Definição de DVD

Por Carlos E. Morimoto. Há .

DVD é a abreviação de "Digital Versatile Disk". O DVD está para as antigas fitas de vídeo VHS assim como CD está para as fitas K7. Como os vídeos são armazenados em formato digital, é possível assistir o mesmo filme inúmeras vezes sem que haja qualquer degradação, como ocorre nas fitas de vídeo. A qualidade de imagem também é incomparável: a resolução é maior e a fidelidade de cores muito superior. Numa fita de vídeo VHS temos apenas 240 linhas horizontais de resolução, enquanto no DVD temos 500 linhas. Também são permitidos vários outros recursos, como várias opções de legenda e dublagem.

Além da imagem, temos também melhorias na qualidade sonora. No DVD temos compatibilidade com os padrões Dolby's AC3 Surround Sound e MPEG-2 audio. Os players também incluem um decodificador que assegura a compatibilidade com o padrão Dolby ProLogic Surround Sound, este último o mesmo sistema utilizado nos cinemas, onde temos 6 canais de som. As falas vem do canal central, as músicas vem dos canais situados à esquerda e à direita, os efeitos sonoros vem de trás e existe mais um canal auxiliar para graves, que são tocados por um subwoofer posicionado atrás do espectador.

Usando conjuntos de seis caixas, seja num home theater ou numa placa de som que suporte este recurso, a qualidade do som é muito superior ao do stereo comum, realmente imersiva. Mesmo utilizando um par de caixas acústicas, ou uma televisão comum, é possível beneficiar-se de boa parte dos efeitos; o som já ficará melhor do que numa fita VHS, mas sem comparação com o gerado por um conjunto de 6 caixas. Veja que o suporte não é obrigatório, o padrão Dolby Digital prevê vários formatos de áudio, mono, dual mono, stereo, Dolby Surround stereo, etc. e é possível usar qualquer um destes formatos, fica à escolha do estúdio que produzir o título.

Outro avanço diz respeito à dimensão das imagens. A grande maioria dos filmes atuais são gravados para serem exigidos nas telas de cinema, que são bem mais largas que a tela de uma televisão. Enquanto na TV a proporção da tela é de 4 x 3, o formato dos filmes é de 16 x 9 (o mais comum) ou em alguns casos 20 x 9.

Quando um filme é convertido para o formato VHS, os cantos da imagem são cortados, ou mesmo a imagem é "exprimida" para que a imagem "caiba" na tela de TV. Porém, no DVD o filme mantém sua formatação original; se você utilizar uma EDTV (as telas de alta resolução e proporção de 16 x 9 usadas nos home theaters) o filme será exibido em seu formato original, caso esteja usando uma TV comum os cantos serão cortados, porém a conversão será feita pelo próprio aparelho. Em geral também existirá a opção de assistir os filmes no formato letterbox, com duas faixas pretas nos cantos superior e inferior da imagem, onde perde-se parte da resolução horizontal da tela, mas é mantido o formato original da imagem. No caso de uma TV PAL teremos 432 linhas horizontais para a exibição do filme e 72 linhas perdidas em cada faixa. Numa TV NTSC teremos apenas 360 linhas para o filme e 60 em cada faixa. Existem também casos de DVDs de duas faces, como mesmo filme gravado em formato 16 x 9 em uma face e em formato 4 x 3 na outra.

Existem 4 tipos de DVD, que diferem na capacidade. O DVD 5 é capaz de armazenar 4.7 GB de dados ou 133 minutos de vídeo na resolução máxima. Na verdade, 133 minutos de vídeo ocupam apenas 3.5 GB; os 1.2 GB restantes são reservados para áudio. Cada dublagem de 133 minutos ocupa 400 MB, o que permite incluir até três dublagens junto com o filme num DVD de 4.7 GB. Porém,

O DVD 10 utiliza a mesma tecnologia do DVD 5, mas nele são usados os dois lados do disco, dobrando a capacidade. Temos então 9.4 GB de dados ou 266 minutos de vídeo em qualidade máxima com três dublagens. Temos também o DVD 9 e o DVD 18, que são capazes de armazenar respectivamente 8.5 e 17 GB de dados.

O único problema com o DVD 10 e do DVD 18, é que, como são gravados dados nos dois lados do disco, é preciso virar o disco quando se chega no meio do filme, como num toca-fitas. No caso de DVDs com dados, também é preciso virar o disco para acessar os dados gravados no outro lado.

Fisicamente um DVD é muito parecido com um CD comum, a diferença é que os sulcos na mídia são bem menores e mais próximos uns dos outros.

Enquanto no CD cada bit óptico mede 0.83 nanômetros, de comprimento e 1.6 nm de largura, num DVD cada ranhura mede apenas 0.4 nm x 0.74 nm, permitindo gravar muito mais dados no mesmo espaço físico. O processo de fabricação também é o mesmo: criar um molde de vidro, gerar os negativos de metal, criar os moldes de gravação e finalmente prensar os DVDs, a diferença fica por conta apenas da maior precisão.

A idéia de aumentar a densidade e a quantidade de discos, é a mesma usada para aumentar a capacidade dos discos rígidos. Até aí não temos nenhuma grande inovação, apenas uma evolução natural do CD-ROM. Porém, como estamos lidando com uma mídia óptica, surgiu a idéia de sobrepor duas camadas de dados, variando o foco do laser de acordo com a camada a ser lida.

Nesta tecnologia, a primeira camada de dados é feita de material semitransparente, enquanto a segunda, de material que não permite a passagem de luz. As duas camadas podem então ser lidas aleatóriamente, simplesmente variando o foco do laser de leitura.

Usando esta tecnologia, foi desenvolvido o DVD 9, que é capaz de armazenar 8.5 GB de dados, quase o dobro de um DVD comum. Usando as duas faces do disco, foi possível dobrar a capacidade do disco, chegando aos 17 GB do DVD 18. Todos os drives de DVD, assim como todos os DVD-Players domésticos são compatíveis com os discos de duas camadas, pode ficar descansado quanto a isso.

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