KLyDE: projeto de versão mais leve e modular do KDE

Expressões como “o KDE é pesado”, “o KDE tem muitas firulas, perfumarias, etc”, “o KDE tem opções confusas” são comuns entre diversos usuários. De fato o KDE oferece um ambiente bastante robusto, lotado de aplicativos nativos e muitas opções de personalizações. Mas elas não agradam a todos, claro: há quem prefira um ambiente mais polido, leve, apenas com os recursos essenciais. Pensando nesse público o desenvolvedor Will Stephenson, que atua no KDE e no openSUSE, está trabalhando numa versão nomeada KLyDE: K Lightweight Desktop Environment. Uma versão mais modular e leve do conhecido ambiente do KDE para desktops.

Interface atual do KDE

No anúncio ele cita os principais objetivos e detalhes do projeto. A ideia é ter um ambiente leve e básico, onde todo o resto pode ser ativado ou desativado conforme necessário. Em parte isso já é possível no KDE, mas quase todas as distros incluem muita coisa por padrão, e algumas dependências colocam um “peso” desnecessário nos pacotes básicos.

Objetos não muito utilizados ou considerados supérfluos serão removidos da configuração padrão no KLyDE, podendo ser ativados manualmente depois. Entre eles estão alguns que consomem muita memória e processamento, como o Nepomuk e Akonadi, além das Atividades e do Attica. Decorações de janelas e estilos extras também entram na lista de remoção.

As telas de configuração também terão alterações: elas serão simplificadas, ocultando por padrão as opções menos utilizadas. Isso deve tornar o KDE ainda mais prático e “fácil de usar”, evitando confusão por parte dos usuários menos experientes no ambiente. Com menos opções o entendimento fica facilitado.

Uma outra área crítica que está sendo trabalhada se dá no tempo de inicialização. Sem tantos componentes carregados por padrão o KLyDE deverá ser iniciado bem mais rápido do que o KDE completo.

O projeto ainda está em andamento, com algumas partes publicadas usando o sistema de compilação e distribuição Build do openSUSE.

Aparentemente o KLyDE não será visto como um fork totalmente incompatível do KDE, mas ainda é cedo para ter ideia de como ficará a versão final. Um KDE mais leve onde todos os componentes extras possam ser ativados sob demanda é o sonho de muitos usuários com PCs mais modestos.