GNOME Shell oferecerá extensões para lembrar o modo clássico

GNOME Shell oferecerá extensões para lembrar o modo clássico

Desenvolvedores do GNOME estão trabalhando numa forma de oferecer a experiência da interface clássica sem sacrificar o desenvolvimento, evitando manter duas bases de códigos. Logo mais o modo fallback será removido, então quem depende dele para ficar com o estilo clássico do GNOME ficaria sem opções, tendo que partir para outro ambiente – ou se adaptar ao GNOME 3.

Apesar da simplicidade na interface e no modo quase “ditatorial” como define seus recursos, o GNOME Shell tem um bom suporte a extensões, que podem ser instaladas a partir de um clique no navegador. Elas permitem mudar a experiência final, tornando o GNOME Shell mais atrativo para diversos usuários que não curtiram seu visual padrão. O lado bom é que isso isenta os desenvolvedores principais, que trabalham focados nos recursos básicos. O código fica menor, mais leve e simples. Quem quiser alguma coisa diferente que instale – ou faça – uma extensão. Dentro de certos limites, é claro, não há a necessidade de forks, algo que só passa a valer a pena para diferenças maiores, como o Cinnamon.

Esse sistema de recursos opcionais do GNOME só não é melhor porque não há garantias de que as extensões funcionarão nas futuras versões do ambiente. Os desenvolvedores tentam manter a base funcional, mas não podem ficar testando todas as extensões. E como boa parte é criada por desenvolvedores independentes, fica complicado para todo mundo se manter a par com os lançamentos do GNOME também.

Uma das coisas que é possível fazer com as extensões, por exemplo, é deixar a barra na parte inferior e usar botões para alternar entre as janelas:

GNOME Shell com barra inferior e botões de janelas: algo possível com as extensões

GNOME Shell com barra inferior e botões de janelas: algo possível com as extensões

Isso já dá um conforto maior para quem prefere um estilo de ambiente mais “tradicional”.

Como há o problema de manter versões compatíveis com cada lançamento do GNOME Shell, a equipe do GNOME irá escolher algumas extensões (e/ou criar outras) que tragam o comportamento padrão para o novo ambiente. Elas serão testadas e atualizadas, tendo compatibilidade garantida com as novas versões do GNOME Shell. Isso certamente facilitará muito a vida dos usuários sem causar tanta dor de cabeça para os desenvolvedores, que poderão deixar de lado o modo fallback ou qualquer outra derivação do código.

As extensões escolhidas serão realmente poucas, apenas algumas que levem a uma experiência mais próxima do GNOME 2.x. Entre os elementos que provavelmente serão garantidos estão itens como a tela clássica do alt + tab, a barra de tarefas, botões de minimizar e maximizar, e o menu principal. Essas extensões serão lançadas como um tarball, assim como qualquer outro módulo. A forma como os usuários ativarão o modo “clássico” ainda não foi definida.

Ainda não há data prevista para o lançamento delas pela turma do GNOME, mas é bom ver que os desenvolvedores estão ouvindo um pouco as queixas. Algo raro.

A mudança radical fez o GNOME perder vários entusiastas e usuários antigos, muitos que até hoje relutam em se adequar ao sistema. Forks como o Mate (do GNOME 2) e Cinnamon (do GNOME Shell) vêm crescendo em popularidade. Com a modernidade do GNOME Shell e a interface mais próxima da que muitos estão acostumados, essas questões polêmicas finalmente serão amenizadas.

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