Recurso é negado pelo Tribunal de Sergipe e WhatsApp continua bloqueado

Recurso é negado pelo Tribunal de Sergipe e WhatsApp continua bloqueado

O desembargador Cezário Siqueira Neto, do tribunal de Justiça de Sergipe, negou o recurso do WhatsApp para o desbloqueio do app, que desde as 14h de ontem (02), está impedido de funcionar por 72h para os clientes das maiores operadoras do Brasil, devido a uma decisão do juiz Marcel Montalvão, da comarca de Lagarto (SE).

Assim como aconteceu no ano passado, onde o aplicativo que conta com mais de 100 milhões de usuários no Brasil,  foi bloqueado pela primeira vez no dia 17 de dezembro, o motivo desse segundo bloqueio também está relacionado com a tal resistência da equipe do aplicativo contribuir com dados para investigações.

Enquanto o WhatsApp estiver bloqueado: TIM libera o envio de SMS gratuitamente para os seus clientes

Após algumas horas a assessoria do app se pronunciou, dizendo que entraria com uma ação judicial para reverter a decisão e reforçou que não tem os dados requisitados pelo governo:

O desembargador que manteve o bloqueio entende que há possibilidades técnicas para que haja a quebra de sigilo de mensagens do aplicativo para auxílio em investigações. Vale lembrar que o WhatsApp recentemente aplicou criptografia ponta-a-ponta, o que torna ainda mais complicado o acesso aos dados:

Confira abaixo o pronunciamento do desembargador:

“Há de ressaltar que o aplicativo, mesmo diante de um problema de tal magnitude, que já se arrasta desde o ano de 2015, e que podia impactar sobre milhões de usuários como ele mesmo afirma, nunca se sensibilizou em enviar especialistas para discutir com o magistrado e com as autoridades policiais interessadas sobre a viabilidade ou não da execução da medida. Preferiu a inércia, quiçá para causar o caos, e, com isso, pressionar o Judiciário a concordar com a sua vontade em não se submeter à legislação brasileira”.

 Jan Koum, cocriador do aplicativo, se manifestou através da sua página no Facebook, reforçando que graças a criptografia ponta-a-ponta não é possível entregar os dados solicitados. Koum também disse nem o histórico dos usuários é armazenado nos servidores da empresa. “Quando você envia uma mensagem munida de criptografia ponta-a-ponta, ninguém consegue ler, nem nós, conclui Koum.

Sobre o Autor

Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
Leia mais
Redes Sociais:

Deixe seu comentário

X