O suporte a wireless é uma área em que as coisas melhoraram muito desde o Slackware 12.x. A configuração Wi-Fi não fica a cargo do instalador. Além disso, os pacotes oferecidos durante a instalação não incluem ferramentas gráficas para a configuração da rede com ou sem fio, embora, curiosamente, haja uma interface gráfica para a configuração do WPA, a ser usada depois que a rede wireless estiver funcionando. Mas a situação é bem melhor do que pode parecer à primeira vista. O pacote wicd está incluído no diretório /extra da imagem do DVD. Depois que o wicd é instalado, a configuração de uma placa de rede wireless (que seja suportada nativamente pelo kernel 2.6.29.6) não é mais difícil do que nas outras grandes distribuições Linux. Não tive dificuldades para botar a placa de rede sem fio Railink integrada do meu netbook para funcionar, nem a placa de rede sem fio AirLink PCMCIA (chipset Atheros 5212) que eu uso no velho Toshiba. Se você tiver uma placa Broadcom que não conte com suporte nativo no kernel, aí vai ter um pouco mais de trabalho, conforme documentado aqui.
Desktop KDE 4.2.4 padrão do Slackware Linux 13.0
A mudança mais visível no Slackware 13.0 é a atualização de seus ambientes de desktop. O Slackware 13.0 é a primeira versão a trazer o KDE 4.x, mais especificamente a versão 4.2.4. Eu não sou uma grande admiradora do KDE, em grande parte porque ele costuma consumir mais recursos do que outros desktops. Fiquei impressionada com o visual e com o desempenho do KDE implementado no Pardus Linux, e por isso queria ver como a implementação do Slackware se saía. A filosofia do Slackware é a de oferecer pacotes sem alterações e evitar personalizações. O resultado é que as coisas geralmente não são tão bonitas nele como em outras distros, até que você mesmo personalize o desktop. O KDE 4.2.4 padrão é bonito o suficiente, e é bem fácil de personalizar. Como era de se esperar, o netbook manteve-se ágil e respondendo rápido enquanto rodava o KDE. No velho Toshiba, o KDE 4 demora muito, muito tempo para carregar, ainda mais tempo do que no Pardus 2009. Isso me surpreendeu, já que o Slackware geralmente se sai melhor do que a concorrência em hardware antigo. Depois que o KDE entrou, o desempenho foi bem melhor do que eu esperava. Se você levantar para fazer um café enquanto o KDE carrega, dá para rodá-lo no Slackware com bons resultados mesmo com 512 MB de RAM.
O desktop Xfce 4.6.1 padrão do Slackware 13.0
O Slackware também inclui o desktop Xfce 4.6.1. Mais uma vez, a instalação não tem personalizações. Talvez um motivo maior para preocupação seja o fato de muitos applets, aplicativos leves e plugins do projeto Xfce Goodies não estarem incluídos nem no repositório do Slackware. É preciso obtê-los por um dos repositórios de terceiros com suporte ao Slackware. Da maneira como seu distribuidor a oferece, a implementação do Xfce no Slackware 13.0 parece terrivelmente incompleta.
Como era de se esperar, praticamente todos os aplicativos incluídos no Slackware foram atualizados para suas versões mais recentes à época do lançamento do Slackware 13.0. O Firefox 3.5.2 e o SeaMonkey 1.1.17, por exemplo, estão disponíveis durante a instalação, e há atualizações para suas versões mais recentes no repositório do Slackware.
Uma das maiores mudanças internas está na forma como o software é empacotado para o Slackware 13.0. Muitos derivados do Slackware já usam há anos os pacotes compactados LZMA desenvolvidos pelo Projeto Tukaani, enquanto o Slackware se manteve usando pacotes tgz. O XZ é o sucessor do LZMA. Nesta versão, o Slackware adotou os pacotes compactados XZ (.txz). O novo formato permite um nível muito mais alto de compactação, sem sacrificar o desempenho. No entanto, esse novo formato ainda não inclui informações sobre dependências.
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