Originalmente, o cliente terá acesso apenas ao próprio servidor. Para que ele tenha acesso aos demais hosts da rede, é necessário realizar alguns passos adicionais.
O primeiro é ativar o roteamento de pacotes no servidor, de forma que ele passe a encaminhar os pacotes recebidos do cliente para a interface de rede local. Mesmo que o servidor possua uma única placa de rede, a VPN é vista pelo sistema como uma interface separada, de forma que, do ponto de vista do sistema operacional, a VPN e a rede local são duas placas de rede separadas.
O roteamento é feito usando dois comandos (executados no servidor):
# iptables -t nat -s 10.0.0.2 -A POSTROUTING -o eth0 -j MASQUERADE
O primeiro ativa o roteamento de pacotes no Kernel e o segundo orienta o sistema a encaminhar os pacotes recebidos a partir do endereço IP do cliente (10.0.0.2, no exemplo) para a interface de rede local (eth0, no exemplo). Estes dois comandos precisam ser adicionados em algum dos scripts de inicialização do sistema (como o “/etc/rc.local) para que sejam executados a cada boot.
O próximo passo é executar o comando abaixo no cliente, de forma que ele passe a consultar o servidor ao tentar acessar endereços dentro da faixa usada pela rede local:
Note que o comando especifica a faixa de endereços usada na rede local (192.168.1.0, no exemplo), a máscara, o endereço IP do servidor do outro lado da VPN e a interface virtual usada pela VPN (tun0).
A partir daí, o cliente conseguirá acessar outros micros da rede, montar compartilhamentos ou até mesmo imprimir em impressoras compartilhadas. É importante notar, entretanto, que se o cliente também estiver conectado a uma rede local (acessando através de uma conexão compartilhada, por exemplo), ela deve utilizar uma faixa diferente de endereços.
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