Tecnologia sinaliza HDs 1000 vezes mais rápidos e densidade 20 vezes maior

Tecnologia sinaliza HDs 1000 vezes mais rápidos e densidade 20 vezes maior

Um time de cientistas de vários países, trabalhando na Inglaterra, Rússia, Noruega e Suíça fez uma descoberta que pode eventualmente revolucionar o mercado de armazenamento magnético, depois que alguns entraves essenciais forem superados, naturalmente.

Os HDs atuais utilizam discos magnéticos que giram a 5400 ou 7200 RPMs, permitindo que os dados sejam lidos por braços magnéticos. Esta é uma tecnologia que oferece um custo por terabyte bastante baixo em relação à memória Flash e outros meios de armazenamento, mas que em compensação oferece um desempenho limitado aos componentes mecânicos.

A nova tecnologia também é baseado no uso de unidades magnéticas para armazenamento, mas opera sob um princípio bem diferente, utilizando uma superfície magnética fixa e um laser para fazer a gravação dos dados.

A tecnologia é baseada no uso de grânulos magnéticos, compostos de uma liga de ferro e gadolinium (um elemento magnético raro), batizadas pelos desenvolvedores de nanoislands. São necessários apenas 0.06 picossegundos para que a polaridade magnética de uma nanoisland seja alterada por aquecimento, efetuando a gravação dos dados.

No total, são necessários cerca de 5 picossegundos até que a nanoisland estabilize e os dados estejam seguros, mas ainda assim o tempo requerido é mais de 1000 vezes menor que num HD magnético atual. 

As nanoislands são também muito menores que a suberfície magnética necessária para armazenar um bit em um HD atual, o que em teoria permitia espremer 53 terabits por polegada quadrada, o que em teoria permitiria criar HDs com 60 terabytes ou mais.

O grande problema com a tecnologia é que os pesquisadores ainda não chegaram a uma solução para o problema de como ler os dados, se limitando a desenvolver uma nova forma de gravá-los. Ferrimagnetos como os usados no experimento tipicamente não possuem um campo magnétcio, o que torna impossível ler os dados através de uma cabeça de leitura como as usadas nos HDs atuais. Por enquanto os cientistas estão usando um STM (scanning tunneling electron microscope), que é um dispositivo do tamanho de uma sala para ler um bit de cada vez. Para que a tecnologia se torne viável precisariam fazer isso também usando algum tipo de laser ou radiação, o que no momento não parece ser possível.
 

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