Kaspersky: novo malware distribuido pelo Facebook Messenger já chegou ao Brasil

Kaspersky: novo malware distribuido pelo Facebook Messenger já chegou ao Brasil

O Facebook Messenger, quarto aplicativo de rede social mais utilizado no Brasil, com mais de 50 milhões de usuários (dados da comScore) é o novo alvo de um malware descoberto pela equipe da Kaspersky Lab. Os primeiros casos  deste malware foram observados no início de agosto, e os ataques foram direcionados para usuários na Rússia e na América Latina, principalmente de países como Brasil, Equador, Peru e México.

O código malicioso é distribuído por meio de uma suposta mensagem de um dos amigos do usuário da rede social, enganando-a para clicar em um link que leva a um Google Doc. Ao abrir o documento, ele leva a uma foto do perfil do Facebook da vítima e cria uma página de destino que parece ser um vídeo. Quando tenta reproduzir o vídeo, o malware redireciona para um conjunto de sites que analisam o navegador, o sistema operacional e outras informações pessoais do usuário.

Os analistas também detectaram que o malware redireciona o usuário para diferentes endereços da web de acordo com o navegador utilizado. O uso do Firefox leva o usuário a uma atualização falsa do Flash, solicitando o download de um arquivo .EXE marcado como adware. Ao usar o Chrome, o usuário é redirecionado para um site espelho do YouTube, que exibe uma falsa mensagem de erro que tenta enganar o usuário – a mensagem pede para baixar uma extensão do navegador da loja online do Google, tentando instalar outro arquivo no computador. Ao usar o Safari, algo muito parecido acontece com o Firefox, já que aparece uma falsa atualização do Flash Media Player que instala um arquivo executável .dmg no Mac, se clicado.

“Este método não é novo. O adware usa a técnica de cadeia de domínios, que redirecionam e rastreiam usuários através de sites mal-intencionados, dependendo de recursos como idioma, localização geográfica, sistema operacional, informações do navegador, complementos instalados e cookies, entre outros. Ao fazer isso, ele basicamente move o navegador através de um conjunto de páginas da Web e, usando cookies de rastreamento, monitora as atividades, exibe determinados anúncios e até mesmo executa ações para que os usuários possam clicar nos links. Todos sabemos não é recomendado clicar em links desconhecidos, mas esta técnica basicamente o obriga a fazê-lo”, diz Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky Lab. 

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A investigação atual não sugere que nenhum malware, como trojans ou exploits, seja baixado nos dispositivos. No entanto, os cibercriminosos por trás desse ataque provavelmente ganharão dinheiro com publicidade não solicitada e acesso a muitas contas do Facebook.

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