GINA: Quando uma empresa tradicional conhece as mídias sociais por um outro ângulo

GINA: Quando uma empresa tradicional conhece as mídias sociais por um outro ângulo

As mídias sociais representam um verdadeiro pesadelo para empresas tradicionais. Sem o conhecimento do mercado das redes atualmente, muitas delas ficam perdidas ao cair na internet, uma “terra sem dono”, em que qualquer um pode expor algo que toma proporções gigantescas. Diversas agências de publicidade e individuais prestam assesssoria sobre redes sociais para empresas, mas a quantidade delas que leva a internet a sério ainda parece pequena – falando em termos de Brasil.

Um caso recente mostrou o desespero de uma empresa bastante tradicional no Brasil: a Gina, de palitos de dente. Uma página de humor no Facebook chamada “Gina Indelicada” satiriza, faz piada e tira sarro com várias situações conforme as mensagens enviadas pelos fãs.

O negócio se tornou um “viral”, já que em poucos dias conseguiu mais de 1,2 milhão de curtidas no Facebook.

Só que havia um “pequeno-grande” problema: a página utilizava a marca GINA (incluindo a tradicional foto) sem autorização. A associação ao tipo de humor também não foi recebida com agrado pelos donos da marca. A primeira reação foi típica: dizer que iriam recorrer à justiça. É o que contou à revista Época Negócios o diretor-presidente da Rela Gina, Luiz Carlos Rela.

Hoje, em reunião com os principais executivos da empresa, a decisão foi tomada: eles tentarão aproveitar a situação de forma pacífica, sem entrar na justiça. O que começou como uma brincadeira pelo criador da página acabou elevando as buscas pela marca GINA, e queira ou não esse é o tipo de coisa que muitas empresas pagam caro para conseguir. A Gina teve uma enorme exposição de graça. A Gina Indelicada, por mais odiável que possa ser para quem não curte aquele estilo de humor, conseguiu mais fãs do que muitas empresas com vários anos de investimento na rede.

Agora, com ajuda de especialistas em redes sociais e o estilo de vida na internet atual, a empresa tentará aproveitar como puder este caso. Menos mal para o criador da página de humor, que poderia ser condenado a pagar indenizações pelo uso da marca daquela forma. E também menos mal para a própria empresa, que não sairá dessa com aquela imagem negativa de “vou te processar por usar minha imagem”. Como era uma página humorística sem ofensas diretas à marca, apenas usando sua personagem e nome, a situação parece ser bem leve e de fácil aceitação pelos executivos agora.

Depois da reunião as palavras do responsável foram bem claras: “Não temos experiência nessa área, mas vamos buscar assesssoria para poder aproveitar a oportunidade. Somos uma vovó de 65 anos aprendendo com um neto de 19”. Este 19 é referente à idade do criador da página, Ricck Lopes.

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