Extorquir dinheiro das vítimas não é a missão principal do ransomware Petrwrap, isso é o que dizem alguns especialistas

Extorquir dinheiro das vítimas não é a missão principal do ransomware Petrwrap, isso é o que dizem alguns especialistas

Os inúmeros casos de ransomware que vem acontecendo, alguns em proporções menores, outros como WannaCry e o Petrwarp que se alastraram pelo mundo todo, criaram no imaginário de muitos que o ganho financeiro é o principal fator para a propagação dessas ameaças, já que inclusive a “propaganda” do ransomware é justamente essa: seus dados foram encriptados, pague e (supostamente) tudo será devolvido. Porém, alguns especialistas de segurança começam a dizer que no caso do WannaCry e do Petrwrap a conversa é diferente, a missão não seria arrecadar um grande montante de dinheiro, na verdade seria apenas um teste, para ataques gigantescos que ainda estão por vir.

O primeiro a defender esse ponto de vista é um especialista de segurança intitulado “the grugq”. Em sua página no Medium ele diz que alguns pontos “frágeis” do ataque reforçam essa tese, como o fato de o ataque direcionar apenas para uma carteira Bitcoin, com um endereço que não pode ser alterado. O segundo detalhe é em relação a liberação das chaves os que resolvam pagar o resgate, toda a comunicação é feita através de um único endereço de e-mail, que inclusive já foi bloqueado pelo provedor. 

Nicholas Weaver, acadêmico de cibersegurança da Universidade de Berkeley, através de um artigo na KrebsOnSecurity, também defendeu que o Petrwrap (também conhecido como Petya) foi apenas um teste disfarçado de ransomware, e que passou longe de ser realmente um ataque visando alto ganho financeiro. Esse tal teste seria para “sentir” como os servidores e sistemas reagem a um ataque de proporções bem mais significativas.

Matt Suiche, da Comae Technologies vai mais além, e diz que o Petrwrap não é um ransomware, é apenas um código escrito para destruir dados de forma deliberada. Suiche acredita que essa ameaça foi na verdade uma espécie de “cortina de fumaça”, uma ação para controlar a mídia, já que esse ataque surgiu apenas um mês após o Wannacry.

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