X-Micro X-VDO F610: uma análise técnica

X-Micro X-VDO F610: uma análise técnica

O X-VDO F610 existe em versões de 512 MB, 1 GB e 2 GB. Em todas, o aparelho é rigorosamente igual, mudando apenas a quantidade de memória usada (veja mais detalhes a seguir).

Os recursos básicos, colados das especificações, são os seguintes:

  • Tela OLED de 128×128 e 1.5″
  • Suporte a MP3 e WMA
  • Gravação de voz
  • Suporte a vídeos no formato SMV e visualizador de fotos
  • Rádio FM, com autoscan das estações
  • Bateria li-Ion interna, recarregada através da porta USB

Ele é um player bem compacto, mede 7.5 x 4.3 x 1.3 cm e pesa apenas 45 gramas. Aqui está uma comparação com alguns objetos:

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A bateria carrega através da própria porta USB, como no iPod Nano. A bateria carrega em pouco mais de 3 horas e tem autonomia para até 18 horas de música, ou 8 horas de vídeo. Nos meus testes, atingi 17:15 ouvindo arquivos MP3 encodados a 128k, bem próximo do prometido.

Ele inclui também o tradicional gravador de voz e um receptor de rádio FM. É possível também gravar a partir do rádio, gerando arquivos .WAV, que você pode converter para outros formatos depois de transferir para o PC.

Como de praxe, ele utiliza o protocolo USB Mass Storage e por isso é visto pelo PC como uma unidade de disco externa, da mesma forma que um pendrive. Com exceção do Windows 98 (onde você precisa instalar o driver USB), ele funciona diretamente em conjunto com qualquer sistema.

Assim como outros MP4 players, ele inclui suporte a exibição de vídeos. Este é na verdade um hack, que utiliza um formato especial de arquivo, de baixa compressão, desenvolvido para permitir a exibição de vídeos usando pouco processamento. No caso do F610 é usado o formato SMV, onde temos vídeos de 128×128 com 10 quadros por segundo, que, devido à baixa compressão, ocupam cerca de 2.1 MB por minuto de vídeo.

O formato é uma espécie de versão simplificada do MPG, onde cada quadro é comprimido individualmente num formato proprietário e em seguida os quadros do vídeo combinados com uma faixa de áudio em MP3. O player utiliza o circuito de decodificação de áudio para decodificar o audio (da mesma forma que faria ao tocar um MP3) e utiliza o restante do processamento para decodificar os frames de vídeo.

Do ponto de vista técnico, este é um hack interessante, pois o pouco poder de processamento do hardware é explorado ao extremo, mas em termos de qualidade, os vídeos não são nada digno de nota. A resolução é muito baixa, as cores ficam lavadas e as cenas de movimento ficam cortadas devido ao baixo FTP. Os arquivos também ficam relativamente grandes: um vídeo de 20 minutos fica com 43 MB.

O mini-cd que acompanha o MP4 inclui o programa (windows only) que permite converter os vídeos. Ele só suporta arquivos MPG, MWV e alguns arquivos .AVI, compactados em DIVX5. Para vídeos em outros formatos, você precisaria primeiro converter o vídeo para um dos formatos suportados usando o virtual dub ou outro programa similar, para só então poder converter o vídeo para o formato SMV.

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Como um bônus, ele inclui também uma função para exibir fotos em JPG. Ao contrário dos vídeos, você não precisa converter as fotos para um formato especial, basta copiar diretamente. Ele redimensiona automaticamente (muitas vezes distorcendo a imagem) para a resolução da tela:

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Naturalmente, não publicaria uma análise me limitando a ligar e dizer que funciona ;). Apesar dos MP4 players serem gadgets aparentemente simples, sempre existe muito a se falar sobre os componentes internos. Vamos então ver o que existe dentro da caixa preta.

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