Windows Phone Tango com 256 MB de RAM terá limitações no software

Com o lançamento do Lumia 610 a Nokia e a Microsoft reduziram os requisitos mínimos do Windows Phone, criando um produto com apenas 256 MB de RAM e um processador um pouco mais lento. Ele marca o início da fragmentação do Windows Phone: nem todos os aplicativos poderão rodar nele, com destaque para jogos mais exigentes. Algumas características do sistema operacional também foram cortadas para permitir isso.

Se você quiser um Windows Phone de baixo custo, é bom saber desde já que não estará levando a experiência completa do Windows Phone anunciado e comentado por aí. O app de Podcasts não estará presente; a capacidade multitarefa será comprometida; o sistema desativará o Bing Local Scout, agentes dos apps que realizam tarefas em background e o upload automático de fotos para o SkyDrive. Ah, alguns codecs de vídeos HD também não serão suportados, podendo comprometer a experiência dependendo do vídeo que for acessado.

A área mais crítica é a troca rápida de aplicativos, que prejudicará bastante a capacidade multitarefa ao usar jogos, navegadores com muitas abas e outros programas pesados. Aplicativos que usam mais de 90 MB de RAM serão fechados imediatamente ao alternar para outros nos dispositivos com 256 MB. Apesar disso, apps menores podem continuar na RAM e alternar para eles deve ser tão rápido como nos modelos com mais memória. 

Isso não é ruim só para os usuários: os desenvolvedores também podem sofrer um pouco para adaptar os programas e repensar seus métodos de programação. Há detalhes no blog da equipe do Windows Phone.

Ao colocar estas limitações a Microsoft pelo menos tenta garantir que o sistema rodará bem um programa de cada vez, sem engasgar nem fechar ou travar, como é comum no Android com pouca RAM. A plataforma que fica mais estável nesse sentido é a da Apple: as únicas diferenças entre as versões de um iPhone ou iPod touch do mesmo ano são a capacidade de armazenamento e a cor (comparando iPhone com iPhone e iPod touch com iPod touch, pois os iPods têm hardware mais modesto). Todos os apps projetados para uma mesma geração rodam em todos os aparelhos dela, e normalmente funcionam bem em modelos de uma ou duas gerações anteriores. Já no caso do Android e, agora, do Windows Phone, os aplicativos mais exigentes precisam de hardware mais poderoso. Pensando pelo lado positivo, tanto o Android como o Windows Phone favorecem a existência de smartphones de baixo custo, algo inviável para o nicho da Apple.

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