Instalação

Para instalar, baixe o “FreeNAS Live CD” e configure o setup do micro para dar boot através do CD-ROM. A tela inicial de opções permite que você inicialize o sistema com o suporte a ACPI desativado ou em modo de segurança, duas opções destinadas a solucionar problemas de compatibilidade em micros antigos.

Desativar o suporte a ACPI reduz o número de opções de gerenciamento de energia, mas não tem efeito sobre o desempenho. O modo de segurança, entretanto, desativa o DMA e o modo de acesso de 32 bits aos HDs, o que reduz brutalmente o desempenho de leitura e gravação. Deixe para usá-lo apenas em último caso.

Depois que o boot é iniciado, é exibida uma splash screen. O boot demora apenas alguns segundos, mas a imagem continua sendo exibida até que você pressione Enter:

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O principal motivo do FreeNAS ser tão pequeno é que ele não inclui aplicativos gráficos, já que toda a configuração é feita através da interface web. A instalação do sistema, assim como a configuração básica é feita através de uma interface em modo texto, bastante espartana.

Como o nome sugere, o FreeNAS Live CD é um live-CD, que permite testar o sistema antes mesmo de instalar. Você pode configurar a rede (opção 2), acessar a interface de configuração em outro PC e brincar com as opções à vontade, mesmo antes de alterar os dados nos HDs. Se a máquina tiver um drive de disquetes, é possível também salvar as configurações usando um disquete pré-formatado, inserido no drive A:

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Para finalmente instalar, acesse a opção 9 (Install/Upgrade to an hard drive/flash device, etc.), o que o levará a um segundo menu, onde é possível escolher o tipo de instalação:

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A opção 1 (Install ‘embedded’ release on flash device) é destinada à instalação em cartões de memória flash ou em pendrives USB. Nessa modalidade, o sistema é instalado de forma compactada, ocupando apenas 32 MB de espaço em disco. Para minimizar o volume de operações de leitura e gravação, o sistema roda inteiramente a partir da memória RAM, usando a memória flash apenas para o carregamento inicial e para armazenar as configurações.

A vantagem desse método é que você fica com todos os HDs da máquina livres para criar arrays RAID e armazenar dados. Se o BIOS da máquina suportar boot através das portas USB, você pode usar um pendrive, caso contrário você pode usar um adaptador CF>IDE e um cartão de memória compact flash:

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As opções 2 (Install ‘embedded’ release on hard drive) e 3 (Install ‘full’ release on hard drive) permitem instalar o sistema em um dos HDs da máquina. A diferença entre elas é que a opção 2 instala o sistema de forma compactada, da mesma forma que a opção 1, enquanto a opção 3 faz uma instalação padrão, com o sistema instalado de forma descompactada, que ocupa 64 MB de espaço em vez de 32.

A vantagem da opção 3 é que você pode instalar softwares adicionais. Apesar de se comportar como um sistema embarcado, o FreeNAS é na verdade uma instalação do FreeBSD, que suporta a instalação de pacotes adicionais e pode ser personalizado conforme desejado.

Tanto no caso da opção 2 quanto na opção 3, é criada uma pequena partição para o sistema no início do HD e uma partição para dados englobando o restante do disco (é necessário ativar a partição manualmente, como veremos a seguir). Não existe opção de instalar sem formatar o HD, por isso certifique-se de que não existem dados importantes antes de instalar. Também não é possível instalar o FreeNAS em dual-boot com outro sistema.

A instalação é bastante simples. O sistema confirma o device usado pelo drive de CD-ROM (o default é “acd0”) e o device do HD onde o sistema será instalado. Diferente do Linux, onde os HDs são vistos pelo sistema como “sda” e “sdb”, no FreeNAS eles são vistos como “ad0” (o primeiro HD) e “ad1” (o segundo). Se houver um pendrive plugado a uma das portas USB, ele será visto pelo sistema como “da0”.

Ao escolher a opção 3, ele pergunta também o tamanho da partição do sistema, em MB. No exemplo estou reservando 128 MB (o mínimo seria 64 MB) para ficar com algum espaço livre para uso posterior:

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Depois de terminada a instalação, volte ao menu inicial (opção 7) e use a opção “7) Reboot” para reiniciar o micro. Não desligue no botão, caso contrário você poderá perder arquivos do sistema que ainda estejam no cache de disco, fazendo com que a instalação não funcione corretamente.

No boot seguinte, você voltará ao menu inicial, com a diferença de que a opção 9 não estará mais disponível, já que o sistema já está instalado:

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O último passo da instalação é configurar os endereços de rede, para que você possa acessar a interface web. Para isso, acesse a opção 2 e forneça os endereços da rede, incluindo o endereço IP que será usado pelo NAS, o gateway e o DNS usados na rede. Os únicos parâmetros obrigatórios são o endereço IP e a máscara (que deve ser fornecida na notação do CIDR, onde o número “24” equivale à máscara 255.255.255.0), mas é interessante fornecer a configuração de rede completa para que você possa usar a sincronização automática do horário do servidor via NTP.

Quando perguntado sobre a configuração do IPv6 responda “y” (mesmo que você não utilize IPv6 na sua rede). Se não houver um servidor DHCP IPv6 disponível, ele simplesmente utilizará um endereço aleatório.

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Com isso, a configuração está completa. Você pode remover o monitor e o teclado do servidor e deixá-lo ligado apenas ao cabo de rede e ao cabo de energia, instalado em seu local definitivo.

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