Exterior

Como de praxe, Vamos começar com um tour pela parte exterior do note. O teclado segue o padrão da Acer, com os símbolos de euro e dólar sobre as setas e algumas teclas posicionadas fora do padrão. É possível encontrar à venda tanto notebooks com o teclado padrão americano, quanto modelos com teclado ABNT2, que é o meu caso:

Note que a barra e a interrogação foram integradas às teclas Q e W e precisam ser acionadas pressionando o Alt Gr, o que é bastante incômodo. No meu caso, resolvi o problema remapeando a tecla do menu de funções (que não uso), daí o adesivo colado. As quatro teclas de funções na parte superior podem ser remapeadas no Linux, recebendo funções diversas. A tecla de e-mail, por exemplo, já vem remapeada para abrir o Kmail no Kubuntu, por exemplo. Veja mais sobre como configurar as teclas de atalho no Linux nessa dica:

O touchpad também é o mesmo encontrado em outros modelos da Acer, largo e com o direcional no centro, que pode ser usado para dar scroll na tela:

Como pode ver, os conectores de áudio são posicionados na parte frontal, junto com os speakers, o que tem prós e contras, de acordo com o seu perfil de uso. Esta é uma boa posição para quem usa o notebook sobre uma mesa, mas é um pouco incômodo ao usar sobre o colo, por exemplo.

Como em outros modelos da Acer, você encontra um botão frontal que serviria para ativar e desativar o transmissor Bluetooth, muito embora a maioria das versões do 5050 não venha com o transmissor. Isto acontece por que a Acer aproveita a mesma carcaça em diversos modelos diferentes, variando os componentes internos. Quase todos os modelos à venda incluem o botão, mas apenas os mais caros realmente incluem o transmissor Bluetooth.

Ou seja, a menos que a etiqueta de identificação ou as especificações especifiquem claramente que o note contém o transmissor Bluetooth, você pode presumir que ele não faz parte da configuração.

Do lado esquerdo temos o slot PC-Card, o leitor de cartões, uma das portas USB, a saída S-Video, a saída do exaustor do cooler e a saída VGA:

O conector da interface de rede fica isolado no canto esquerdo do note, próximo à saída VGA. A rede onboard utiliza um simples chipset Realtek 8139 (10/100), que cumpre o seu papel, mas não oferece nada de especial. Como atualmente a maioria dos usuários de notebooks acabam utilizando a rede wireless no lugar da rede cabeada, a economia em usar um chipset 10/100 barato, no lugar de um chipset Gigabit Ethernet é compreensível.

Do lado direito temos mais duas portas USB, o conector do modem, o drive de DVD e conector da fonte. O modem ATI-IXP usado nesse modelo pode ser ativado no Linux usando o driver da Smartlink. Veja mais detalhes sobre a configuração do modem no:
https://www.hardware.com.br/guias/modems-wireless-linux/

O 5050 utiliza o mesmo acabamento prateado usado em outros notebooks da Acer. Os detalhes em preto e o tamanho reduzido resultam em uma aparência melhor do que o 5043 e outros modelos com tela de 15.4″, embora a questão da aparência esteja muito sujeita ao gosto pessoal.

O maior problema com esse acabamento prateado é que ele é muito suscetível a riscos. Pessoalmente preferiria que utilizassem um plástico rígido com pintura preta, como em alguns notebooks da HP, por exemplo. Veja um exemplo de risco “involuntário”, que já apareceu, apesar do cuidado:

O módulo com a webcam pode ser girado em 180 graus, de forma que quem não usa a webcam e não quer ficar com ela apontada para si o tempo todo, pode simplesmente virá-la para o outro lado:

O bom da webcam integrada é que que ela aumenta pouco o custo do note, menos do que você pagaria por uma câmera USB, de forma que ela acaba sendo um ítem bem vindo para quem usa programas de videoconferência. O lado ruim é que ela aumenta um pouco o volume e o custo do notebook, de forma que, para quem não vai usar, acaba sendo um acessório desnecessário.

O mesmo pode ser dito sobre os leitores de cartões, que também estão se tornando itens de série. Os leitores incluídos na maioria dos modelos utilizam um layout muito simples, onde é utilizado um bridge ligado diretamente no barramento PCI. O bridge dá acesso direto aos pinos do cartão e a modulação é toda feita via software. Se os leitores de cartões USB, que realizam um trabalho muito mais complexo já custam menos de US$ 5 no exterior, você pode imaginar que adicionar um leitor de cartões com o controlador simplificado não custa mais do que 2 ou 3 dólares para o fabricante.

A câmera é uma Sonix Microdia, que utiliza um CCD com resolução de 640×480, assim como os usados nas câmeras mais baratas. A qualidade é mediana e ela pode ser usada tanto no XP quanto no Vista usando os drivers disponibilizados pela Acer (no http://support.acer-euro.com/). O maior problema é que a câmera ainda não é suportada no Linux (ao contrário das câmeras da Logitech, usadas em outros modelos da Acer), o que é um ponto negativo.

Usando o comando “sudo lsusb -v | grep Microdia” você recebe a identificação do dispositivo, que pode ser usada caso deseje pesquisar sobre um eventual driver atualizado, que possa ter sido disponibilizado depois da publicação deste review:

O mais provável é que o suporte a ela seja eventualmente adicionado no driver GSPCA, disponível no: http://mxhaard.free.fr/download.html. Você pode se manter informado acessando a página de vez em quando.

Concluindo, aqui temos a parte inferior do note, com as tampas que dão acesso ao compartimento do HD e o da placa wireless e módulos de memória. Vamos ver mais alguns detalhes sobre os componentes internos a seguir.