Fedora

O Fedora utiliza o system-config-network, disponível no “Sistema > Administração > Rede”. Ele é um dos utilitários gráficos mais antigos para configuração da rede, usado desde as primeiras versões do Red Hat Desktop, antecessor do Fedora. Você vai perceber que a interface lembra um pouco a do networkmanager, já que os dois utilitários tem uma origem comum.

Na tela principal, clique sobre a interface a configurar e clique no botão “Editar” para ter acesso à janela de configuração. Além das opções de configurar a rede via DHCP ou usando um endereço fixo, você tem a opção de ativar o uso do protocolo IPV6, permitir que outros usuários da máquina possam ativar e desativar a interface (útil caso o micro seja compartilhado entre várias pessoas, ou no caso de um servidor) e também definir o MTU usado pela placa:

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O MTU permite definir o tamanho máximo dos pacotes que são transmitidos através da rede. Usar pacotes menores pode melhorar sutilmente o desempenho em conexões via modem ou em redes baseadas em hubs burros, onde exista um grande volume de colisões. Mas, em situações normais, reduzir o MTU só atrapalha, pois reduz o percentual de bytes úteis dentro de cada frame, em relação ao overhead.

A tendência atual é justamente o contrário, ou seja, aumentar o tamanho dos frames, de forma a melhorar o aproveitamento do link e reduzir o volume de frames necessários para transmitir um determinado volume de dados, reduzindo assim o volume de processamento necessário. Este recurso é chamado de “jumbo frames” e permite o uso de frames com até 9000 bytes.

Continuando, a aba “Rota” permite definir rotas alternativas para determinados PCs da rede ou da Internet, o que é útil em redes com mais de um gateway. Você pode então usar o servidor A como gateway padrão, mas fazer com que acessos a uma determinada faixa de endereços sejam feitos através do servidor B.

De volta à tela principal, você pode definir os endereços dos servidores DNS na aba “DNS” e definir apelidos para os endereços na aba “Servidores” (da mesma forma que na aba “máquinas” do networkmanager):

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A aba “IPsec” permite criar VPNs. Existem duas modalidades: Host a Host (onde é criado um túnel entre dois micros) e Rede a Rede, onde é criada uma VPN entre duas redes, permitindo que os micros de uma enxerguem os da outra, como se ambas formassem uma rede só.

Para criar a VPN, é necessário que o servidor do outro lado da conexão esteja acessível via Internet (ou seja, utilize um IP fixo ou um domínio virtual) e esteja com o IPsec ativo. O IPsec é um software padrão, que pode ser usado em qualquer distribuição, por isso não é necessário que a outra máquina também esteja rodando o Fedora, mas apenas que o daemon do IPsec esteja disponível.

Assim como no networkmanager, você pode criar profiles com diferentes grades de configuração para a rede, alternando rapidamente entre elas conforme necessário:

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Além do system-config-network, o Fedora inclui também uma versão em modo texto, o “system-config-network-tui”, que é útil em situações onde o modo gráfico não estiver configurado, ou ao configurar servidores sem o ambiente gráfico instalado.

Você encontra também uma versão ligeiramente modificada do system-config-network na forma do “network-admin“, um utilitário disponível no Debian e em outras distribuições baseadas nele. Ele pode ser instalado através do pacote “gnome-system-tools”:

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Clicando nas propriedades de cada interface, dentro do network-admin, você cai no menu de configuração, onde pode definir os endereços ou ativar a configuração via DHCP. No caso de um micro com duas ou mais placas, como no caso de um notebook com uma placa cabeada e uma placa wireless, ou no caso de um servidor compartilhando a conexão, você precisa definir qual delas é a interface onde está a conexão com a Internet, através da opção “Dispositivo padrão de gateway”.

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