Processador e HD

Diferente dos modelos anteriores, que eram baseados no Atom N270, o 1002HA adota o Atom N280, que oferece um pequeno aumento no desempenho, com um clock de 1.66 GHz (em vez de 1.6) e bus de 667 MHz (em vez de 533MHz, como nos anteriores).

A má notícia é que, assim como o N270, o N280 é um modelo dentro da plataforma Diamondville, diferente do Atom Z530, que seria o equivalente dentro da plataforma Silverthorne.

O Diamondville é a versão “value” do Atom, destinada a nettops. Embora o processador também seja fabricado usando uma técnica de 0.045 micron, ele utiliza uma tensão mais alta e um sistema menos sofisticado de gerenciamento de energia, o que resulta em um consumo de energia mais alto.

Para cortar custos, o processador é combinado com um chipset 945GSE/ICH7M (ou um 945GC/ICH7, no caso dos nettops) em vez de uma solução de baixo consumo como o Poulsbo, o que acaba por aumentar bastante o consumo elétrico.

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Embora o Atom N280 tenha um TDP de apenas 2 watts, o 945GSE possui um consumo de 6 watts, com mais 3.3 watts para o ICH7M, o que eleva o total da plataforma para 11.3 watts.

Para aumentar a autonomia da bateria, a Asus desenvolveu um sistema próprio de gerenciamento, implantando através de um controlador adicional, batizado de EPU (Energy Processing Unit). Ele assume a tarefa de monitorar o uso do sistema, desativando componentes sem uso e ajustando o clock do processador de acordo com a demanda.

Ele oferece uma série de perfis de gerenciamento, que podem ser ativados usando o botão de atalho em cima das teclas F1/F2 ou através do ícone no tray:

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A Asus fala em uma autonomia de 5 horas para o 1002 HA, mas você só chegará perto disso usando o perfil Power Saving e rodando tarefas leves. Ao assistir vídeos ou rodar aplicativos mais pesados usando o modo Performance ela cai para cerca de 3 horas, não muito diferente da oferecida pelo Eee 900 e bem inferior à do Eee 1000 HA, que apesar de feio, utiliza uma bateria de quatro células.

Outra diferença para quem está acostumado com o Eee 900 ou o 901 é a substituição do SSD por um HD convencional (2.5″) de 160 GB. O modelo escolhido foi um Seagate ST9160310AS, que é um modelo SATA de 5400 RPM com 8 MB de cache e tempo de busca de 11 ms.

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Para quem está chegando agora, o Eee 900 e o 901 utilizavam dois SSDs: um menor (e mais rápido) de 4 GB e um segundo SSD de 8 ou 16 GB, construído usando chips de memória Flash mais lentos (porém mais baratos) para reduzir custos. Assim como em um HD com duas partições, a idéia era que o SSD de 4 GB fosse usado para instalar o sistema e o outro fosse usado exclusivamente para armazenar arquivos, tarefa onde a baixa velocidade de gravação não atrapalhasse muito.

O grande problema com essa abordagem era que o desempenho do sistema ao instalar aplicativos na segunda unidade caía bastante. Ao usá-la para armazenar o cache do Firefox, por exemplo, o sistema demora dois ou três segundos adicionais para carregar as páginas, que correspondem justamente ao tempo que demora para conseguir armazenar os dados temporários no SSD, problema que era resolvido ao mover a pasta para a unidade primária ou para um ramdisk.

Tento isso em mente, a mudança para o HD mecânico acabou sendo na verdade positiva do ponto de vista do desempenho. Os SSDS podem ser muito rápidos quando bem implementados, mas esse não era exatamente o caso da Asus.

Ao contrário da crença popular, a diferença de consumo em utilizar um HD de 2.5″ e um SSD não é muito grande. O ST9160310AS do 1002 HA consome 2 watts durante as operações de leitura e gravação e apenas 0.2 watts em standby, valores que não são muito mais altos que os da maioria dos SSDs do mercado.

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