O fim do Moonlight

Numa entrevista Miguel de Icaza comentou sobre o fim eminente do Moonlight. O projeto que ele defendia acabou não rendendo o retorno esperado, já que a própria Microsoft não anda dando conta do que tentou criar.

O Moonlight era uma implementação livre do Silverlight para Linux, plataforma nunca suportada oficialmente pela Microsoft. Com algumas limitações ele funcionava de forma razoável. Um dos maiores sites que utilizam o Silverlight é a Netflix, e por uma série de motivos comerciais ela optou por não suportá-lo no Linux via Moonlight – especialmente pela questão de DRM, mas pode ter mais coisas por trás.

O Silverlight nunca ganhou uma adoção em massa na web, diferente do que os evangelistas da MS esperavam. Agora a liderança por trás do Moonlight o abandonou.

Na entrevista Miguel de Icaza comenta que, além do baixo uso, a Microsoft adicionou algumas restrições artificiais que inviabilizam o uso dele para criação de aplicativos desktop.

“Hoje em dia não acreditamos mais que o Silverlight é uma plataforma adequada para a tecnologia escreva-uma-vez-rode-em-qualquer-lugar, simplesmente há muitas limitações para ele ser útil. Hoje acreditamos que no mundo do C# a melhor opção é separar o código da camada de apresentação. O usuário pode reutilizar o núcleo do seu aplicativo em todas as plataformas, e escrever uma nova interface de usuário específica para cada plataforma alvo: iOS com MonoTouch, Android com MonoDroid, Mac com MonoMac, Windows com WPF ou Winforms ou Mac, Web com ASP.NET e Windows e Linux com Gtk.”

Confira a entrevista no InfoQ.

Dada a pequena participação de mercado como plugin nos navegadores, mais as restrições, além de problemas enfrentados em algumas distros Linux, a comunidade open source não tem muito a perder com esta notícia.

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