Tanto o Pentium III atual, de 0.18 mícron, quanto o Celeron estão com os dicas contados. Ao mesmo tempo em que se esforça para melhorar o nível de aceitação do Pentium 4, e lançar versões mais rápidas, a Intel vem trabalhando no sucessor dos dois processadores, o Pentium III Tualatin.
Na verdade, o Tualatin nada mais é do que um Pentium III recauchutado, o mesmo projeto, porém produzido numa técnica mais avançada, de 0.13 mícron. Como já citei anteriormente, ao diminuir o tamanho de cada transístor, o tamanho total do processador diminui na mesma proporção. O chip torna-se mais barato de se produzir (pois é usada uma área menor de Waffer de silício em cada unidade), torna-se mais rápido, pois passa a suportar frequências de operação muito mais altas (transístores menores mudam de estado mais rapidamente) e, para completar, passa a consumir menos eletricidade, já que diminui a quantidade de eletricidade necessária para cada mudança de estado em cada transístor.
Não se sabe exatamente qual freqüência o Tualatin será capaz de atingir, mas suas versões iniciais, que estão prestes a ser lançadas, operarão a 1.13 e 1.2 GHz. Não será o suficiente para competir diretamente com os Athlons topo de linha, tarefa que a Intel está relegando ao Pentium 4, mas serão sem dúvida chips de desempenho respeitável. Outro ponto forte serão as possibilidades de overclock. O chip em sí deve suportar frequências acima de 1.6 GHz, a única limitação será as frequências de barramento oferecidas pela placa mãe. Como as primeiras versões do Tualatin utilizarão bus de 1.33 MHz, com o multiplicador travado, não haverá muita margem.
Como pode ser visto na foto, o formato do chip mudou um pouco em relação ao Pentium III atual. Como o chip tornou-se menor e mais frágil, será usada uma capa metálica para proteger o processador. Do ponto de vista dos consumidores, isto é bem vindo, pois poderemos voltar a encaixar coolers sem medo de danificar o processador, como nas versões atuais do Athlon.
Além do formato físico, muda também a voltagem do processador. O número definitivo ainda não foi divulgado, mas o mais provável é o uso de 1.2 V nas primeiras versões. Com isto, um Tualatin de 1.2 GHz consumirá menos eletricidade que um Pentium III atual de 800 MHz. O nome comercial do Tualatin será “Pentium III T”
A longo prazo, o plano da Intel é posicionar o Tualatin como um processador de baixo custo, substituindo o Celeron e o Pentium III de 0.18 mícron. Apesar das versões iniciais terem preços bem salgados, eles devem cair muito com o passar do tempo.
Mas, nem só de boas notícias vive um novo processador. Apesar de todas as vantagens sobre os P-III atuais, o Tualatin trará junto um grande problema, simplesmente será incompatível com as placas mãe atuais. Quem estiver interessado em um, terá de adquirir também uma nova placa mãe. Já vimos esse filme antes, várias vezes.
O objetivo desta pré-analise, é falar um pouco sobre os chipsets com suporte ao novo processador que estão sendo anunciados, com seus pontos fortes e fracos.
Existem boatos de que placas mãe baseadas no antigo chipset i440BX, que suportem a voltagem utilizada pelo Tualatin, como as antigas Abit BH6 por exemplo, suportarão o processador ao contrário das placas mais recentes, baseadas nos chipsets Via 133, intel 810 e 815, etc. Assim que houver alguma confirmação publicarei um texto na área de notícias do Guia do Hardware.
Note que existe compatibilidade retroativa, as novas placas suportarão os processadores antigos. Se for montar um novo micro, com um Celeron ou P-III, dê preferência à uma das novas placas, que lhe dará melhores possibilidades de upgrade mais tarde.
O i815E já está disponível a algum tempo, mas terá uma nova versão, com as modificações necessárias para suportar o novo processador. Fora isto, as demais características do chipset continuarão as mesmas, com suporte a AGP 4X, UDMA 100, etc.
Estão são as duas primeiras opções da Via. O Pro266T utiliza memórias DDR, enquanto o Pro133T utiliza memórias PC-100 ou PC-133 comuns.
O Apollo Pro266T trará também suporte a slots PCI de 64 bits, através de um chip opcional. Os slots PCI de 64 bits suportam transferências de 266 MB/s, o dobro dos PCI “comuns”. Este barramento é muito popular em servidores, onde é usado por placas Ultra 3 Wide SCSI (160 MB/s) e placas Gigabit Ethernet.
Estes são dois chipsets de baixo custo da Via, que devem ser encontrados nas placas mais baratas, disputando terreno com o SiS635T (abaixo). Ambos utilizam memória SDRAM, sem suporte a DDR e trazem vídeo integrado. A maior deficiência destas duas versões é a falta de suporte a AGP. Se você está pensando em um micro pra jogos fique bem longe deles.
A diferença entre os dois é que o PL133T vem com vídeo onboard Savage 4, enquanto o PLE133T vem com vídeo Trident Blade. Não espere grandes diferenças de desempenho, já que os dois utilizam memória compartilhada.
O SiS635T é composto de um único chip, que engloba as funções de ponte norte e ponte sul. O uso de um único chip diminui os custos de produção, por isso, este chipset deve ser o mais comum nas placas mãe de baixo custo. A SiS não tem tanta tradição no ramo de chipsets, mas pelo menos este lançamento deve ajudar a baixar os preços das primeiras placas mãe para o Pentium III T.
Este é o carro chefe da Ali. O principal atrativo deste chipset é o fato de suportar tanto memórias SDR quanto memórias DDR (não as mesmo tempo). Isto dá uma boa liberdade aos fabricantes ,que tem a opção de usar o mesmo chipset nas duas linhas de placas. Este modelo é dividido em dois chips, ponte norte e sul, sendo que a sua ponte sul já trás incorporado um chipset de som.
Este será o “chipset definitivo” da Intel para o Tualatin. A idéia era lança-lo junto com o processador, mas o projeto atrasou “um pouquinho”. Ainda não existem informações precisas sobre o Almador, mas sabe-se que ele suportará tanto memórias DDR quanto memórias SDRAM comuns. Também não está descartada uma futura versão com suporte a memórias Rambus.
Este é um chipset voltado para servidores, que não deverá ser visto em placas mãe de médio ou médio custo, apenas nos modelos mais caros, voltados para este mercado. De qualquer forma, apesar da desvantagem econômica, este chipset trás alguns recursos interessantes:
Suporta o uso de dois processadores em SMP, até 8 GB de memória DDR, suporta slots PCI de 64 bits (em servidores eles são um must), mas em compensação não trás suporte a AGP, como em outras placas voltadas para servidores.
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