China nega autoria da Coreia do Norte nos ciberataques à Sony e EUA recebem ameaça de Kim Jong-un

Ontem (21) a Coreia do Norte negou, mais uma vez, em comunicado ao governo norte-americano, que não foi a responsável pelos ciberataques sofridos pela Sony Pictures no final do último mês e que resultou na interceptação de vários arquivos e documentos sensíveis da companhia. Ela já havia negado o envolvimento antes, mas dessa vez ela tem o apoio da China. Os EUA pediram ajuda ao governo chinês para as investigações que descobririam os responsáveis pelos ataques virtuais, mas recebeu como resposta que a China condena todo tipo de ataque e terrorismo cibernético mas que acredita que não há nenhum envolvimento da Coreia do Norte nesse caso. Veja o que disse um porta-voz do governo:

Vale lembrar que na última sexta-feira (19) o FBI acusou formalmente a Coreia do Norte de ser a responsável pelos ataques à Sony Pictures, que desde o dia 24 de novembro vem sendo vítima de um grupo de hackers autodenominado de “Guardiões da Paz”. Mesmo após atender as exigências dos hackers, que era de cancelar o lançamento do filme “A Entrevista”, que satiriza o ditador norte-coreano e revela um plano de assassiná-lo, os hackers alegaram que ainda se mantém de posse dos documentos comprometedores da Sony e, caso ela volte atrás, a empresa iria beirar a falência. Para completar, o presidente Obama se mostrou indignado com a decisão da Sony de cancelar a estreia do filme e disse que os EUA iriam contra-atacar de maneira simétrica.

Irritada com as acusações, a Coreia do Norte fez uma declaração na rede estatal de TV, a KCNA, ameaçando os Estados Unidos caso eles não se desculpem publicamente pela acusação. Veja um trecho da declaração:

São declarações fortes e que fragilizam ainda mais a relação entre os três países (EUA, China e Coreia do Norte). A China já foi acusada, anteriormente, de promover ataques cibernéticos à redes americanas. O regime norte-coreano ainda desqualifica as provas divulgadas pelo FBI, afirmando que foram inventadas, já que os indícios não comprovam a origem dos ataques. Os Estados Unidos estão estudando o que fazer ainda. Talvez uma saída seja incluir a Coreia do Norte no rol de países que promovem o terrorismo. Com isso, o país passaria por sanções econômicas, dificuldades para exportar e não teria ajuda externa. A Coreia do Norte já figurou nessa lista, tendo seu nome retirado no ano de 2008.

Fonte: BBC