberg já fosse um gênio da computação, sua formação em Exeter o levava para outros caminhos, de áreas das ciências humanas ou sociais.
Harvard, por sua opulência acadêmica, era o lugar certo para alguém com seu currículo escolar, mas não era onde a ciência e engenharia da computação florescia, diferentemente do MIT.
Portanto, Zuckerberg sempre quis estudar em Havard, mas ignorando sua verve computacional no início, ou talvez no primeiro dia em que entrou para a universidade, pois já em seu primeiro mês em Harvard ele lança o website do Synapse.
Assim é o início da jornada revolucionária de Mark Zuckerberg em Harvard: ignorar a maioria das aulas enquanto trabalha em seus projetos pessoais.
Curiosidade Bônus: veja Mark Zuckerberg sendo aceito em Harvard
Em 2002, Mark Zuckerberg recebe o email de aceitação em Harvard, cujo momento exato foi registrado pelo seu pai.
O vídeo abaixo mostra o nerd em frente do computador recebendo a notificação de email e lê em voz alta durante a gravação do vídeo a seguinte pergunta: “será que eu devo abril esse email?”
O resto do vídeo é o patriarca comemorando a plenos pulmões enquanto Mark Zuckerberg continua tranquilo, com a mesma face lânguida que iria ser sua marca registrada tanto na realidade quanto na ficção.
É por falar em ficção, é para lá que vamos agora.
Parte dois: Curiosidades sobre Mark Zuckerberg – A Rede Social e verdadeira história do Facebook
A primeira parte das 15 curiosidades sobre Mark Zuckerberg teve uma abordagem mais cronológica, o que serve de base para compreender os motivos pela sua representação arrogante e apática na mídia.
Mas, agora, veremos se Mark Zuckerberg realmente é essa pessoa apática e se os eventos contados pelo filme “A Rede Social” representam fielmente quem é Mark Zuckerberg e como ele iniciou uma revolução a partir da sua cama.
Já que eu citei o filme, é com ele que abrirei essa segunda etapa.
A Rede Social
Primeiramente, vale ressaltar que o filme a Rede Social foi lançado em 2010, quando o Facebook ainda não representava uma ameaça às instituições, ao estado de direito e à democracia.
Além disso, o filme é uma adaptação do livro “Bilionários por acaso: A criação do Facebook, uma história de sexo, dinheiro, genialidade e traição”, de Ben Mezrich, publicado em 2009.
A principal fonte de consulta do livro foi Eduardo Saverin, co-fundador do Facebook, que já foi brasileiro, americano e agora possui cidadania singapurense (para evitar os impostos sobre grandes fortunas).
A trama do filme segue à risca o que é descrito no livro. Ou seja, a história se passa semanas antes do lançamento do “thefacebook.com”, introduzindo o início da amizade entre Eduardo Saverin, interpretado por Andrew Garfield, e Mark Zuckerberg, cuja atuação de Jesse Eisenberg recebeu uma indicação ao Oscar de melhor Ator.
Além disso, o filme ambienta os conflitos judiciais do Facebook — os quais Mark Zuckerberg não costuma comentar — com os gêmeos Tyler e Cameron Winklevoss
Mesmo com o uso exagerado da ficção em vários momentos, a Rede Social é um ótimo filme devido ao seu roteiro conciso, elaborado pelo mestre Aaron Sorkin, e à direção de David Fincher (Se7en, House of Cards), que consegue transmitir os momentos de tensão vividos entre Saverin e Zuckerberg, tanto enquanto aliados quanto inimigos.
Outra cereja do Bolo é a trilha sonora do filme, composta por Trent Reznor, do Nine Inch Nails, que venceu o Oscar na categoria de Melhor Trilha Sonora Original.
8. Encerramento do filme usa música para descrever a realidade de Mark Zuckerberg
Por falar em trilha sonora, A Rede Social tem um dos melhores encerramentos da história do cinema.
A cena final chega a ser perturbadora: Mark Zuckerberg está em um tribunal atualizando o perfil do Facebook de uma ex-namorada (ficção) e ao fundo começa a tocar a canção “Baby, You’re a Rich Man”, dos Beatles. Confira o vídeo abaixo.
A Rede Social é considerado um dos melhores filmes da última década e alavancou a carreira de boa parte do elenco.
Por exemplo, Andrew Garfield, posteriormente, seria escalado como o segundo Homem-Aranha dos cinemas. Jesse Eisenberg, em contrapartida, foi o Lex Luthor em Batman v Superman: A Origem da Justiça, de 2016.
E sobre a verdadeira história? O que é fato é o que é ficção? Vamos descobrir isso nas próximas curiosidades sobre Mark Zuckerberg.
9. Ficção x Realidade: o papel de Eduardo Saverin
Como dito na primeira curiosidade da parte dois, o livro que dá base ao filme teve como fonte Eduardo Saverin e outros alunos de Harvard que viram o surgimento do Facebook.
Consequentemente, o livro não apresenta a perspectiva de Mark Zuckerberg sobre o assunto, ocasionando, portanto, na sua representação cinematográfica.
No entanto, como o tema deste artigo são as curiosidades sobre Mark Zuckerberg, iremos focar apenas no que envolve a pessoa de Zuckerberg e seus relacionamentos pessoais e profissionais, deixando um pouco de lado o Facebook.
Mas um fator interessante sobre o filme não pode ficar de fora: a suposta amizade entre Zuckerberg e Saverin.
No filme, o personagem de Saverin afirma ser o “melhor e único amigo” de Mark Zuckerberg, mas, na verdade, o nerd da computação e o playboy brasileiro não eram tão próximos assim.
O fato é que ambos uniram o útil ao agradável, mas isso naquela época, pois Saverin já tinha em mente o que queria para o futuro.
Além disso, quem mantinha o controle de toda a situação era Mark Zuckerberg, que detinha a maior parte das ações do Facebook.
Devo dizer, novamente, que o artigo são sobre as curiosidades de Mark Zuckerberg, portanto, devemos deixar de lado as minúcias da criação do Facebook e focar apenas no criador.
Talvez, futuramente, possa haver um artigo sobre as curiosidades do Facebook, o que, certamente, também será difícil de separar da figura de Zuckerberg.
10. Mark Zuckerberg criou o Facebook após levar um pé na bunda?
Sucintamente, a resposta é: não! Mark Zuckerberg não criou o Facebook por esse motivo. No entanto, é compreensível acreditarem em tal baboseira.
O filme A Rede Social apresenta um Mark Zuckerberg egocêntrico que criou a maior rede social de todos os tempos porque tomou um pé na bunda e não conseguia entrar em uma fraternidade de alto nível, diferentemente de Eduardo Saverin.
Na verdade, Mark Zuckerberg já namorava sua atual esposa, Priscilla Chan, no período em que criou o Facebook. Aliás, segundo o próprio Zuckerberg, Chan “odeia essa parte do filme”.
“A gente já estava namorando. Portanto, a ideia de que eu criei o Facebook para enfurecer as meninas de Harvard não condiz com a verdade”, afirmou Zuckerberg durante uma visita à Nigéria.
(Essa visita à Nigéria marca um momento importantíssimo para Zuckerberg, embora não muito positivo, que estará em uma curiosidade posterior).
Bônus: Mark Zuckerberg conhece Jesse Eisenberg
Em 2010, Mark Zuckerberg foi convidado ao Saturday Night Live, cujo apresentador convidado era Jesse Eisenberg, que o interpretou no filme A Rede Social. Confira o vídeo da participação do Zuckerberg fictício como o da vida real.
Parte dois: Curiosidades sobre Mark Zuckerberg – Miscelânea
11. O Facebook é azul porque Mark Zuckerberg é daltônico
Por último, o segredo sobre o esquema de cores do Facebook reside no próprio Mark Zuckerberg.
Em 2005, Mark Zuckerberg ordenou que o Facebook passasse por uma mudança na estética do site. O design responsável seria Aaron Sittig — que também criou o botão de curtir.
Sittig decidiu limitar a paleta de cores do Facebook para a cor azul devido ao daltonismo do criador da rede social. Mark Zuckerberg é daltônico e não consegue enxergar cores verdes ou vermelhas.
Com isso, Aaron Sittig definiu o que seria um dos principais elementos da iconografia do Facebook.
12. Relação com Elon Musk
Um dos planos de Mark Zuckerberg sempre foi ampliar a conectividade em lugares mais remotos, como na África subsaariana. Para tanto, ele precisava utilizar satélites espaciais… É agora que entra Elon Musk.
Durante sua viagem à Nigéria, Mark Zuckerberg dizia aos ventos que a expansão da cobertura da Internet iria acontecer em breve com o lançamento de um satélite a bordo de um foguete da SpaceX, empresa de Elon Musk.
No entanto, o resultado não saiu conforme Zuckerberg esperava: o foguete da SpaceX explodiu durante o lançamento, contrariando Zuckerberg e criando uma rivalidade entre um dos homens mais ricos do mundo e um então bilionário que não chegava à lista do top 50.
Através do Facebook, obviamente, Zuckerberg postou um texto informando sua decepção com a SpaceX e, consequentemente, com Elon Musk.
O contragolpe veio em 2018, quando Brian Acton, o fundador do WhatsApp, deixou o Facebook e postou iniciou uma campanha no Twitter com a hashtag “delete o facebook”.
Em resposta ao tweet, Musk diz: “O que é Facebook?”
What’s Facebook?
— Elon Musk (@elonmusk) March 23, 2018
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13. Zuckerberg é o sucessor de Bill Gates e Steve Jobs? Gates acha que não…
Em 2004, os alunos de Harvard recebem a palestra de um ex-aluno da universidade: Bill Gates. Graças ao acaso, Mark Zuckerberg estava nessa palestra quando o fundador da Microsoft encorajou os alunos a buscarem o seu próprio negócio.
“Caso a Microsoft falhasse, eu voltaria para Harvard”, disse Gates durante a palestra, mas não recomendando que os alunos fizessem o mesmo.
Desde a fundação do Facebook, Mark Zuckerberg recebe o título de sucessor de Bill Gates e de Steve Jobs, criadores da Microsoft e da Apple, respectivamente.
Em 2008, durante uma entrevista à Wired Magazine, Bill Gates reconheceu as similaridades entre ele e Zuckerberg: ambos largaram os estudos em Harvard e criaram empresas gigantescas.
No entanto, ao ser perguntado sobre Mark Zuckerberg ser uma versão 2.0 de Bill Gates e Steve Jobs, o fundador da Microsoft discorda.
“Mark nunca programou igual a mim – esse é o fator mais importante”, diz Gates à Steven Levy durante entrevista recente para o livro Facebook: The Inside Story.
Além disso, sobre a comparação à Steve Jobs, novamente, o fundador da Microsoft discorda.
“Caso Steve Jobs estivesse aqui, ele diria ‘opa, o Mark [Zuckerberg] nunca desenvolveu nada com aspecto notoriamente bonito, então como você pode dizer que ele é o meu sucessor’”, complementa Gates em uma afirmação que pode soar como uma brincadeira.
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Para aliviar a barra de Zuckerberg, é importante informar que durante suas primeiras férias, em 2008, o CEO do Facebook visitou o mesmo ashram que Steve Jobs antes de iniciar a empresa que seria a Apple.
No entanto, a visita de Zuckerberg não foi tão esclarecedora, pois uma tempestade atrapalhou os planos de obter novas ideias.
14. Bode cru para fundador do Twitter
Em 2011, Mark Zuckerberg decidiu se tornar vegetariano ou comer carne de animais que ele mesmo matou. Enfim, como algumas decisões absurdas de Zuckerberg, essa abordagem foi algo que não deu muito certo.
Naquele ano, um dos vizinhos de Zuckerberg era um conhecido chefe de cozinha, que ensinou Zuckerberg os primeiros passos, começando por galinhas, passando por porcos e chegando a bodes.
Durante esse período da vida de Mark Zuckerberg, Jack Dorsey, CEO e co-fundador do Twitter, foi convidado para um jantar na casa do rival das mídias sociais.
Segundo Dorsey, em entrevista à Rolling Stone, Zuckerberg serviu carne de bode crua, cujo animal foi morto pelas mãos de Zuckerberg.
“Em Palo Alto, há uma lei determinando que o morador possa ter, no máximo, seis animais de corte, então ele [Mark Zuckerberg] tinha seis bodes naquela época. Aí eu pergunto ‘a gente vai comer o bode que você matou?’ e ele me responde que sim, afirmando já ter comido carne de bode antes e achar deliciosa’. Em seguida, eu pergunto se há algum outro prato além do bode e ele diz que tem salada. Quando eu pergunto onde está o bode, ele aponta para o forno e aí nós esperamos 30 minutos quando Mark Zuckerberg diz: ‘eu acho que já tá pronto’. Quando ele coloca o bode na mesa de jantar, a carne está completamente crua. Isso foi memorável e eu comi apenas a minha salada”.
15. Camiseta de Mark Zuckerberg custa mais de 300 dólares
Uma das marcas registradas de Mark Zuckerberg é sua simplicidade, que ressoa em seu modo de vestir e de falar. No que toca a vestimenta do fundador do Facebook, o outfit é simples: camiseta, calça jeans e tênis.
No entanto, esse visual, sobretudo a camiseta, não é um item que qualquer mortal pode incorporar em seu cotidiano.
A camiseta de Mark Zuckerberg é uma criação da luxuosa grife italiana Brunello Cucinelli. Cada camiseta custa US$ 325, mas isso não é problema para Zuckerberg, que tem um guarda-roupa cheio delas.
As roupas da grife não são apenas artigos exclusivos de Mark Zuckerberg. Brunello Cucinelli, criador da grife que leva o seu nome, tem a missão de subverter a noção das pessoas de que roupas básicas precisam ser baratas e roupas mais elaboradas precisam ser caras.
Considerações finais
Enfim chegamos ao fim das 15 curiosidades sobre Mark Zuckerberg e eu espero profundamente que você tenha gostado das informações listadas neste texto — sendo apenas um recorte de uma personalidade muito mais complexa.
Caso haja um artigo sobre curiosidades do Facebook, atualmente chamado Meta, poderemos explorar ainda mais a pessoa de Mark Zuckerberg, principalmente no seu processo de criação da maior rede social do mundo.
Fontes
- Facebook: The Inside Story (Steven Levy – 2020)
Todos os livros citados acima estão disponíveis na Amazon. Exceto Facebook: The Inside Story, as outras duas obras possuem tradução em português. O filme A Rede Social está disponível no Paramount+.
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