Google compra parte da divisão móvel da HTC por US$ 1,1 bilhão

OGoogle por intermédio da sua holding Alphabet.inc, fez uma nova aquisição mirando a fabricação de hardware. O grupo da gigante das buscas adquiriu por US$ 1,1 bilhão, parte da divisão móvel da HTC. Mais precisamente esse valor foi gasto como uma forma de recrutamento. Cerca de 2000 funcionários da empresa taiwanesa que fizeram parte da concepção da linha Pixel, fazem agora parte da folha de pagamento do Google.

Essa negociação não impedirá que a HTC continue fabricando smartphones. E, com certeza dará ao Google ainda mais expertise para investir nesse segmento. Embora a linha Pixel foi “montada” pela HTC é nítido o interesse do Google em ser mais autônoma, caminhas pelas próprias pernas. Um pequeno detalhe desse interesse é mostrado na forma como a Google vende os Pixel, investimento na legenda “Made by Google” (Feito pelo Google).

A parceria entre Google e HTC é de longa data. O primeiro smartphone a rodar o Android é da gigante taiwanesa, o HTC G1 (também conhecido como HTC Dream). Outro ponto importante dessa aliança é a produção dos Nexus, primeira aposta do Google em colocar seus próprios aparelhos no mercado.

Com o acordo a HTC pode dar uma “respirada”, já que a situação atual está bem longe dos bons momentos que viveu no passado. A HTC já não integra o Top10 dos maiores fabricantes de smartphones no mundo e sua participação de mercado é de míseros 2%.

Do lado do Google, esse não é o primeiro movimento em reunir forças para a fabricação de hardware, principalmente relacionado ao mercado móvel. Em 2011 a gigante das buscas adquiriu a Motorola por US$ 12.5 bilhões. Em 2014 repassou para a Lenovo por US$ 2,9 bilhões. O valor de repasse realmente foi baixo, mas o Google obviamente manteve consigo uma série de patentes, e sabemos como patentes são importantes, ainda mais se o objetivo é a fabricação de aparelhos.

De acordo com Mia Huang, analista da TrendForce, o Google considerou necessário ter o seu próprio hardware para ajudar a trazer inovação para os dispositivos Android, o que os tornaria mais competitivos contra os iPhones.