O Slackware 13.0 em ação

Mesmo no meu laptop ultrapassado, o desempenho do Slackware 13.0 é excelente. Em uma análise subjetiva, ele parece ser significativamente mais rápido do que o Xubuntu ou o Kubuntu, o Mandriva e o Fedora, e bem mais rápido do que o Pardus. A única distribuição atual que eu achei mais rápida do que o Slackware foi o VectorLinux, uma distribuição baseada no Slackware e com otimizações de desempenho. Se você não se incomodar com o trabalho necessário para configurar o Slackware, ele é uma excelente escolha para hardware antigo e sistemas com poucos recursos.

O Slackware 13.0 oferece um conjunto bem pequeno de aplicativos após a instalação, especialmente se você optar por não instalar o KDE. Existe apenas um pequeno repositório chamado “extras” com uma seleção bem limitada de aplicativos adicionais. Você não vai encontrar pacotes oficiais do Slackware para muitos aplicativos populares, como o OpenOffice.org. Absolutamente nada que dependa de bibliotecas do GNOME está incluído. O K3b, que é de longe o melhor programa para gravação de CDs e DVDs no Linux, pode ser instalado usando as bibliotecas do QT e do KDE como dependências, mesmo que você não instale o desktop KDE completo.

Se você tiver que realizar tarefas de administração do sistema, como adicionar ou remover contas de usuário, vá se planejando para fazer a maior parte do serviço pela linha de comando. A maior parte da administração de rede de uma estação de trabalho típica pode ser realizada pelo wicd, e se você tiver instalado o KDE e houver uma ferramenta genérica do KDE que faça esse serviço, você poderá trabalhar com a interface gráfica. O Slackware não tem ferramentas gráficas de administração próprias. As ferramentas de gerenciamento de pacotes também estão restritas à linha de comando, e não incluem nenhum tipo de verificação de dependências. É muito comum adicionar um software e descobrir que ele não roda porque falta alguma biblioteca. Depois que você começa a acrescentar programas de fontes de terceiros, as coisas ficam bem confusas. Alguns repositórios incluem informações sobre dependências, outros não. Mesmo com os populares repositórios de terceiros incluídos, a seleção de pacotes perde para a de distribuições como Debian, Ubuntu ou Mandriva. Ter que quebrar a cabeça com as dependências é um convite ao famoso “inferno das dependências”, que raramente se instaura nas grandes distribuições atuais.

O Slackware é desenvolvido nos Estados Unidos e está em conformidade com o DMCA, e sendo assim, o suporte a multimídia por padrão é muito limitado. Pacotes e instruções para adicionar codecs, caso isso seja permitido em seu país, só estão disponíveis através de terceiros.

Nas três semanas em que usei o Slackware 13.0, não encontrei nenhum bug expressivo. Eu agi prematuramente ao taxar o Slackware 12.1 como livre de bugs, e não vou repetir o erro. Ainda assim, digo que a excelente reputação de confiabilidade e estabilidade do Slackware sem dúvida será mantida nesta versão. Isso é particularmente impressionante se levarmos em conta que se trata de uma versão “ponto zero” com grandes modificações.

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