Tela, teclado e touchpad

Outro diferencial é a tela. Ao invés de um LCD tradicional, iluminado por lâmpadas de catodo frio, a Sony optou por usar um sistema de iluminação através de LEDs. Embora encareça bastante a tela, o uso de LEDs trouxe várias vantagens.

A primeira delas é que a tela é bem mais fina que um LCD tradicional, com apenas 4 milímetros de espessura. Os LEDs trabalham com uma tensão de 5 volts, ao invés de usarem alta tensão, como as lâmpadas de um LCD tradicional. Isso eliminou o FL-Inverter, o que reduziu o consumo e o aquecimento da tela, além de torná-la mais durável, já que o FL-Inverter é a fonte mais comum de defeitos em telas de LCD.

Aqui temos a comparação entre a espessura da tela do Vaio e do Acer, que usa um LCD tradicional:

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A iluminação da tela também é mais uniforme do que nos monitores de LCD, pois os LEDs são distribuídos de forma mais uniforme (num LCD tradicional temos apenas duas lâmpadas, uma no topo e outra na base da tela). Existe também um pequeno ganho na nitidez das cores, pois a luz dos LEDs consegue ser quase que perfeitamente branca, ao contrário das lâmpadas de catodo frio, que tendem ao azul.

A tecnologia XBrite melhora a fidelidade das cores, dando uma aparência mais viva às imagens. O problema é que o XBrite também torna a tela muito reflexiva, o que acaba sendo uma faca de dois gumes. Para minimizar a parte negativa, a Sony desenvolveu um tratamento anti-reflexivo. Ele realmente reduz o reflexo em relação às telas CrystalBrite usadas nos Acer, por exemplo, mas não é capaz de resolver completamente o problema. De qualquer forma, com reflexos e tudo, uma tela XBrite é realmente bem superior a um LCD tradicional.

De uma forma geral, este LCD do TX670P é realmente um dos melhores do mercado. Entretanto, um pequeno defeito, que incomoda algumas pessoas, é um pequeno vazamento de luz na base da tela. Olhando do ângulo certo, você pode ver nitidamente os feixes de luz:

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Outro detalhe pouco usual do display é a resolução. Ao invés dos 1280×800 usados na maioria das telas wide, a Sony optou por uma tela mais retangular, com 1366×768. A maior resolução horizontal corresponde perfeitamente ao aumento na largura da tela, de forma que não causa distorção na imagem. Este “super-wide” é um formato bom para assistir DVDs, pois faz com que o filme ocupe toda a área útil da tela.

Como a tela é muito pequena para a resolução, algumas pessoas têm dificuldade em ler textos e clicar em ícones pequenos. Para amenizar isso, existe uma tecla de atalho com uma função de “zoom”. Ao pressionar Fn+F10 (funciona apenas no Windows), a resolução é instantaneamente reduzida para 1064×600. Por não ser a resolução nativa do LCD, a qualidade da imagem fica longe do ideal, mas não deixa de ser uma função interessante.

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Um brinde é o instant mode, que permite assistir DVDs, tocar CDs de música e visualizar fotos armazenadas no cartão de memória, sem precisar carregar o sistema operacional. Você tem acesso ao sistema pressionando o botão “AV” na base da tela, com o note desligado.

A Sony não se preocupou em ir muito além do arroz com feijão, tornando o recurso bastante limitado. Não é possível acessar qualquer arquivo do HD (mesmo as fotos são abertas apenas a partir do cartão de memória), não é possível assistir filmes em Divx (ou outros formatos fora o DVD regular) e não é possível ouvir músicas em MP3 ou WMA, mesmo que gravadas num CD. O software também se recusa a exibir DVDs de região diferente da definida no firmware do leitor.

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Assim como nos outros ultra-compactos, o teclado do TX670P é menor que o padrão, com cerca de 90% do tamanho de um teclado regular. As teclas são um pouco menores, assim como o espaçamento entre elas. Quem usa apenas teclados “full size”, precisa de alguns dias para se acostumar. Mas, dentro das limitações físicas, o teclado é confortável de usar. Ele é um pouco maior que o teclado do Averatec 1000, que seria um dos concorrentes diretos.

O touchpad tem boas dimensões e boa sensibilidade, mas o tamanho e a disposição dos botões o tornam um pouco desconfortável de usar. Como os speakers estão posicionados junto ao teclado, o touchpad fica “prensado” na extremidade, de forma que os botões ficaram posicionados muito próximos à base. É mais uma coisa com a qual você se acostuma depois de alguns dias, mas no começo esta disposição incomoda um pouco:

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