A questão do custo-benefício

Como sempre, muitos vão argumentar que com quase um quilo e meio, o Eee 1000HA é um pouco crescido demais para um netbook, mas aí caímos novamente na questão do gosto pessoal. Como comentei no post sobre o Dell Inspiron Mini, mesmo os fabricantes não sabem ainda qual é o formato ideal para os netbooks, justamente por isso temos visto tantos diferentes.

No começo, se achava que o melhor seriam modelos pequenos, como o Eee 701, mas quando as pessoas começaram a usá-los na prática, o teclado minúsculo e o touchpad se revelaram muito desconfortáveis e a tela muito pequena. Os fabricantes responderam lançando modelos com telas de 8.9″ e em seguida de 10″, incluindo teclados mais confortáveis, o que se revelou uma solução muito melhor para quem usa o netbook por longos períodos.

Como os modelos de 10″ ainda fazem muitas concessões, já existem modelos com telas de 12″ (que já invadem o espaço dos notebooks tradicionais), assim como alguns modelos de MIDs e webpads com telas bem menores. Em última análise, os formatos que irá prevalecer depende da aceitação do público. Os fabricantes apresentam produtos e conceitos e fazem hype em torno deles, mas são os compradores que “votam” nos vencedores ao escolher qual comprar.

De uma forma geral, os dois modelos da safra atual que oferecem o melhor custo-benefício são o Eee 1000HA e o Eee 900. Explico: O 1000HA se destaca por ser um modelo “fusca”, um pouco grande e desajeitado, mas que é relativamente barato e oferece um teclado bastante confortável de usar, enquanto o Eee 900 se destaca pela portabilidade, pelo uso do SSD e por ser um dos netbooks mais baratos atualmente, custando na faixa dos 999 reais.

O teclado do Eee 900 é o pior entre todos os modelos atuais, mas em compensação ele é um dos mais leves, com apenas 980 gramas. Como o preço é baixo, ambos são uma escolha relativamente segura, já que mesmo que você se arrependa da compra, pode vendê-los por um preço próximo ao que pagou sem muita dificuldade.

Uma terceira opção seria o Acer Aspire One (https://www.hardware.com.br/dicas/acer.html), que é também bastante acessível (o modelo com SSD chega a ser vendido por R$ 999) e oferece um teclado mais confortável de usar que o do Eee 900. A construção não é tão boa quanto os modelos da Asus e da HP, mas isso é compensado pela diferença no preço.

Tanto o Eee 1002HA (https://www.hardware.com.br/analises/eee-1002ha-1002hae/) quanto o HP Mini 1000 (https://www.hardware.com.br/dicas/acer.html) atendem ao público que quer um modelo com um design mais bem acabado e não se importa em pagar um pouco mais caro, enquanto o Mobo White e o LG X110 (ambos OEMs do MSI Wind (https://www.hardware.com.br/dicas/mais-netbooks.html)) ficam no meio do caminho, com um formato confortável de usar e um preço mediano, mas pecam pela bateria de 3 células, que dura pouco mais de duas horas.

O Dell Inspiron Mini (https://www.hardware.com.br/dicas/dell-mini.html), juntamente com o HP Mini-Note são modelos menos equilibrados, o que os torna escolhas mais arriscadas.

Em resumo, o Inspiron Mini seria um bom concorrente para o Eee 900A (https://www.hardware.com.br/dicas/modelos-eee.html), mas ele perde para os modelos atuais em quase todos os quesitos (tela, teclado, autonomia e espaço de armazenamento) e é moderadamente caro, custando R$ 1199 + frete (modelo de 8 GB sem modem 3G, no site da Dell), enquanto o HP Mini Note tem o desempenho comprometido pelo uso do Via C7-M (https://www.hardware.com.br/artigos/processadores-da-via/). Ele não seria uma escolha ruim se custasse na faixa dos 1100 a 1200 reais, mas por R$ 1699 ele acaba sendo muito caro para o que oferece.