AMD e Intel estão preocupadas com decadência do mercado de PCs

AMD e Intel estão preocupadas com decadência do mercado de PCs

Nesta semana, AMD e Intel, duas das maiores fabricantes de processadores e placas de vídeo, demonstraram preocupação com o atual cenário do mercado de PCs. As vendas de computadores diminuem drasticamente a cada trimestre. E as duas empresas consideram o cenário como delicado, admitindo que há pouca margem para crescimento nos próximos meses.

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Depois de explanar a situação para os seus investidores, as ações da AMD na bolsa de valores caíram mais de 2% nesta quarta-feira (3). Isso nada mais é do que um reflexo da preocupação dos acionistas.

Além disso, as previsões da companhia ficaram abaixo do esperado para o terceiro trimestre de 2022. Nos meses de agosto, setembro e outubro, a AMD projeta um volume de vendas entre US$ 6,5 bilhões e US$ 6,9 bilhões. A margem de lucro, por sua vez, deve ficar em 54%. Os analistas estimavam um lucro de 54,2%. Portanto, um pouquinho acima das projeções feitas pela AMD.

O CEO da Intel, Par Gelsinger, deu uma entrevista ao Yahoo Finance e disse que o terceiro trimestre de 2022 será o “fundo do poço” para o mercado de PCs. Além disso, o executivo disse que acredita que o mercado de PCs ainda terá uma queda de 10% até o final do ano. Isso levando em consideração o mercado global. Mas há uma luz no fim do túnel. O executivo acredita que as festas de fim de ano ajudem a aumentar as vendas no quarto trimestre do ano.

IDC diz que a situação não está tão ruim assim

O International Data Corporation (IDC), tradicional instituto que faz levantamentos em diversos mercados, concorda que a situação está ruim. Porém, não é um cenário de terra arrasada. Em um levantamento que data de 11 de julho, a empresa revelou que os pedidos de computadores em todo o mundo caíram 15,3%. Assim, no segundo trimestre de 2022, foram vendidas 71,3 milhões de unidades.

Este é o segundo trimestre consecutivo onde há queda nas vendas de computadores. Porém, se compararmos com os números do início da pandemia, que foi no primeiro trimestre de 2020, eles não se distanciam tanto. Entre janeiro, fevereiro e março de 2020 foram vendidos 74,3 milhões de computadores. Ou seja, uma diferença de apenas 3 milhões de unidades no período de 2 anos.

E se aumentarmos ainda mais o recorte, veremos que a situação atual é melhor do que nos trimestres pré-pandemia. O segundo trimestre de 2019 terminou com 65,1 milhões de computadores vendidos. E o segundo trimestre de 2018 apresentou números ainda menores, de 62,1 milhões de unidades. Em outras palavras, está ruim, mas já foi pior.

Já no Brasil, o cenário é de crescimento. Em 2020, ano em que a pandemia afetou a economia com mais força, o Brasil teve uma queda de 12,6% na venda de computadores. Mas depois começou a se recuperar. Já no primeiro trimestre de 2021, o segmento de PCs teve um crescimento de quase 20% no Brasil. Em janeiro de 2022 a tendência de crescimento se manteve e no primeiro trimestre de 2022 houve um crescimento de 6%. Todos os dados são da IDC, como você pode conferir nos links deste parágrafo.

Portanto, em alguns mercados a situação está ruim. Mas em outros países, como no Brasil, a venda de computadores se mantém em alta.

Fontes: Yahoo Finance e IDC

Sobre o Autor

Cearense. 34 anos. Apaixonado por tecnologia e cultura. Trabalho como redator tech desde 2011. Já passei pelos maiores sites do país, como TechTudo e TudoCelular. E hoje cubro este fantástico mundo da tecnologia aqui para o HARDWARE.
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