Em primeiro lugar, apesar de ser baseado no Sempron, ele já utiliza o soquete S1 (sendo portanto compatível com o Turion X2) e já utiliza memórias DDR2, diferente da maioria dos modelos antigos, baseados no Celeron ou em versões antigas do Sempron.
Isso é possível por que ele utiliza o Sempron com core Keene, a versão mais atual da série, que inclui suporte à instruções de 64 bits, possui 512 KB de cache L2 e oferece suporte ao PowerNow. O Sempron 3200+ usado opera a 1.6 GHz, com 512 KB e TDP de 25W. Apesar disso, o consumo médio do processador fica em torno dos 6 watts, graças ao PowerNow, que baixa a freqüência de operação e a tensão do processador quando ele está ocioso. Ele pode ser substituído diretamente por um Turion X2 TL-52 (também de 1.6 GHz) futuramente, caso desejado.
Em seguida temos a questão da memória. Este modelo veio de fábrica com apenas 256 MB (o que é muito pouco para os padrões atuais, sob qualquer ponto de vista), mas ele oferece suporte a módulos DDR2 de até 2 GB, o que permite usar um total de 4 GB de memória. É importante enfatizar que os processadores soquete S1 oferecem suporte a dual-channel, de forma que você tem um pequeno ganho de desempenho ao instalar o segundo módulo.
A tampa inferior dá acesso a um slot de memória vago. O segundo slot está escondido na parte interna do note, embaixo do teclado. Originalmente ele está populado pelo módulo de 256 MB que acompanha o aparelho, mas você pode substituí-lo por um módulo de maior capacidade. Como disse, você pode utilizar dois módulos de 2 GB, totalizando 4GB.
Você encontra instruções de como desmontar o note no meu tutorial sobre desmontagem do nx6110 (os passos são os mesmos nos dois modelos):
https://www.hardware.com.br/tutoriais/manutencao-notebooks-nx6110/
Usando um Turion X2 e mais memória, o nx6325 deixaria de ser um low-end e passaria a ser um notebook intermediário, que ainda poderia prestar bons serviços por mais dois ou três anos. Se o upgrade vale ou não a pena, vai depender do quanto você for pagar pelo processador e pelos módulos de memória na época em que for comprar, mas de qualquer forma as portas ficam abertas.
O chipset usado é o ATI RS480, o mesmo usado no Acer 5050, sobre o qual escrevi semana passada (https://www.hardware.com.br/analises/acer-aspire-5050/). Você vai notar que o as especificações do nx6325 especificam o uso de um chipset de vídeo ATI Xpress 200M, enquanto o Acer 5050 usa um ATI Xpress 1100. Apesar da diferença no nome, o chipset de vídeo é o mesmo e opera à mesma frequência.
Isso nos leva a uma história curiosa. Originalmente, o ATI Xpress 200M era usado no chipset ATI RS420, uma versão antiga, que ainda utilizava memórias DDR. O RS480 é uma atualização dele, que trouxe suporte a memórias DDR2 e pequenas atualizações no chipset de vídeo integrado.
Por questões de marketing, a ATI lançou uma versão “atualizada” do Xpress 200M, com suporte a memórias DDR2, que é justamente a versão usada no nx6325 e em outros notebooks baseados nos processadores Sempron soquete S1. A questão é que este Xpress 200M “atualizado” nada mais é do que um Xpress 1100 + RS480, renomeado, mas sem nenhuma mudança de projeto.
O único motivo disso foi permitir que os fabricantes diferenciassem os notebooks baratos, baseados no Sempron soquete S1 dos mais caros, baseados no Turion e no Turion X2, embora na verdade o chipset seja o mesmo.
Apesar de usar um HD de apenas 40 GB, o nx6325 já utiliza uma interface SATA, de forma que você pode também atualizar o HD futuramente caso necessário:
Uma dica é a presença do slot ExpressCard permite que você instale um SSD, substituindo ou complementando o HD. O formato ExpressCard está sendo cada vez mais utilizado por eles, pois oferece uma instalação simples e permite que o SSD trabalhe sem gargalos de desempenho, já que é ligado ao barramento PCI Express. Atualmente os SSDs ExpressCard ainda tem um custo proibitivo (um de 8 GB ainda custa mais de US$ 100, nos EUA), mas os preços vão cair nos próximos anos, de forma que eles podem vir a ser uma opção viável antes do que imaginamos.
A principal limitação em termos de upgrade seria a tela, com a qual você teria que conviver até o final da vida útil do notebook, independentemente dos outros upgrades que decidisse fazer. O nx6325 ainda utiliza uma tela regular de 15″, com os tradicionais 1024×768 e acabamento fosco.
As telas wide, com acabamento glossy tornaram-se norma nos notebooks destinados ao público doméstico, mas as telas foscas ainda sobrevivem em notebooks destinados ao público “business”, como é o caso desse modelo.
As telas com acabamento glossy utilizam um acabamento reflexivo, que torna as cores mais vivas e melhora o contraste da tela, mas é, em compensação, mais frágil (tornando riscos e arranhões uma ocorrência comum) e faz com que a tela se comporte como um espelho, refletindo muito mais a luz do ambiente. Isso faz com que elas sejam menos confortáveis de trabalhar em ambientes muito iluminados ou sob luz solar direta, muito embora elas sejam muito melhores para assistir filmes e jogar.
Embora muitas vezes não pareça, é importante notar que as telas com o formato 4:3 regular possuem uma área maior do que telas wide, já que a medida da tela em polegadas é calculada medindo a diagonal, por isso as telas 4:3 são na verdade um pouco mais caras de se produzir. Aqui temos uma comparação da tela de 15″ do HP e da tela de 14.1″ wide do Acer 5050. Como pode ver, a tela do Acer é maior de largura, mas a do HP é mais alta. Embora visualmente as duas telas pareçam ter uma área similar, a tela do Acer tem apenas 572 cm², enquanto a tela de 15″ do HP tem 686 cm²:
Apesar disso, a tela trabalha com apenas 1024×768 de resolução, o que é uma faca de dois gumes. Algumas pessoas vão achar a tela de 15″ mais confortável de trabalhar, já que a maior área e menor resolução fazem com que as fontes, ícones e outros elementos da tela sejam maiores, enquanto quem está acostumado a trabalhar em um notebook com tela wide vai achar tudo grande demais e vai precisar de um certo período de adaptação até se sentir confortável.
Outra observação é que a tela do nx6325 tem um desvio para o vermelho e para o verde, o que faz com que a temperatura de cor seja mais alta que na maioria das telas de LCD usadas em notebooks (sobretudo as telas com acabamento glossy) que tendem mais para o azul. É possível corrigir o desvio via software, ajustando as cores a seu gosto, mas com o ajuste padrão você vai notar que tudo parece mais vermelho que de costume.
O drive óptico é um LC GCC-4244N, um combo CRD+DVD, que lê DVDs mas não grava. Estes drives eram os mais comuns até o início de 2007, quando foram substituídos pelos gravadores de DVD. Os fabricantes não produzem mais estes drives, pois a diferença no custo de produção entre um combo e um gravador de DVD é atualmente mínima, mas os fabricantes sempre ficam com sobras de estoque que acabam usando nos notebooks mais baratos. O fato de não gravar DVDs é uma desvantagem importante para muitos, mas pode ser indiferente para alguns, dependendo do seu perfil de uso. Caso esteja curioso, os detalhes do drive, fornecidos pelo K3B são:
Concluindo, existe (assim como em outros modelos da HP) a opção de usar uma bateria extra, que é encaixada no conector disponível na base do note.
A carga desta bateria extra é usada primeiro, conservando a bateria interna para o final. Existem duas versões: uma com 8 células (3.6 Ah, a 14,4V) e uma maior, com 12 células (6.45 Ah a 14.8V, quase o dobro da de 8 células). Combinando uma bateria interna de 5.2 Ah e a bateria extra de 12 células, seria possível atingir incríveis 12 horas de autonomia. Veja as especificações das baterias no: http://h18000.www1.hp.com/products/quickspecs/12152_na/12152_na.HTML
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