Google estuda inserir no Chrome uma forma de bloquear a mineração de criptomoedas via navegador

Google estuda inserir no Chrome uma forma de bloquear a mineração de criptomoedas via navegador

Ojan Vafai , um dos engenheiros responsáveis pelo desenvolvimento do Google Chrome, abriu uma discussão interessante e que pode acabar se tornando um novo recurso nativo no navegador: um bloqueador de mineração de criptomoedas via browser.

Caso você esteja por fora desse assunto, vale um resumo. Em setembro, o caso do site de torrents The Pirate Bay estar utilizando o computador de seus visitantes para a mineração de criptomoedas ganhou grande repercussão na mídia internacional. Essa seria uma nova forma de monetização que o site estaria pensando em implementar, uma espécie de substituto dos banners. Este mês, mais uma vez o The Pirate Bay voltou a utilizar o PC das pessoas para esse fim.

Uma pesquisa da Adguard Adblocker revela que mais de 500 milhões de usuários já foram afetados pela mineração oculta de criptomoedas em sites. Dos 220 sites do ranking dos 100 mil mais acessados no mundo, de acordo com a Alexa, utilizam o script Coinhive, o mesmo utilizado pelo The Pirate Bay para essa mineração via navegador. A criptomoeda que está sendo minerada é a Monero.

O problema do seu PC estar usando para essa finalidade, e sem nenhum aviso ou possibilidade de querer ou não contribuir, é o quanto de recursos da capacidade do seu hardware está sendo consumida. Alguns usuários chegaram a reportar em fóruns que o consumo de recursos da CPU estava chegando a 100%.

Além dos sites que escolhem inserir esse script minerador por livre espontânea vontade, há os cibercriminosos, que inserem os códigos  sem que os responsáveis pelo site saibam, essa ameaça está sendo chamada de cryptojacking.

De acordo com uma pesquisa da Palo Alto Networks, esse script de mineração está hospedando principalmente em domínios de sites relacionados à download

A ideia do engenheiro do Chrome é informar ao usuário quando o navegador identificar que uma página está consumindo uma determinada quantidade de recursos da CPU por um certo período de tempo. Alguns testes revelam que sites que aplicam a mineração via browser, utilizam algumas páginas internas, selecionadas de acordo com sua relevância de acesso. Por exemplo, no caso do The Pirate Bay a listagem de categoria e resultados de busca estão entre as páginas em que o minerador é ativado.

Ao identificar que a página está com um consumo excessivo da CPU, o Chrome a colocaria em ‘modo de economia de bateria’”, reduzindo o consumo de recursos, deixando com o usuário a decisão de voltar ao normal ou não.

Já existem extensões, como NoScript ou ScriptBlock que bloqueiam essa mineração, mas claro que uma solução nativa sempre é bem-vinda.

Qual a sua opinião sobre todo esse assunto? Concorda com a aplicação da mineração como uma nova forma de monetização para os sites? Deixe abaixo seu comentário.

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Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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