Governo garante que neutralidade da rede será mantida no Brasil

Governo garante que neutralidade da rede será mantida no Brasil

Uma nova queda de braço está sendo iniciada no Brasil, na verdade uma rivalidade antiga, mas que agora com um novo propósito. De um lado o governo, por intermédio do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, que afirma que o governo federal é a favor da permanência da neutralidade da rede, e do outro lado, as operadoras, que através dos seus representantes irão fazer ainda mais pressão para uma alteração no Marco Civil, para que essa forma de tratamento dos dados, de forma isonômica, seja derrubada. Da mesma forma que a Comissão Federal das Comunicações dos EUA, a FCC, fez nos Estados Unidos.

Em declaração à Folha de S. Paulo, Kassab diz que a permanência da neutralidade da rede é uma posição do governo. “Somos contra. O Brasil não está preparado para essa discussão. É uma decisão de poder político. Não terá iniciativa política nesse sentido”

Num cenário sem neutralidade da rede as operadoras podem, entre outras coisas, criar pacotes personalizados para cada tipo de serviço. Por exemplo, para acesso aos serviços de streaming, como Netflix. 

O ministro também comentou na declaração que o Brasil precisa expandir muito o uso da banda larga. “Estamos iniciando o programa Internet para Todos. Há regiões do Brasil que não têm internet. Não está na hora de discutir a neutralidade ou não. Está na hora de expandir a internet Isso [fim da neutralidade]ficará para as próximas gerações”, completou.

Nos EUA, as empresas de tecnologia já estão se movimentando com a decisão da FCC de abolir a neutralidade da rede. A Internet Association, grupo que inclui gigantes como Google, Facebook, Amazon e Microsoft, já se posicionou dizendo que buscará esforços legais para que a neutralidade da rede seja mantida, e que sem ela os americanos não terão uma internet livre e aberta.

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