Anos 2000

A partir de 2000 a maior evolução aqui no Brasil se deu acredito mais ao fato de se ter disponibilizado internet gratuita (sem a necessidade de pagar o provedor) do que pelo avanço da tecnologia. Neste tempo as máquinas predominantes no mercado eram as baseadas na arquitetura do Pentium Pro, ou seja, os Pentium II, III e Celerons derivados de ambos em conjunto com a placa da PC-chips M748xxx, as máquinas com processadores AMD K6, e principalmente o K6-2 este em conjunto com a placa mãe da PC-chips M598xx eram quase que uma “praga de gafanhotos”. Eram um indicio do que seria o futuro, alta integração. Claro que as máquinas com processadores Pentium e 486 ainda existiam, mas já estavam desaparecendo, principalmente pelo baixo desempenho em multimídia que nestes equipamentos era sofrível a reprodução de vídeos e execução de músicas em mp3(quem tinha um 486 nessa época lembra…) ficando restritos a edição de textos, internet e jogos antigos.

Após este período houve uma grande evolução na capacidade de processamento, armazenamento e memória RAM, no entanto o modelo se seguiu baseado neste paradigma, placa mãe com praticamente todos os itens essenciais integrados estes podendo são automaticamente configurados pelo BIOS restando à opção de ativar ou não o dispositivo.

Com o avanço do hardware os sistemas operacionais também evoluíram (leia-se Windows). A partir do lançamento do Windows XP em 2001, a instalação do mesmo se tornou algo realmente simples, basta inserir o CD na unidade e aguardar quando solicitado e teclar alguma tecla, pronto! A partir deste ponto é basicamente next, next, finish. Dependo da configuração da máquina (principalmente às anteriores a versão do Windows) todos os dispositivos são reconhecidos e após o processo é só instalar os softwares e está pronto é só usar. Caso deseje instalar um novo dispositivo, basta plugá-lo na máquina, o Windows irá identificar e fará automaticamente as configurações de IRQ, DMA e I/O, bastando (caso ele já não possua) instalar os drivers.

De 2005 em diante a computação passou por uma evolução relevante, os processadores multi-core. Com o lançamento do Pentium D os processadores passaram a ter múltiplos núcleos levando a computação a níveis de desenvolvimento antes possíveis somente com o uso de grandes computadores, as placas de vídeo de alto desempenho se tornaram algo para os mais ortodoxos, visto que diferentemente do que ocorria nos primeiros modelos de vídeo onboard do inicio da década (SiS 530 e 620 e i810) o vídeo onboard já tinha desempenho suficiente para executar a maior parte das aplicações de modo satisfatório, o que deixou o vídeo “off-board” restrito aos gamers mais aficionados por desempenho.

 

Manutenção

A manutenção dos equipamentos a partir do ano 2000 deixou de ser algo complexo e que necessitava de uma formação longa e cara e passou a ser muito mais simples surgindo no mercado diversas escolas vendendo o curso de “Montagem e Manutenção de computadores” que simplesmente se constituía de um apanhado geral do hardware e do software necessário para um computador funcionar. Basicamente um “vê o que encaixa em quê e instala o Windows”. Se você achasse necessário mais conhecimento deveria procurar especialização em escolas de renome, mas na maioria das vezes o “técnico” se achava com conhecimento suficiente para trabalhar na área.

Os problemas mais comuns nessa época (e até hoje, pois não evoluímos tanto em relação ao início dos anos 2000) eram que com o advento das placas onboard problemas com estes dispositivos onboard, que quando corretamente identificados e a placa em questão permitia (existiam placas como a m748 que só possuía um único slot pci) eram substituídos por um componente “off-board” (coloco entre aspas porque considero essa notação errada, mas como já é padrão, melhor usar). Devido à popularização dos componentes de informática muitas vezes a troca da placa mãe era a melhor solução. A fonte também se tornou um item muito vulnerável, a qualidade dos modelos mais baratos diminuiu muito se tornando muito freqüente a sua queima e substituição visto a maioria dos técnicos não ter qualificação para o seu reparo. As memórias se padronizaram inicialmente as PC-66, 100 e 133 e posteriormente os modelos DDR e DDR II, apesar das diferenças não era tão difícil identificar os módulos e com poucas exceções caso a memória encaixasse no slot a máquina iniciava, talvez sem o desempenho máximo por conta de configurações do barramento, mas iniciava e permitia que a configuração correta fosse feita. A Internet, os sites de busca e os fóruns tornaram os problemas mais solucionáveis visto na maioria das vezes uma rápida busca e a solução seria encontrada. Os fabricantes disponibilizam todos os drivers de seus equipamentos em suas páginas bastando identificar o modelo e baixar, para identificar o modelos dos dispositivos diversos softwares foram criados entre eles os clássicos AIDA32 e HWiNFO32.

Não era mais necessária uma formação muito extensa, bastava um bom curso de manutenção em computadores e um pouco de diligência em aprender os principais erros e suas soluções. Neste período uma enxurrada de jovens procuravam trabalhar com manutenção de micros, acreditando ser uma excelente área o que fez com que a regra da oferta e demanda se impusesse, grande oferta de técnicos, remuneração baixa. Ao final de 2009 grande parte dos técnicos autônomos cobrava em torno de 50,00 pela mão de obra de seus serviços, na maioria das vezes sem a cobrança da hora técnica.

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