Bom, mas vamos ao sistema em si. O openSUSE 10.2 vem com kernel 2.6.18.2, KDE 3.5.5 e/ou GNOME 2.16 e Xorg 7.2. Apesar do KDE já ter versão mais nova, a versão do openSUSE possui muitos patches de segurança. Falaremos sobre isso mais adiante.
O desktop é muito bem organizado, com o papel de parede azul, Kickoff personalizado e painel do KDE semitransparente. Note que os ícones do jSMS e do Kopete foram adicionados por mim posteriormente:
Por padrão, o sistema carrega alguns aplicativos bastante úteis (Kopete e aKregator foram carregados por mim).:
O primeiro é o KMix, responsável pelo volume dos canais de áudio; o Kerry, interface do KDE para o Bleagle, indexando todo o conteúdo do PC para pesquisas rápidas; o ZENworks, software responsável pela atualização do sistema; o KPowerSave, para gerenciamento de energia (mais completo que o KLapTop); o Klipper, ferramenta para área de transferência, e o KInternet, para quem usa conexão ADSL. O ZENworks, KInternet e KPowerSave são aplicativos exclusivos do openSUSE, e isso é um dos pontos que a difere muito das outras. O KInternet por exemplo, em conjunto com o Yast, que falaremos mais adiante, fornece uma base muito mais prática para quem usa ADSl, aposentando o velho pppoeconf. Ele possui gráficos de tráfego, verificação da conexão, além de poder conectar e desconectar facilmente.
A personalidade do openSUSE também inclui o seu Menu K, totalmente organizado. Ele traz um visual diferente: primeiro, você acha estranho, quer voltar para os clássicos. Depois de alguns minutos, devido à sua praticidade e organização, não quer trocar por nada. Veja:
Favoritos:
Aplicativos:
Computador (focando as mídias gerenciadas pelo HAL)
E o “Sair”:
Ao clicar para encerrar a seção , desligar ou outro, aparece uma tela de confirmação que, se não for respondida, executa a ação pedida:
O suporte a dispositivos é totalmente gerenciado pelo HAL, assim como disse anteriormente. Ao colocar um CD, por exemplo, aparece a janela do KDE, e todos os dispositivos ficam em media:/, protocolo do KDE.
YaST
Um dos grandes pilares do sucesso do openSUSE é o YaST (Yet another Setup Tool), sem sombra de dúvidas. Este aplicativo, totalmente exclusivo desta distribuição, é um lugar onde estão reunidas todas as tarefas de administração do sistema, desde atualização de pacotes até particionamento. O YaST é uma interface qua abandona qualquer contato com arquivos de configuração ou comandos, e sendo tão avançado quanto. Vale lembrar que, apesar do YaST ser fácil de mexer, quando clicar numa opção, ao lado estará disponível uma mini-ajuda, já explicando todas as ações que podem ser tomadas. Vamos às categorias:
Software: aqui é possível gerenciar os pacotes e repositórios, atualizar o sistema, configurá-las, programar atualizações, etc. As duas opções mais usadas são o “Fonte de Instalação” e “Gerenciador de pacotes”. O primeiro serve para alterar os repositórios, de maneira muito fácil, além de ativar/desativar, atualizar, remover, etc. Já o segundo é onde instalamos, atualizamos e removemos qualquer pacote do sistema, ou até mesmo fazer procura por algum software. Falaremos nisso mais mais adiante.
Hardware: onde configura-se todo e qualquer tipo de hardware na máquina. Note na tela abaixo a diversidade e facilidade de configuração: cada tipo de dispositivo possui um aplicativo diferente de configuração, podendo ser alterado pontos minuciosos, indo desde dispositivos Bluetooh até configuração de som.
Dois pontos destacáveis, entre eles o “Informações de hardware”. Esta, ao ser clicado, gera um relatório completo da máquina, como nunca tinha visto antes, identificando até características detalhadas da BIOS. O relatório é muito extenso, e é dividido por categorias.
Já “Placa Gráfica e Monitor” é o outro ponto. Nele, observei a facilidade que tive de alterar opções que antes só conseguia alterando o arquivo /etc/X11/xorg.conf. Ao clicar neste botão, o aplicativo Sax2, um “braços” do YaST responsável pelo X, é aberto, podendo ser alteradas configurações de monitor, mouse, TouchScreen, teclado, etc. Um fato importante é o botão “Opções”, localizado ao lado do modelo de placa de vídeo. Como minha placa é uma nVidia, alí tive acesso à todas as tags possíveis de serem usadas no dispositivo, como ativação do composite, etc.
Sistema: serviços, energia, particionamento, entre outros.
Nesta seção, dois pontos importantes são o “Carregador de boot” e “Serviços do sistema”. Se você é daqueles que não sabe ou tem prequiça de mexer no /boot/grub/menu.lst ou no /etc/lilo.conf tem aqui uma opção gráfica e fácil, onde podemos mexer em todas as configurações disponíveis alterando diretamente o arquivo, como os sistemas instalados, tempo, etc.
O outro destaque é o “Servços do sistema”. Querendo economizar memória RAM, tive o desejo de desativar alguns serviços, mas sabia que o openSUSE possuia algum método que não fosse “na raça”. No YaST, em Serviços > Serviços do sistema, consegui, de modo muito simples, desativar vários serviços que não me faziam falta:
Modo simples:
Modo avançado:
Dispositivos de rede: configuração de placa de rede e conexão:
Para quem quer configurar sua placa de rede ou conexão banda-larga, aqui é o local. Ao invés de ficar rodando o pppoeconf, o clássico utilitário das distribuições baseadas no Debian, ou seja, é uma solução muito mais exclusiva e moderna da equipe do openSUSE. Ao clicar em DSL, por exemplo, tive toda a assistência para adicionar provedores, usuários, etc. É importante marcar a opção “Controlado pelo usuários”, para que todos na máquina possam conectar e desconectar.
Serviços de rede: servidores, compartilhamento, Samba, roteamento, e uma série de tipos de serviços. Esta parte é uma das que mais facilita a vida, pois reúne quase todos as ferramentas de rede em um local só:
Observe que, para um administrador de redes, esta seção é um paraíso. Configurações antes apenas feitas via linha de comando ou editarndo arquivos de textos agora são feitas de forma simples aqui pelo YaST, como por exemplo, em “Servidor do Samba” e “Cliente do NFS”. Aqui não há destaque, afinal, para quem possui uma rede, todas as categorias são fundamentais.
Novell AppArmor: aplicativo de segurança desenvolvido pela Novell que é incluído no openSUSE. Veja a descrição extraída do site oficial:
“Incluído com SUSE Linux, AppArmor é uma ferramenta da segurança de aplicativos projetada para fornecer uma estrutura fácil de usar de segurança para suas aplicações. AppArmor protege ativamente o sistema operacional e as aplicações das ameaças externas ou internas, mesmo ataques “zero-day”, reforçando o bom comportamento e impedindo que mesmo as falhas desconhecidas dos programas sejam exploradas. As políticas da segurança de AppArmor, chamadas “perfis”, definem completamente quais aplicações individuais dos recursos do sistema podem ser usadas, e com que privilégios. Um número de perfis por padrão são incluídos com o AppArmor, e utilizando-se de uma combinação de análise de estática avançada e de ferramentas que “aprendem”, os perfis de AppArmor para aplicações muito complexas podem ser feitas com sucesso em algumas horas.”
Segurança e usuários: onde se altera todo o nível de segurança da máquina, além de poder gerenciar os usuários:
Duas opções importantes são “Gerenciamento de usuários” e “Firewall”. No primeiro, podemos facilmente adicionar, remover, alterar permissões e outras configurações dos usuários do sistema, tudo de forma clara.
Em “Firewall”, temos um aplicativo completo, dispensando outras soluções como o FireStarter. Por exemplo, consegui adicionar de maneira muito prática as poras que utilizo para o aMule, cliente P2P, além de poder alterar outroas serviços que podem ou não ter acesso à Internet. O Firewall vem ativado por padrão no openSUSE.
Miscelânea: registros do sistema, notas e outras opções:
Aqui temos o acesso aos registros do sistema, versões, contatos com suportes, etc. Dois destaques são o “Registro de inicialização” e “Registro do sistema”, oferecendo acesso fácil e descomplicado ao /var/log/boot.msg e /var/log/messages.
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