Ubuntu 7.04

Ubuntu 7.04
O Ubuntu é a distribuição mais usada do mundo, e conquistou esse lugar em pouco tempo. Qual o segredo de tudo isso? Sem dúvidas, dedicação.

Começou engatinhando com o investimento de Mark Shuttleworth com sua empresa Canonical, decidindo fazer um sistema operacional baseado em Linux chamado Ubuntu, nome que significa “humanidade para com os outros”. Em sua primeira versão, lançada em 20/10/2004, possuía ainda muito problemas, típico de quem ainda é inexperiente. Entre as marcas pessoais, estão o GNOME como ambiente padrão, a base Debian, a facilidade de uso e visual “amarronzado”.

O tempo foi passando, e novas tecnologias foram sendo desenvolvidas, integrações e experiências foram se acumulando, passando pela que fez maior sucesso até então, a 5.04, crescendo cada vez mais, chegando na campeã de downloads 6.10 e enfim, a 7.04, lançada recentemente, em abril deste ano.

Com visual e características próprias e digamos “pessoais” marcantes em todas as versões, o Feisty Fawn, assim como é conhecida a versão 7.04, possui novidades como:

  • Ferramenta de migração do Windows: A nova ferramenta de migração reconhece os marcadores do Internet Explorer, favoritos do Firefox, papel de parede, contatos do AOL IM e Yahoo IM, e mais uma série de configurações ao longo da instalação. Isso oferece uma migração mais rápida e fácil para novos usuários do Ubuntu, em modo dual-boot.
  • Multimídia simples: Um novo assistente instala automaticamente os codecs multimídia que não vem junto com o Ubuntu, oferecendo um caminho simples para quem deseja assistir vídeos e ouvir músicas.
  • Compartilhamento fácil de rede com o Avahi: Esse novo recurso permite aos usuários automaticamente descobrirem e entrarem numa conexão wireless para compartilhar músicas, impressores e muito mais
  • O melhor do open-source: O Ubuntu 7.04 vem com o kernel 2.6.20, o atual GNOME 2.18 e milhares de aplicativos adicionais.
  • Além disso, houve uma atualização geral de pacotes, como Xorg 7.2, OpenOffice 2.2.0 e Firefox 2.0.0.3, etc.

Isso mostra o empenho de uma equipe em somente 6 meses, observando os pedidos dos usuários e implementando-os. Fiz o download da imagem ISO em http://www.ubuntu.com/getubuntu/download, e dei boot numa máquina virtual do VMWare.

Dando boot, observa-se a tela clássica de todas as distribuições. Pressionei F2 para alterar a língua para o português do Brasil, e ficamos com a tela:
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A seguir, o processo de boot é iniciado, e mostrado o bootsplash, muito semelhante ao Edgy, porém com um acabamento mais elaborado:
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Após o processo de detecção do hardware da máquina, vamos para a tela padrão do desktop. No meu computador, não houve nenhum hardware ou periférico não detectado. O ambiente padrão do Gnome do Ubuntu é padrão: tema de ícones, papel de parede e decoração de janelas num tom laranja/marrom característico. Visualmente falando, não houve nenhuma mudança muito sensível para esta versão.
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Embora o Gnome tenha um painel de controle que substitui o menu a seguir, o Ubuntu optou por continuar tendo tudo no menu. Veja que alguns novos itens foram adicionados, como o “Efeitos da área de trabalho”, onde é possível ativar os famosos efeitos do XGL e Compiz (versão enxuta). Veja:
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Vale lembrar que, segundo um usuário, esse sistema de efeitos dá alguns probleminhas, usualmente. A questão dos aplicativos permanece igual no Ubuntu, com as mesmas seleções das últimas versões, porém, com várias atualizações que a equipe do Debian não se preocupou em fazer, como o Gaim 2.0.0. Segue abaixo uma tela, mostrando o Gaim 2.0 com o Firefox abertos:
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O Nautilus continua com a excelente integração com o HAL, mostrando dispositivos e todas as suas principais ações com um simples clique do botão direito. Ele está cada vez com mais funções, pessoalmente falando, faltando apenas a navegação em abas:
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O Gnome 2.18 é um dos grandes pontos fortes e uma das principais novidades do Ubuntu, pois a equipe do Gnome cresceu muito em desenvolvimento depois do apoio do pessoal da Canonical e da própria base de usuários, que passou a ser muito maior.

Vamos citar aqui apenas dois exemplo como pequenas provas do que disse. Um dos recursos que mais “penava” em usar no Gnome era simplesmente tirar uma imagem a janela atual, ou de determinada região, com temporizador. Essa questão foi resolvida nesta versão, já que o aplicativo foi melhorado e implantado novos recursos – que parecem bobos – mas, no fundo, são muito úteis:
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Outro ponto foi na integração com o HAL. Ao inserir um CD, o ícone aparece no desktop, com diversas opções no menu do botão direito do mouse, bem como no Nautilus, como dito acima. Uma dessas opções é a de copiar CD. Com poucos cliques, de forma muito simples e prática, consigo copiar meus CDs. Veja a tela:
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Outro ponto que permanece forte no Ubuntu é a instalação e remoção de programas para pessoas que chegaram agora no mundo Linux. Ao acessar Aplicações -> Adicionar/Remover, as pessoas têm acesso à instalação de diversos programas, com direito à divisão em categorias, como Internet, Escritório, etc, além de uma breve descrição do mesmo. Com poucos cliques também, posso instalar qualquer aplicativo que sentir necessidade no meu desktop:
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Outro ponto importante é o novo recurso de gerenciamento para drivers restritos, ou seja, agora é possível instalar de maneira prática drivers para Nvidia e outros hardwares que possuem drivers proprietários para Linux. Esse é um ponto onde a comunidade bateu muito o martelo, e a equipe de desenvolvimento acabou dando uma “forcinha” para o pessoal que instalava manualmente os drivers, ou utilizava o Automatix. Ele é acessível através de Sistema > Canais de software e o Sistema > Gerenciador de drivers restritos
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Esse basicamente é o Ubuntu 7.04 no desktop, com as principais novidades no desktop. Na segunda parte da análise, falaremos de toda a instalação desta distribuição, e outros novos recursos, como o assistente de importação de dados do Windows. Também falaremos da questão dos repositórios, bem como as ferramentas de atualização.

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