Memória e armazenamento

Assim como em outros aparelhos da safra atual, a memória interna do 6120 Classic é dividida em dois blocos: memória RAM para executar os programas e memória Flash para armazenar os programas instalados. Quanto à memória RAM, temos um total de 64 MB, com pouco mais de 20 MB livres para executar aplicativos (o restante é usado pelo próprio sistema operacional), que são complementados por mais 128 MB de memória Flash interna, dos quais 35 MB estão disponíveis.

Ao instalar programas, você tem a opção de instalá-los na memória interna, ou instalá-los no cartão de memória. Minha sugestão é que você instale os aplicativos mais usados na memória interna, usando o cartão de memória para aplicativos pesados e/ou que sejam raramente usados. O motivo é simples: não é possível ler o conteúdo do cartão de memória (ao conectar o 6120 ao PC) enquanto aplicativos instalados no cartão estiverem abertos. Isso logo se torna inconveniente, já que você precisa fechar os aplicativos antes de poder transferir dados para o cartão, o que não acontece com os aplicativos instalados na memória interna.

Para instalar programas, você tem duas alternativas. A primeira e mais simples é acessar a página de download do arquivo diretamente, usando o navegador. Ao clicar no link para baixar o arquivo, você recebe a opção de instalá-lo:

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A segunda opção é transferir o arquivo para o cartão de memória e instalá-lo usando o gerenciador de arquivos:

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Os aplicativos nativos da plataforma S60 usam a extensão .sisx, mas você pode instalar também aplicativos em Java, que usam a extensão .jar. Graças à boa implementação do Java, os smartphones S60 rodam os aplicativos Java com um bom desempenho, quase como se fossem aplicativos nativos.

Por default, os aplicativos instalados vão para a pasta “Aplicativos > Meus aplics.”, mas você pode movê-lo para a pasta raiz através do “Opções > Mover p/ pasta”. O mesmo pode ser usado para reorganizar os menus, limpando a casa e deixando apenas os aplicativos que você realmente usa na pasta principal:

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Existe um volume muito grande de softwares disponíveis para a plataforma Symbian. De uma forma geral, fazendo uma pesquisa rápida no Google por “symbian” e o tipo de aplicativo que você procura, você acaba achando alguma boa opção. Uma ressalva é que os aparelhos baseados no S60 v3 (como o 6120) são incompatíveis com softwares antigos, empacotados para o S60 v2 (que usam a extensão “.sis” em vez de “.sisx”), o que impede a utilização de muitos softwares antigos, que não foram atualizados.

Alguns sites especializados em softwares para a plataforma são:

http://www.symbian-freak.com/
http://www.allaboutsymbian.com/software/
http://www.symbian-freeware.com
http://phonesymbian.com/

A própria Nokia oferece um menu de instalação de aplicativos adicionais, disponível através do “Aplicativos > Downloads”. Ele inclui alguns temas e jogos adicionais, mapas para uso em conjunto com a função de GPS (veja a seguir) e aplicativos extras, como o Mobile Keyboard, que ativa o suporte a teclados bluetooth.

Com relação aos aplicativos pré-instalados no 6120 Classic, temos uma lista muito similar à de outros smartphones da Nokia, com exceção de alguns aplicativos destinados ao público empresarial, que são encontrados apenas nos aparelhos da série “E”. A lista inclui:

  • Web, Contatos, Calendário, Notas
  • Mensagens, MI
  • Music Player, Real Player, Flash Player
  • QuickOffice, Adobe PDF
  • Relógio, Conversor de medidas, Calculadora
  • Gerenciador de arquivos
  • Câmera, Gravador, Rádio
  • Dados GPS, Pontos de referência, Nokia Maps instalável
  • Jogos: Marble, City Bloxx, Highroller, Snakes 3D

Uma dica é que, assim como a maioria dos outros aparelhos baseados no S60, o 6120 oferece suporte ao File Transfer Profile, um profile Bluetooth que permite acessar os arquivos da memória interna e do cartão de memória através do PC, como se fossem compartilhamentos de rede. Isso torna as transferências de pequenos arquivos extremamente práticas, já que você não precisa sequer plugar o cabo USB.

No Linux, este recurso pode ser usado através do KBluetoothD, ou do Gnome Bluetooth, que são os gerenciadores de perfis Bluetooth do KDE e do Gnome. No KBluetoothD, por exemplo, basta acessar o aparelho e clicar sobre o “OBEX File Transfer” para ter acesso aos arquivos:

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A taxa de transferência é baixa, ficando em torno de 100 KB/s (pouco mais de um décimo do que você teria ao usar o cabo USB), mas, apesar disso, a transferência é bastante estável. Se você não tiver pressa, pode até mesmo transferir vídeos e outros arquivos grandes.

Voltando à questão da memória, os 20 MB de memória RAM disponíveis limitam o número de aplicativos que você pode manter abertos simultaneamente, fazendo com que, em muitas situações, você precise fechar alguns aplicativos antes de carregar outros. De uma forma geral, você pode manter 4 aplicativos pesados abertos de forma simultânea (Google Maps, Gmail, Real Player e Opera Mini, por exemplo), a partir daí você passa a receber as fatídicas mensagens de memória cheia e precisa fechar algum deles antes de continuar:

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A meu ver, este não chega a ser um grande problema, pois logo você se acostuma a fechar os aplicativos em vez de simplesmente voltar ao menu diretamente, mas para muitos isso pode se tornar irritante.

A falta do suporte ao SDHC faz com que o 6120 fique limitado a cartões micro SD de 2 GB. Ou seja, se você pretende comprar um cartão de 8 GB pensando em armazenar todas as suas músicas, vai ficar desapontado. É possível carregar vários cartões e ir trocando-os conforme o uso, mas isso seria inconveniente.

Se você faz questão de ter suporte a cartões de maior capacidade, uma opção seria comprar um 6220, o modelo seguinte dentro da família. Ele é um pouco mais caro, mas suporta cartões de até 8 GB de possui 100 MB de memória interna (72 MB livres), resolvendo simultaneamente as duas principais limitações do 6120:

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Outra opção é o Nokia E51, que oferece também suporte a Wi-Fi:

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A utilidade do suporte a Wi-Fi no celular depende basicamente de um único fator: se você tem ou não um plano de dados 3G.

Se você está usando um chip de dados, como no meu caso, não existiriam grandes motivos para utilizar uma conexão Wi-Fi no celular, já que ele já possui sua própria conexão. Em vez de utilizar a conexão compartilhada da sua casa ou escritório, os papéis se invertem e o celular é que fica disponível para a conexão do notebook ou do PC sempre que você não tiver outra conexão disponível. O smartphone se torna então um “provedor de conexão”, em vez de um “usuário de conexão”.

Se, por outro lado, você usa um plano tradicional, com voz e apenas alguns poucos megabytes de tráfego de dados, a conexão Wi-Fi acaba sendo uma boa forma de utilizar as funções do smartphone sem estourar a quota de tráfego, usando a rede wireless de casa, escritório ou usando um hotspot que estiver disponível pelo caminho.

Entretanto, ficar dependente da conexão Wi-Fi de casa ou do escritório coloca em xeque a questão da mobilidade, que é o principal atrativo dos smartphones em primeiro lugar. Se você está dentro da sua rede local, muito provavelmente tem também acesso a um PC de qualquer forma.

Ainda não acabou :). A terceira parte da análise incluirá dicas sobre uso de VoIP, áudio, vídeo, youtube, navegação web, GPS (com um receptor externo) e outros temas. Se você achava que estes recursos estão disponíveis apenas em aparelhos mais caros, se enganou.

Confira a terceira parte em: https://www.hardware.com.br/analises/escolhendo-smartphone3/

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