Ray Tomlinson, inventor do e-mail, morre aos 74 anos

Certas invenções conquistaram ao decorrer do seu desenvolvimento o status de indispensáveis no dia a dia, nas mais variadas situações. O e-mail pode ser facilmente citado como um desses exemplos dada a sua grande variedade de aplicações e disseminação pelo mundo, principalmente graças a caminhada do seu grande parceiro, a internet. 

Assim como a internet em si originalmente o e-mail era mais um artifício da rede militar ARPANETque em meio a guerra fria agia como uma salvaguarda para os dados americanos. Em meio a tudo isso o programador e engenheiro eletricista Ray Tomlinson que trabalhava na BBN (uma empresa contratada em 1968 pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos para o desenvolvimento da ARPANET) escreveu o que seria o conceito do e-mail, desenvolvendo um programa batizado de SNDMSG (send message, ou enviar mensagem). Além do programa Tomlinson inseriu o sinal gráfico que ficaria imortalizado como um dos atributos principais do e-mail: @. Foi escolhido como o sinal que indicaria a separação do nome do destinatário do local (servidor) aonde a mensagem será enviada. O arroba significa em inglês At (em) porém antes do e-mail era pouquíssimo utilizado e por isso Tomlinson o escolheu, achando que seria perfeito para a nova proposta.

O conteúdo do primeiro e-mail é uma grande incógnita, já que Tomlinson sempre teve dúvidas se o que foi escrito foi uma sequência de letras (QWERTYUIOP) ou de números (123456). Enfim, independente do conteúdo o grande ponto é que o e-mail facilitou a vida das pessoas assim como toda boa tecnologia deve ser. 

Infelizmente neste último final de semana a trajetória do premiado Ray Tomlinson chegou ao final. O grande programador de 74 anos nascido em Amsterdam, Nova York, em 1941 sofreu uma parada cardíaca e faleceu no dia 5 de março. 

O grande conforto para os apreciadores do trabalho de Tomlinson é a certeza da eterna lembra em relação aos seus esforços para o avanço das possibilidades de comunicação.

“Eu vejo o e-mail sendo utilizado em larga escala exatamente como eu imaginava. Em particular, não é estritamente uma ferramenta de trabalho ou estritamente pessoal. Todo mundo irá utiliza-lo de diferentes maneiras, mas usá-lo de uma forma que seja funcional. 

Ray Tominson