Microsoft admite que desabilita antivírus de terceiros que não estejam totalmente compatíveis com o Windows 10

Microsoft admite que desabilita antivírus de terceiros que não estejam totalmente compatíveis com o Windows 10

O assunto de que a Microsoft estaria prejudicando os antivírus de terceiros no Windows 10 para dar um “empurrãozinho” no Windows Defender ainda vai longe. Embora não tenha citado diretamente a Kaspersky, empresa que por intermédio do seu CEO e fundador Eugene Kaspersky, fez duras críticas a gigante de Redmond por essa possível desvalorização de softwares de segurança que não pertencem aos seus domínios, Rob Lefferts, diretor de gerenciamento de programas e segurança da Microsoft, através de um post em seu blog praticamente mandou um recado para a empresa russa e esclareceu toda essa polêmica.

Em primeiro lugar, Lefferts diz que sim, a Microsoft realmente desabilita antivírus de terceiros, porém eles são desabilitados apenas quando não estão de acordo com o programa de atualizações do Windows 10, isto é, quanto a companhia entende que o software não está totalmente compatível com o sistema. Porém os fabricantes acompanham o processo, há o Microsoft Virus Initiative (MVI), que reúne mais de 80 fornecedores de segurança que ficam sabendo quando seus softwares são desabilitados, por não estarem de acordo o Windows 10, e ainda ressaltou que os fabricantes têm acesso antecipado para testar as compilações do sistema para que eles possam ajustar suas soluções antimalware.

No caso do Creators Update, grande atualização do Windows 10 liberada em abril, o executivo diz 95% dos antivírus encontrados em PCs eram compatíveis, porém algumas versões que ainda não estavam “credenciadas” para o Windows 10 acabam sendo desativadas, e o usuário é avisado. Obviamente quando a solução de terceiros é desativada automaticamente o Windows Defender atua como a solução padrão de segurança do sistema. Lefferts garante que após o AV estar completamente atualizado, o Windows Defender é desativado.

A Microsoft diz que essa abordagem mais criteriosa com as soluções de segurança instaladas no Windows 10 faz parte das ações para proteger os usuários do sistema, já que diariamente mais de 300 mil amostras de malware são criadas e espalhadas.

É inegável que o Windows Defender, lançado junto com o Windows 8, vem evoluindo, e já está um bom tempo sendo aprimorado (quase 11 anos), então trata-lo ainda com uma certa ironia em relação a sua qualidade está se tornando uma piada batida. Em uma conferência em atlanta, Chris Hallum, gerente sênior de produtos de segurança para o cliente do Windows, disse que o Windows Defender melhorou a um ponto que os usuários não precisam mais de um antivírus adicional. 

Com a evolução de toda indústria dos softwares de segurança, inclusive a solução nativa da Microsoft, o mercado de antivírus tenta conquistar o usuário com outros elementos além da segurança, como até opções para “tunar” a performance do PC. Mas quando o assunto é realmente a proteção do software muitos afirmam que os antivírus não servem pra muita coisa, principalmente com o cibercime caminhando para ameaças como ransomware.

Qual a sua opinião sobre o Windows Defender? A Microsoft realmente usa o Windows a seu favor em detrimento de outras opções? Deixe abaixo sua opinião.

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Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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