DARPA cria um processador que chega a 1 Terahertz de frequência

DARPA cria um processador que chega a 1 Terahertz de frequência

Sim, são 1 trilhão de ciclos por segundo. Esse é o novo recorde alcançado pelos pesquisadores da DARPA no tocante à velocidade de processadores. É como se ele fosse um supercomputador, mas em um único chip. Esse número representa cerca de 250 vezes mais velocidade que o Mac Pro, desktop da Apple que possui um processador de seis núcleos que podem chegar a 3,9 GHz de frequência.

O recorde anterior era de “míseros” 850 GHz num único chip. Essa nova marca tem cerca de 150 bilhões de ciclos de clock a mais por segundo. Esse cpu recebeu o nome de TMI, que é a abreviação de Terahertz Monolithic Integrated Circuit, e ele é fruto do grupo de trabalho Northrop Grumman, que faz parte da agência governamental norte-americana DARPA. Os pesquisadores envolvidos no projeto ainda estão tentando descobrir uma forma de controlar todo esse poder computacional. De acordo com eles, os eletrônicos atuais que usam tecnologias de estado sólido são, em grande parte, incapazes de acessar a banda submilimétrica do espectro eletromagnético por conta do uso de transistores insuficientes.

Mesmo assim, para ultrapassar a barreira dos Terahertz, os engenheiros utilizaram a conversão de frequências, uma prática que consiste em modificar a frequência de uma corrente alternada. Dessa forma, eles conseguiam multiplicar as faixas de operação dos circuitos integrados a partir de frequências de onda milimétricas. Veja o que um dos pesquisadores disse:

Essa prática, no entanto, restringe a força de saída de dispositivos elétricos e prejudica a proporção entre sinal e ruído, além de aumentar o tamanho, peso e requerimentos de suprimento de energia dos aparelhos.

Com o novo chip TMI, o sistema demonstrou níveis de ganho, ou seja, diferença entre os sinais de entrada e saída medidos em uma escala logarítmica, de 6 decibéis ao rodar na frequência de 1 THz. Como explica Dev Palmer, gerente do programa da DARPA, o resultado é consistente o suficiente para que eles comecem a pensar em aplicações práticas desta tecnologia. Nas palavras dele:

Este marco poderia levar a tecnologias revolucionárias como sistemas de formação de imagens de segurança de alta resolução, melhores radares de prevenção de colisões, redes de comunicação com capacidades muitas vezes superiores às dos sistema atuais e espectrômetros que poderiam detectar elementos químicos perigosos e explosivos com uma sensibilidade bastante superior.

Apesar de impressionante, ainda deve demorar algum tempo para que os pesquisadores consigam entender como chegar e se manter neste nível de frequência. Portanto, ainda vai demorar um pouco até que vejamos essa tecnologia sendo aplicada na prática. Mas todo avanço é feito desta forma, nos resta esperar o aperfeiçoamento de processadores como esse.

Via Gizmodo

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