A melhor solução é instalar o sistema de forma comprimida e usar uma partição separada para salvar as alterações, de forma similar ao que fizemos com o Kurumin.
O primeiro passo é instalar o sistema em um pendrive, de forma que ele possa ser usado para dar boot no Classmate e fazer a instalação. Para isso, siga os passos da dica que postei a alguns dias:
[18/10] :. Dica: Instalando o Ubuntu em um pendrive ou HD externo: Em 2005 publiquei um tutorial de como instalar o Kurumin em um pendrive, ainda na época em que os pendrives eram novidade. Hoje vamos aprender como fazer o utilizando o Ubuntu ou Kubuntu. A dica serve também para cartões, HD externos e outros dispositivos de armazenamento ligados à porta USB.
Depois de dar boot usando o pendrive, o próximo passo é copiar o sistema para a memória interna do Classmate.
Uma coisa que você vai perceber ao dar boot usando o Ubuntu/Kubuntu no Classmate é que o sistema rodará de forma absurdamente lenta. O principal motivo disso é que o Classmate possui apenas 256 MB de memória, de forma que o sistema acaba usando muita memória swap. O grande volume de serviços carregados por padrão faz com que só o boot demora mais de 6 minutos (sem exagero). O melhor que você faz é ir fazer outra coisa enquanto o sistema carrega e voltar depois de uns 10 ou 15 minutos, depois que ele já tiver carregado completamente. Mais adiante, veremos algumas dicas de como reduzir o número de componentes carregados junto com o sistema de forma a torná-lo mais leve.
Para instalar, comece particionando a memória interna do Classmate da mesma forma que fizemos ao instalar o Kurumin, criando uma partição de 750 MB para o sistema, uma partição maior para as modificações e os arquivos e uma partição swap de 128 MB. No caso do Ubuntu/Kubuntu o sistema realmente precisa de swap devido ao maior uso de memória. Ela não é opcional.
Outras observações são que a primeira partição deve ser formatada em FAT32 e não em EXT3, como no caso do Kurumin (pois usaremos o syslinux como gerenciador de boot) e que a segunda partição deve se chamar “casper-rw”, para que o sistema a utilize para salvar os arquivos. Você pode formatá-las com os parâmetros corretos usando os comandos:
Em seguida, monte a primeira partição do pendrive e a primeira partição da memória interna, como em:
# mount /dev/sdb1 /mnt/sdb1
# mount /mnt/sdc1 /mnt/sdc1
Copie agora os arquivos do pendrive para a memória interna usando o “cp -a”, como em:
Como você já criou o arquivo syslinux.cfg ao instalar o sistema no pendrive, não é necessário editá-lo novamente ao instalar, já que a configuração continua a mesma. É preciso apenas instalar o syslinux e o lilo para poder fazer a gravação do gerenciador de boot.
Pra isso, abra o arquivo /etc/apt-sources.list, descomente a linha referente ao repositório Universe e rode os comandos:
# apt-get update
# apt-get install syslinux lilo mtools
# syslinux -f /dev/sdb1
# lilo -M /dev/sdb
(onde o sdb1 é o devida referente à memória interna)
Com isso, o sistema estará instalado, falta apenas reiniciar, remover o pendrive e dar boot a partir da memória interna. No meu caso optei por usar o Kubuntu, como pode ver:
Inicialmente, ele vai continuar bastante pesado, assim como ao rodar a partir do pendrive. Aqui estão duas listas de pacotes que você pode remover para tornar o sistema mais leve:
# apt-get remove klipper network-manager* strigi-* libgl1-mesa-dri arts katapult
# apt-get remove cupsys hplip rsync avahi-daemon bluez-* rsync avahi-daemon
Naturalmente, você deve remover o cupsys e o hplip apenas se não pretende usar impressora e o bluez apenas se não pretende usar dispositivos Bluetooth. O networkmanager não é necessário, pois você pode configurar a rede wireless usando o mesmo script que usamos no Kurumin e o ibgl1-mesa-dri é necessário apenas se você pretende rodar aplicativos que sam suporte 3D.
Para deixar o Kubuntu em Português, é necessário instalar o pacote “kde-i18n-ptbr”. Você pode aproveitar para instalar também o Kcontrol e outros aplicativos que utiliza, como neste exemplo:
Depois disso é só alterar a língua padrão no Centro de Controle:
Depois disso, falta instalar o driver da rede wireless (como vimos anteriormente), ajustar o teclado e outras personalizações.
Uma forma de reduzir o consumo de memória no KDE é desativar os serviços carregados junto com ele, através da opção “Componentes do KDE > Gerenciador de Serviços” do Kcontrol. Você pode também economizar um pouco de memória desativando o servidor de som o KDE (o Arts), o que faz com que os aplicativos passem a acessar a placa de som diretamente, usando os drivers Alsa.
Aqui vai um script que executa alguns dos passos necessários, que você pode personalizar a seu gosto. Antes de usá-lo, não se esqueça de abrir o arquivo /etc/apt-sources.list, e descomentar a linha referente ao repositório Universe.
#!/bin/sh
editor=”kwrite”
dpkg –configure -a
apt-get update
apt-get remove network-manager* strigi-* libgl1-mesa-dri
apt-get remove klipper arts katapult
apt-get remove cupsys rsync avahi-daemon bluez-* rsync avahi-daemon
apt-get install kcontrol kde-i18n-ptbr joe kedit sux
apt-get install build-essential
apt-get install linux-headers-`uname -r`
wget -c http://rt2x00.serialmonkey.com/rt73-cvs-daily.tar.gz
tar -zxvf rt73-cvs-daily.tar.gz
cd rt73-cvs-200*/Module/
make
make install
modprobe -r rt73usb
modprobe -r rt2570
modprobe -r rt2500usb
cd /
echo ‘blacklist rt73usb
blacklist rt2570
blacklist rt2500usb
‘ >> /etc/modprobe.d/blacklist
modprobe rt73
echo rt73 >> /etc/modules
echo ‘#!/bin/sh
rede=”REDE”
passphrase=”PASSPHRASE”
ip=”192.168.1.21″
gateway=”192.168.1.1″
dns=”208.67.222.222″
iwconfig wlan0 mode managed
ifconfig wlan0 up
iwconfig wlan0 ap $rede
iwpriv wlan0 set AuthMode=WPAPSK
iwpriv wlan0 set WPAPSK=$passphrase
iwpriv wlan0 set EncrypType=TKIP
iwconfig wlan0
ifconfig wlan0 $ip netmask 255.255.255.0 up
route del default
route add default gw $gateway dev wlan0
echo “nameserver $dns” > /etc/resolv.conf
‘ > /etc/init.d/wireless
chmod +x /etc/init.d/wireless
$editor /etc/init.d/wireless
echo ‘keycode 51 = backslash bar
keycode 94 = Shift_R
add Shift = Shift_R
remove lock = Caps_Lock
‘ > /home/ubuntu/.xmodmap
echo ‘xmodmap /home/ubuntu/.xmodmap’ >> /etc/bash.bashrc
De qualquer forma o desempenho no Classmate é bastante ruim. Caso o Classmate venha a ser realmente adotado em massa, é possível que a Canonical desenvolva uma versão otimizada para o aparelho, como no caso da versão do Ubuntu para MIDs que já foi anunciada. Ao usar a versão padrão, você vai precisar fazer um bom trabalho de personalização para fazer o sistema rodar de forma aceitável.
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