Continuando nossa série de análises de placas de baixo custo, com dicas gerais, é a vez da Asus P5VD2-X, desta vez uma placa soquete 775 para processadores Intel.
Ela suporta tanto os antigos Pentium D e Celeron D soquete 775, baseados na arquitetura NetBurst, quanto os processadores Core 2 Duo, Pentium E e Celeron 4xx atuais. A principal limitação é que a placa oferece suporte apenas aos processadores com bus de 800 e 1066 MHz, sem suporte a bus de 1333 MHz.
Assim como a Asus M2V, ele é uma placa ATX, com som e rede onboard, mas sem vídeo. Ela possui 1 slot PCIe x16, 1 slot PCIe x1 e mais 4 slots PCI:
Uma limitação, indicada nas especificações da placa, é que o slot PCIe x1 não pode ser usado simultaneamente com a porta external SATA, ligada ao controlador JMicron.
Para usar o slot, você deve desativar a porta no Setup, através da opção “Advanced > Onboard Device Configuration > Ex-SATA/PCI-E*1 Option”. Configurando-a com o valor “Ex-SATA” (o default), o slot PCIe x1 fica desativado. Para usá-lo, é necessário mudar a opção para “PCI-E*1”, o que por sua vez desativa a porta E-SATA:
Outra limitação é que a placa suporta apenas memórias DDR2-400 e DDR2-533, devido às limitações do chipset. Você pode usar perfeitamente usar um módulo DDR2-800 ou mais rápido, mas ele ficaria restrito às freqüências suportadas pela placa:
A melhor saída para não subutilizar o módulo completamente seria usar tempos de acesso mais baixos, de forma a compensar (parcialmente) a menor freqüência de operação.
A placa possui dois slots de memória e suporta o uso de módulos DDR2 de até 2 GB, o que permite um total de 4 GB de memória instalada:
Note que usar 4 GB de memória em um sistema operacional de 32 bits, principalmente no Windows não é necessariamente um bom negócio, pois a maior parte do último GB acaba sendo desperdiçado. Você pode ver mais detalhes sobre isso no meu artigo sobre a barreira dos 3 GB:
Artigo: A barreira dos 3 GB (atualizado): De uma forma geral, não é recomendável utilizar mais de 3 GB de RAM ao utilizar um sistema operacional de 32 bits. Ao utilizar 4 GB, a maior parte do último GB acaba não sendo utilizado, tornando-o um grande desperdício de dinheiro.
Usar um sistema operacional de 64 bits permite o uso de mais do que 4 GB de memória, mas no caso da P5VD2-X isto acaba não fazendo diferença, já que a placa só suporta 4 GB de memória. É por isso que você não encontra a opção “Memory Hole Remapping” ou “Memory Hoisting” no Setup da P5VD2-X: esta opção só tem serventia ao usar mais do que 4 GB.
Em termos de custo benefício, o melhor é se contentar em usar dois pentes de 1 GB, totalizando 2 GB. Se você precisa de mais memória, use um pente de 2 GB combinado com outro de 1 GB, totalizando 3 GB. Usar dois módulos de 2 GB acaba sendo um desperdício.
Ao contrário da M2V e outras placas com chipset VIA destinadas aos processadores AMD, a P5VD2-X não oferece suporte a dual-channel, por limitações do chipset.
Isso acontece por que nas placas soquete 754, 939 e AM2 o controlador de memória é integrado ao processador, de forma que o suporte a dual-channel e as freqüências suportadas dependem unicamente dele. Como é o processador quem controla o acesso à memória, o chipset passa a ter um papel secundário, de forma que mesmo um chipset antigo como o VIA K8T890 pode prestar bons serviços.
Quando falamos de placas para processadores Intel, entretanto, a coisa muda de figura, já que o chipset passa a ser o responsável por todo o acesso à memória e as limitações saltam à vista.
O único motivo de um VIA K8T890 poder competir de igual para igual com outros chipsets atuais com relação ao desempenho de acesso à memória é o fato dele ser feito pelo processador. Duas placas, uma com um K8T890, outra com um nForce 5xx oferecerão um desempenho muito similar se equipados com o mesmo processador AMD. O PT890 não desfruta dos mesmos privilégios, de forma que o controlador de memória single-channel, limitado a memórias DDR2-533 limita pesadamente o desempenho da placa.
A P5VD2-X utiliza o chipset de audio integrado ao chipset, um VIA Vinyl. Apesar disso, ela utiliza um codec Realtek ALC883, com suporte a 6 canais, que é o enfatizado nas especificações da placa:
As placas de som onboard são na verdade formadas por dois componentes distintos. O primeiro é o chipset de audio propriamente dito, que é quase sempre incorporado diretamente ao chipset. Embora ele possa ser desativado e substituído por um chipset externo, esta não é uma solução popular entre os fabricantes de placas, já que aumenta os custos de produção.
O segundo componente é o codec, o chip responsável por transformar o sinal digital enviado pelo chipset de audio no sinal analógico que é enviado às caixas de som.
Os dois componentes são independentes, de forma que o fabricante da placa mãe pode combinar um chipset da VIA com um codec da Realtek por exemplo, como é extremamente comum.
O problema é que o uso de um codec diferente exige adaptações nos drivers, o que causa problemas de compatibilidade entre os drivers “oficiais”, oferecidos pelo fabricante do chipset e as placas que utilizam codecs de outros fabricantes. Devido a isso, você utilizar os drivers de audio oferecidos pela Asus e não os drivers da VIA.
Deixe seu comentário