Brasil está entre os países mais afetados por malware que visa webcams, roteadores e DVRs

Irã, Vietnã e Brasil, esses são os três países mais visados pelo Hajime, malware que desde outubro de 2016 vem atacando o ecossistema de dispositivos da Internet das Coisas, como webcams, roteadores e DVRs. De acordo com a Kaspersky Lab, a ameaça já conta com uma lista de mais de 300.000 dispositivos infectados.

A Kaspersky alerta que qualquer dispositivo com conexão à internet pode ser um alvo em potencial, mas pegando o que foi descoberto até então há uma lista de dispositivo mais visados, que são justamente os de IoT. Konstantin Zykov, pesquisador da empresa de segurança russa, diz que embora o número de aparelhos infectados esteja aumentando ainda não ficou claro o objetivo real do ataque. 

Alguns especialistas defendem que na verdade a Hajime é uma botnet positiva, e que foi criada por um hacker chapéu branco (aqueles que usam o seu conhecimento para o bem) para combater o lado negro da força, a botnet Mirai, que no ano passado causou um estrago gigantesco (e que continua se propagando em 2017), com ataques DDoS visando também o ecossistema de IoT. 

De acordo com Waylon Grange, pesquisador de segurança da Symantec, ao invadir o dispositivo, a Hajime, verifica se algumas portas (23, 7547, 5555 e 5358) visadas em ataques de IoT estão abertas, caso estejam, ele se encarrega de bloquear o acesso.

Mesmo com esse possível caráter positivo, Grange alerta que as mudanças são aplicadas na RAM, isso significa que ao reiniciar o dispositivo tudo é perdido, e a insegurança retorna.

Então, o mais aconselhável é tomar medidas que realmente tem um efeito duradouro e que comprovadamente reduzem as chances de ataque, como, por exemplo, a atualização de firmware e a troca de senha padrão de fábrica.