O efeito positivo de um subsistema de disco veloz é absolutamente óbvio se medirmos a velocidade no carregamento de aplicativos e dados de arquivos. Isso fica bem claro sem testes adicionais, bastando conferir os resultados das medições sintéticas. Mas nesta análise, não vamos fazer medições tão primitivas. Em vez disso, vamos nos concentrar em investigar o efeito de um subsistema de disco rápido no desempenho geral do computador.
Mesmo assim, vamos começar com um teste padrão que vai medir o tempo de inicialização do Microsoft Windows 7 Ultimate x64. O diagrama abaixo mostra o tempo transcorrido do pressionar do botão liga/desliga até o computador começar a reagir às ações do usuário.
A diferença entre o HD mais lento e o SSD é de 30%, e a quantidade de memória não afeta muito o tempo de inicialização do sistema operacional.
Também está claro que o dispositivo de armazenamento em disco pode afetar o desempenho de uma tarefa na qual os dados sejam extraídos do subsistema de disco em vez da memória do sistema. A compactação de arquivos é um bom exemplo desse tipo de tarefa. Como sabemos, a velocidade da compactação no WinRAR depende da velocidade da CPU e da memória, mas o subsistema de disco também é um fator importante.
Aqui nós podemos observar os efeitos de uma maior quantidade de memória. Eles surgem quando o subsistema de disco não tem velocidade suficiente. Portanto, parece que adicionar gigabytes de memória para melhorar o desempenho do subsistema de disco só faz sentido se seu HD for muito lento.
A codificação de arquivos de áudio no formato MP3 é semelhante à compactação de arquivos, mas muitas ferramentas de codificação só podem ser executadas em uma ou duas threads. Nesse caso, até um HD muito lento é veloz o suficiente para transferir os dados na velocidade exigida. Mas nos nossos testes, usamos o conversor dBpoweramp, que pode efetivamente usar todos os núcleos de CPU que encontrar, codificando vários arquivos em paralelo, um arquivo em cada núcleo de CPU. Nessa situação, o subsistema de disco se torna muito importante.
A gravação de dados em múltiplas threads não é um ponto forte do WD Caviar Green, que fracassou no teste. O WD VelociRaptor e o Intel SSD são muito mais rápidos, mas diferem entre si em apenas 15%. A maior quantidade de memória tem efeitos positivos neste teste, mas não dá para dizer que 8 gigabytes de RAM são uma alternativa viável a um disco mais rápido.
Vamos a outra tarefa popular que envolve o processamento de dados armazenados em disco, a codificação de vídeos. Usamos a ferramenta HandBrake para codificar um vídeo MPEG-2 1080p para o formato H.264.
Aqui nós não notamos nenhuma melhoria proveniente de discos mais rápidos ou de uma maior quantidade de memória. O processador Core i7-870 mostrou não ser rápido o suficiente para codificar arquivos de vídeo no mesmo ritmo em que são lidos do disco, mesmo quando usamos o disco mais lento.
Temos a mesma situação não apenas na transcodificação comum, mas também ao aplicar efeitos de vídeo no Adobe After Effects, por exemplo.
Para que o subsistema de disco afete a velocidade do processamento de vídeo HD, as CPUs vão ter que ficar mais rápidas.
A edição de imagens no Adobe Photoshop já é uma outra história. Obviamente, fotos comuns de câmeras digitais ficam bem abaixo dos 4 gigabytes, mas o Photoshop faz um registro das ações do usuário, e pode exigir mais memória para isso. Mesmo nas configurações padrão (onde vinte estados recentes são gravados), este aplicativo de processamento de imagens começa a acessar o disco rígido ativamente, e sua velocidade passa a depender do desempenho do subsistema de disco.
Como podemos ver, a velocidade do nosso cenário de teste (que consiste em um teste Retouch Artists Photoshop Speed Test aprimorado, incluindo o processamento de imagens de 10 megapixels capturadas com uma câmera digital) depende muito do disco. Temos dois quadros bem diferentes no comparativo entre o WD Caviar Green e o Intel X25-M G2 com 4 e 8 GB de RAM. E dá para conseguir resultados ainda melhores aumentando a quantidade de memória. Os números indicam que 8 gigabytes de RAM ajudam a evitar o cache em disco, o que leva a um ganho de desempenho fantástico.
Bom, temos que admitir que na área geral de processamento de imagens o Photoshop não é um aplicativo típico, e seu apetite por memória é peculiar. Quando usamos outro programa, como por exemplo o Adobe Photoshop Lightroom para processar imagens, a influência da memória do sistema é muito pequena.
O disco rígido só consegue melhorar o desempenho em no máximo 10%.
Também queremos ver o desempenho dos discos e da memória nas suítes de visualização 3D modernas. Usamos o Autodesk Maya, cuja medição SPEC opera com modelos bastante complexos.
O Maya parece plenamente satisfeito com 4 gigabytes de memória e não depende da velocidade do subsistema de disco.
O próximo teste é a compilação de projetos grandes de software.
Há ganhos insignificantes de desempenho quando temos um disco mais rápido ou mais memória, apesar do computador mover bastante as cabeças do HD durante a tarefa.
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