Problemas graves na Mandriva podem indicar o fim da empresa

A novela não é nova e os capítulos recentes não são animados. A Mandriva pode entrar em processo de falência nos próximos dias, de acordo com uma carta enviada aos acionistas publicada em dezembro (folha 1 e folha 2). Até o momento parece que a situação não mudou.

Os vários problemas financeiros da empresa e a saída de acionistas no passado complicaram toda a estrutura da mesma, o que afeta diretamente a distro Linux de mesmo nome.

Em dezembro os acionistas foram convidados a votar em novos planos financeiros para melhorar o capital do grupo, mas a LinLux, dona de 42% das ações, rejeitou todas as propostas. TownArea, outro grupo acionista, ajudaria praticamente sozinho mas também foi impossibilitado de manter de pé a proposta de aumentar o capital. Se nada mudar até lá, a Mandriva deve pedir falência no dia 16 de janeiro.

A insegurança sobre a liderança da empresa abala as promessas de continuidade do sistema, que não acabou, apesar de mostrar um futuro bastante comprometido. Depois de graves crises, perda de investidores e desenvolvedores um grupo decidiu criar a Mageia – fork da distro, sem ligação com a empresa.

A Mandriva (Mandrake) já teve dias melhores, acumulando um grande histórico e força dada ao Linux nos desktops; não há como não lembrar sua importância nos anos anteriores aos do Ubuntu. Se acabar, será um fim triste para os fãs, mas necessário para os empresários controladores da marca (os negócios locais da Mandriva no Brasil não parecem tão ruins assim).

Pode ser que o grupo consiga uma nova chance, mas parece difícil. Nenhum pronunciamento consta no site oficial até agora, não confirmam nem negam a situação da empresa.

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