Um dos grandes atrativos deste modelo é o fato de usar uma tela capacitiva, uma grande evolução sobre as telas resistivas usadas nos modelos anteriores. É realmente muito estranho usar o Android em uma tela resistiva, já que todo o uso do sistema baseia-se em gestos de arrastar, pinça, etc. que mesmo com o costume são muito desconfortáveis de se fazer em uma tela resistiva. Naturalmente, este modelo não usa Gorilla Glass, por isso o vidro da tela acaba respondendo por uma grande parte do peso do tablet. Um vidro pesado e frágil é uma receita para o desastre caso ele caia sobre qualquer superfície dura, por isso é importante redobrar os cuidados e não deixá-lo cair.
Apesar de ser uma grande evolução, a tela está longe de ser perfeita. Na maior parte do tempo ela funciona como se espera, mas a película não é tão sensitiva quanto as usadas na maioria dos smartphones, o que faz com que alguns toques não sejam detectados. Tudo funciona bem se os dedos estiverem um pouco úmidos (como acontece na maior parte do tempo durante o verão), mas se eles estiverem ressecados o uso já fica um pouco mais complicado. A tela também tem tendência a registrar toques enquanto você está arrastando, o que também torna o uso menos confortável.
Outro problema com a tela é o controle de qualidade. Estas telas não são montadas em salas limpas como de praxe, mas sim em linhas de produção empoeiradas, sem nenhum cuidado especial, o que faz com que partículas de poeira fiquem capturadas entre o vidro e o digitalizador. Nessa posição é impossível de removê-las, por isso a única solução acaba sendo conviver com elas. No meu caso, por exemplo, tem uma partícula amarela relativamente grande bem no meio da tela:
Por default, este aparelho vem configurado para usar 120 DPI para a tela, que é a configuração default para a maioria dos tablets, resultando em fontes pequenas e uma grande área útil. Entretanto, a baixa sensibilidade da tela faz com que seja difícil usá-lo nessa configuração, pois campos e elementos pequenos da interface ficam difíceis de acessar. Clicando sobre a barra de endereço no navegador, por exemplo, 3 em cada 5 tentativas resultavam em o sistema detectando um toque nas abas ou na área de página e não onde queria. Configurando o sistema para usar 160 DPIs (elementos de tela maiores) o uso acabou ficando bem mais confortável.
Como este aparelho já vem com acesso de root, esta é uma operação bem simples. Comece instalando o SSHDroid e acesse o tablet via SSH a partir de um PC. O login default é “root”, com a senha “admin”.
Uma vez logado, use o comando abaixo para remontar o diretório /system em modo de leitura e escrita, obtendo assim acesso à configuração do sistema:
# mount -o remount rw /system
Em seguida, edite o arquivo “/system/build.prop”, substituindo a linha “ro.sf.lcd_density=120” por “ro.sf.lcd_density=160”:
O jeito mais fácil de fazer isso é copiar o arquivo para um PC usando um cliente SFTP (no Windows você pode usar o cliente sftp do putty, por exemplo), fazer a modificação e em seguida copiá-lo de volta para o tablet, substituindo a versão antiga. Terminado, basta reiniciar para que a alteração entre em vigor.
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