Lançado Fedora 18, com suporte ao secure boot

Lançado Fedora 18, com suporte ao secure boot

Depois de um atraso considerável, finalmente foi lançado o Fedora 18. A distro patrocinada pela Red Hat é famosa por trazer conceitos que pouco depois são implementados nas outras.

Entre os destaques está o suporte ao secure boot do UEFI, um recurso polêmico que complica a inicialização de outros sistemas em máquinas vendidas com Windows 8. O bootloader só pode ser carregado se for assinado com uma chave válida presente no sistema, no caso, da Microsoft.

A personalização das chaves e a desativação do recurso nas opções do UEFI não são complicadas, mas também não são nada triviais para usuários leigos que muitas vezes se matam até mesmo para dar boot pelo CD. Por isso há uma corrida dos mantenedores de grandes distros para suportar o secure boot “out of the box”, sem precisar da interferência do usuário. Basta iniciar pelo CD/DVD e tudo funcionará como antes.

Enquanto algumas distros pretendem usar chaves assinadas pela Microsoft apenas para validar o bootloader, o Fedora vai além e assina também o kernel e seus módulos. Essa ideia fica mais a par do propósito de segurança que o secure boot tenta passar, mas deve complicar a vida de quem instala módulos personalizados, como os responsáveis por ativar drivers proprietários da AMD ou Nvidia.

Mais uma complicação fica ao testar outros kernels, ou ao compilar seu próprio. Embora possam ser assinados com outras chaves marcadas como confiáveis, o processo não deverá agradar a todos. Nesses casos será necessário desativar o secure boot nas opções do UEFI.

Desativar o Secure Boot

É algo similar ao modo de alteração das configurações no SETUP em uso na maioria dos PCs atuais.

Esse problema será mais perceptível em PCs baseados em UEFI comprados com Windows 8 instalado (e que serão boa parte deles em breve, aliás já são…). Quem compra computadores com Linux, sem sistema operacional ou monta seu próprio provavelmente pegará uma placa mãe com o secure boot já desativado por default. Se a opção não vier desativada, certamente no manual constará como desativá-la. Pelo menos é o que se espera.

O instalador do Fedora foi simplificado.

Instalador Fedora 18

Em teoria, ao menos: as telas de particionamento aparentemente ficaram mais confusas. O instalador irá exigir apenas as informações realmente essenciais, deixando boa parte das configurações iniciais para depois (como o fuso horário e layout de teclado).

O recurso de adicionar outros repositórios na instalação foi removido por alguns problemas, devendo retornar no Fedora 19.

O sistema usa o kernel 3.6, mas já há uma atualização para o 3.7. O Fedora 18 ainda traz o Wayland 1.0 com o compositor Weston. A interface gráfica é gerenciada pelo X Server 1.13. Entre os ambientes conhecidos temos GNOME 3.6, KDE 4.9, Xfce 4.10, além de versões recentes do MATE e Cinnamon.

Há mais informações no site oficial do projeto:

http://fedoraproject.org/pt_BR/get-fedora

Confira o anúncio e as notas de lançamento.

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