Memória e processador

Resolvido o problema da placa 3D, vamos a uma análise dos outros componentes do PC.

Com relação à memória, não seria uma boa ideia tentar usar 2 GB de memória RAM, já que os módulos DDR1 são muito caros atualmente e não vão poder ser utilizados em outros upgrades. O melhor é insistir nos 1 GB que já estão instalados, investindo no máximo em um terceiro módulo de 512 MB (uns 50 reais atualmente) para completar 1.5 GB.

Desde que você não tente rodar outros aplicativos enquanto joga, os 1.5 GB de RAM são mais do que suficientes para rodar quase todos os títulos da safra atual.

Como este micro usa ainda uma placa soquete 754, as opções de upgrade do processador são também bastante limitadas. Migrar para uma placa mãe AM2+ não faria sentido, já que o custo seria muito alto e trocar apenas o processador também não seria uma boa ideia, já que não faria sentido gastar dinheiro para trocar o Athlon 64 3000+ por um 3700+, que é apenas 400 MHz mais rápido.

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Muito do que tivemos em termos de evolução dos processadores nos últimos anos se concentrou na adição de mais núcleos e mais cache, e não tanto no aumento da frequência ou no aumento do desempenho em aplicações single-thread. Como resultado disso, os processadores quad-core atuais são muito rápidos em servidores, aplicações científicas e em conversão de vídeo, mas não são tão mais rápidos assim em jogos, que ainda são predominantemente single-thread.

Com isso, processadores single-core antigos acabam muitas vezes apresentando um desempenho mais do que suficiente em jogos 3D quando combinados com uma GPU mediana atual, especialmente ao usar resoluções mais altas, onde o desempenho da placa 3D se torna um limitante bem antes do processador.

Embora um FPS alto seja sempre desejável, tenha em mente que na maioria das situações uma média de 30 a 40 FPS já é suficiente para garantir uma animação fluída. A partir daí, os ganhos começam a ser cada vez menores, com cada degrau adicional de desempenho exigindo um investimento cada vez maior e oferecendo um benefício cada vez mais superficial.

Um bom exemplo é este gráfico (gerado através do Anadtech Bench), comparando o desempenho de um Athlon LE-1620 (uma versão de 65 nanômetros do Athlon 64 single-core, com 1 MB de cache L2) operando a 2.4 GHz, comparado com um Phenom II X4 955 (quad-core, 6 MB de cache L3), de 3.2 GHz:

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Pelo gráfico você pode ver que o desempenho em processamento de imagens (representado pelo teste do Photoshop) e em conversão de vídeo é brutalmente diferente, com o Phenom II sendo quase 5 vezes mais rápido, um verdadeiro massacre.

Entretanto, quando chegamos ao teste single-thread do Cinebench R10 (que simula o desempenho em aplicativos que não são otimizados para o uso de vários núcleos) a diferença é bem menor, e a mesma proporção se estende aos jogos, que em sua maioria utilizam um único thread. Veja que o Athlon LE é capaz de manter 55 FPS no Left 4 Dead e 51 FPS no Fallout (caso a GPU não seja o limitante), o que é mais do que suficiente para uma movimentação fluída.

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