Fujifilm adquire 50,1% da Xerox por US$ 6,1 bilhões e já chega cortando 10 mil postos de trabalho

Fujifilm adquire 50,1% da Xerox por US$ 6,1 bilhões e já chega cortando 10 mil postos de trabalho

As irmãs de mercado, Fujifilm e Xerox, que há 56 anos constituiram uma joint-venture na região Ásia-Pacíficio sob o nome Fuji-Xerox, chegaram a um acordo definitivo envolvendo a cifra de US$ 6,1 bilhões, para que a japonesa Fujifilm assuma 50,1% das ações da norte-americana Xerox, fundada em 1906, referência no setor de impressão, sinônimo de fotocópia, e que tem enorme importância na história do desenvolvimento de diversas tecnologias que acabaram sendo usadas por seus concorrentes, os casos mais emblemáticos passam pela interface gráfica e o mouse, que “explodiram” a cabeça de Steve Jobs, levando essas ideias para a Apple nos anos 80.

No momento a Fujifilm possui 75% da Fuji Xerox, que comprará essa participação da Fujifilm por US$ 6,1 bilhões, usando dívidas bancárias. Esse valor será então utilizado para que os 50,1% da Xerox sejam financiados.

O nome Fuji Xerox será mantido mas muitos postos de trabalho serão cortados nessa nova fase administrativa. 22% da força de trabalho da Fuji Xerox, cerca de 10 mil funcionários de fábricas da Ásia serão demitidos, ao custo de US$ 400 milhões. 

As demissões, de acordo com a Fujifilm, fazem parte de uma restruturação mais ampla que tem que ser feita devido aos concorrentes terem ganho mais espaço. Com esse movimento a redução de custos anuais deve ficar na casa dos US$ 460 milhões.

Essa subsidiária da Fujifilm terá sede nos EUA (Connecticut) e Japão (Tóquio), com suas ações negociadas na bolsa de Nova York. O comando ficará a cargo de Shigetaka Komori, CEO da Fujifilm e a diretora executiva será Jeff Jacobson, CEO da Xerox.

Shigetaka Komori, CEO da Fujifilm

Em comunicado oficial a Fujifilm destacou que essa subsidiária deverá alcançar o posto no segmento de soluções de documentos, já a Xerox, que vinha sendo pressionada por seus analistas para tomar alguma medida drástica no seu rumo, diz que a negociação desbloqueia oportunidades significativas de crescimento e produtividade, além de repassar um bom valor aos seus acionistas.


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