Não é segredo que um número grande de empresas, sobretudo no Brasil estão migrando parte de seus desktops para Linux, sem contar o crescimento no uso em servidores e dispositivos embarcados em geral. Por isso, oferecer produtos compatíveis com o sistema é uma questão estratégica para a maioria dos fabricantes.
Semana passada recebi uma encomenda da HP Brasil, contendo um HP NX6310, emprestado para um teste de 4 semanas de sua compatibilidade no Linux.
Este é um modelo “business”, com tela de 15″ (1024×768), 512 MB de RAM, HD de 40 GB, teclado PT-BR e processador Intel Core Duo T2300E, de 1.6 GHz.
Na parte de hardware, o principal atrativo deste modelo é o material usado no gabinete: um plástico extremamente duro, que passa uma imagem de robustez e é bem resistente a riscos. A tela é um LCD regular de 15″. Ela não utiliza nenhuma tecnologia em especial, mas tem um contraste visivelmente melhor que a que equipa os modelos anteriores da HP, como o NX6110.
Aqui está uma comparação entre as telas do NX6310 (ao centro), do Toshiba A70 (à esquerda) e do Asus M5200, os três com o brilho no máximo e rodando com a carga da bateria. O HP tem uma luminosidade e contraste mais ou menos no mesmo nível do A70 (que tem uma tela melhor que a maioria dos notes de baixo custo atuais), levando vantagem sobre o Asus:
O drive de CD é um combo CDRW/DVD (2 MB de buffer e 24x, tanto para leitura, quanto para gravação de CDs, sem suporte a gravação de DVDs) e o HD é um FUJITSU MHV2040BH (SATA), de 5400 RPM, que mantém uma média de 33 MB/s de taxa de leitura no teste rápido do hdparm (hdparm -t /dev/sda).
Só para referência, o IBM Travelstar IC25N080ATMR04 (80 GB, interface IDE, 4200 RPM) que equipa o Asus M5 obtém uma média de 26 MB/s e um SAMSUNG SP1203N (o modelo de 7200 RPM, para desktops) obtém 55 MB/s.
Do lado esquerdo temos o conector da placa de rede (uma Broadcom BCM4401, de 100 megabits), a saída de vídeo, as duas portas USB, os conectores para fone e microfone e o slot PCMCIA. Do lado direito temos o conector do modem, a porta firewire e o drive, enquanto atrás temos apenas a bateria e o conector da fonte. Este modelo não possui saída de vídeo S-Video, nem DVI:
Os speakers estão posicionados na parte frontal, logo abaixo do touchpad. Esta não é exatamente a posição ideal (que seria a base da tela), mas vem sendo a posição preferida pelos fabricantes, já que a parte frontal tem muito mais espaço interno livre que a base, onde já está a bateria, botões e conectores.
Esta foto mostra a posição do speaker dentro no note. Na verdade ela é de um NX6110, mas a disposição dentro do NX6310 é a mesma:
Esta é uma comparação de tamanho entre o Toshiba A70, grandalhão, o NX6310 e o Asus M5, que é um ultraportátil com tela de 12″. O Toshiba pesa 3.6 kg, o Asus M5 1.5 kg e o NX 6310 fica no meio, com 2.8 kg:
Na parte de baixo, temos o slot de memória e a placa wireless. Este modelo veio com 512 MB de RAM, com dois pentes de 256 MB. Isto significa que ao fazer um upgrade, você precisa remover um dos pentes, ficando com 768 MB (512 + 256) ou 1280 MB (1024 + 256). Outro ponto de destaque é que a placa wireless já utiliza um slot PCI Express (1x), ao invés de um slot mini-PCI:
Embora só um slot de expansão esteja visível, todos os notes da série NX possuem dois slots de memória, porém o segundo está instalado do outro lado da placa mãe, escondido sob o teclado, de forma que você precisa fazer uma desmontagem parcial do notebook para chegar até ele.
Este notebook é relativamente simples de desmontar. Você pode ver detalhes sobre o processo de desmontagem e dicas sobre manutenção da tela no meu tutorial sobre a desmontagem do NX6110. Os passos são rigorosamente os mesmos:
https://www.hardware.com.br/tutoriais/manutencao-notebooks-nx6110/
https://www.hardware.com.br/tutoriais/manutencao-telas-lcd/
Este modelo que recebi veio com uma bateria de 6 células, com 4.0 Ah de capacidade, mas existem opções de baterias de 4.4 Ah, 4.8 Ah e 5.2 Ah. Com a bateria de 4.0 Ah tenho de 2 a 3 horas de autonomia, de acordo com a situação de uso. Usando o micro apenas para tarefas leves, com o brilho da tela no mínimo e o transmissor wireless desativado, é possível chegar a 3:30. Usando a bateria de 5.2 Ah seria possível ultrapassar a barreira das 4 horas.
Existe ainda a opção de usar uma bateria extra, que é encaixada no conector disponível na base do note. A carga desta bateria extra é usada primeiro, conservando a bateria interna para o final. Existem duas versões: uma com 8 células (3.6 Ah, a 14,4V) e uma maior, com 12 células (6.45 Ah a 14.8V, quase o dobro da de 8 células). Combinando uma bateria interna de 5.2 Ah e a bateria extra de 12 células, seria possível atingir incríveis 12 horas de autonomia. Veja as especificações das baterias no: http://h18000.www1.hp.com/products/quickspecs/12152_na/12152_na.HTML
Na verdade, existem versões do NX6310 baseadas em vários processadores, do Celeron de 1.43 GHz, ao Duo T2500, de 2.0 GHz, com variações no HD e memória RAM instalada. Apesar disso, o restante dos componentes são constantes, o que faz com que esta análise se aplique a toda a família. Existe ainda o NX6320, que é praticamente idêntico, mas inclui um transmissor bluetooth e leitor de cartões, instalado entre os dois speakers:
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