O disco de estado sólido do Classmate é um “M-Sys uDiskonChip”, um módulo que pode conter um ou dois chips de memória contém um ou dois chips de memória Flash, de 1 GB a 4 GB cada um, totalizando de 1 a 8 GB de capacidade. No caso do Classmate com 2 GB, ele vem com um único chip de 2 GB instalado:
A plaquinha é instalada em um header USB na placa-mãe. O encaixe é o mesmo dos headers USB das placas-mãe para micros desktop, onde ligamos os cabos das entradas USB frontais do gabinete:
O Asus Eee utiliza este mesmo sistema, com a diferença de que os chips de memória Flash e o controlador são diretamente soldados à placa mãe e por isso não são restituíveis. Ainda não está claro se os exemplares de produção do Classmate continuarão utilizando a placa atualizável, ou se adotarão o uso de chips integrados para cortar custos.
Neste exemplar que recebi, é usado um módulo de memória SODIMM da Apacer, que poderia ser substituído por um módulo DDR2 de maior capacidade (de até 1 GB, que é o máximo suportado pelo chipset). Entretanto, é provável que a Intel passe a utilizar chips soldados diretamente à placa-mãe nas unidades de produção.
Os 256 MB de memória RAM são compostos por chips de memória DDR2, também fabricados pela Apacer, que operam a 200 MHz (400 MHz efetivos). As informações do SPD mostram que na verdade os chips podem trabalhar a 266 MHz. Aparentemente a Intel optou por manter uma boa margem de segurança:
Aqui temos o Classmate parcialmente desmontado. O layout da placa-mãe não é muito diferente do de uma placa-mãe de notebook típica, já que, de certa forma, o Classmate nada mais é do que um mini-notebook destinado ao uso na edução.
O cooler do processador é feito todo de alumínio e faz contato tanto com o processador em si, quanto com a ponte norte do chipset. Os dois pontos pretos na parte inferior do cooler são dois espaçadores de borracha, que mantém um espaço de cerca de meio centímetro entre a placa-mãe e o teclado, com a idéia de tornar o equipamento mais resistente contra pancadas sobre ele (como um aluno esmurrando o teclado por que algum software travou).
Aqui temos mais uma foto, mostrando a saída do cooler e os conectores de áudio. Note que são usados mais espaçadores de borracha:
Aqui temos uma foto com o cooler removido, que mostra o grande espaço entre a placa-mãe e a parte inferior da carcaça. Como disse na primeira parte da análise, a carcaça do Classmate é uma casca oca, destinada justamente a absorver os impactos, protegendo a placa-mãe:
O Celeron-M ULV usado no Classmate é um derivado do Pentium-M com core Dothan, que opera a 900 MHz. Ao contrário do Celeron usado no Asus Eee, o do Classmate não possui cache L2.
Na verdade, os transístores referentes ao cache L2 estão presentes no processador, que é originalmente um Dothan-512, com 512 KB de cache L2, como podemos confirmar pela identificação do Everest e também pela foto do núcleo do processador, que não deixa dúvidas:
Do ponto de vista técnico, fabricar um processador com 512 KB de cache só para desativá-lo no final do processo pode parecer muito estranho, mas do ponto de vista comercial faz sentido, já que permite que a Intel simplesmente aproveite o mesmo projeto, sem precisar fazer modificações. Possivelmente, sai mais barato produzir os processadores dessa forma do que criar uma nova versão, que venha realmente sem cache L2, arcando com todos os custos de desenvolvimento.
O problema é que a ausência do cache L2 prejudica consideravelmente o desempenho, já que sobram apenas os 64 KB (32 KB para dados e mais 32 KB para instruções) de cache L1. Seria interessante que a Intel voltasse atrás na decisão, preservando pelo menos uma pequena parcela do cache L2, já que isso não mudaria em nada o custo de produção. Mesmo 128 KB de cache melhorariam sensivelmente o desempenho do processador.
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