Microsoft conclui aquisição do Skype

A Microsoft concluiu o processo de aquisição do Skype, acordo que foi aprovado há alguns dias pela União Europeia. Agora todo o pessoal que trabalhava no Skype passa o grupo, formando uma nova divisão de negócios dentro da empresa. O anúncio inicial foi divulgado em maio, em que ambas as empresas fizeram um acordo em $8,5 bilhões de dólares.

O processo de aquisição ainda precisa da aprovação de alguns órgãos em poucos países, mas globalmente já é certo. A empresa tem um grande interesse no serviço do Skype para complementar seus prórios produtos, provavelmente incluindo aí o Windows Live Messenger, um dos mensageiros instantâneos mais usados no mundo (famoso MSN, pelo seu nome antigo). Ela quer chegar ao ponto de atingir um bilhão de usuários diariamente com o Skype.

A empresa base do Skype foi fundada em 2003, sendo o produto adquirido pelo eBay pouco depois, em 2005. Depois de um tempo sem retorno e com pouca evolução, em 2009 o controle foi passado para o Silver Lake, um grupo de investidores. A evolução então foi bem grande, com novos recursos e serviços aparecendo com maior frequencia. É um serviço que já passou por muitas mãos, e agora chega na gigante de software.

Um infográfico publicado mostra alguns números interessantes sobre o uso do Skype atualmente.

Pegue a imagem maior neste link

Além das ligações para telefones fixos e celulares (VoIP), uma das coisas mais usadas nele é a conversa por vídeo. Comparado ao YouTube, tido como o maior site de vídeos da internet, o Skype movimenta uma grande quantidade de dados: 6 meses de conversa em vídeo são transmitidos a cada minuto pelo serviço, enquanto o YouTube conta com “apenas” 48 horas de vídeo carregadas por minuto (dados de alguns meses atrás). Dá para (tentar) imaginar a popularidade do Skype, considerando que são vídeos quase sempre privados ou entre amigos, familiares e negócios.

Há mais alguns dados e comentários no blog do Skype e na página do press release da Microsoft. Ela também fez uma página dedicada ao produto dentro do seu site:

http://www.microsoft.com/en-us/skype/

A princípio, nada muda para os usuários. A adição da marca no programa e informações no site devem ocorrer em breve, de qualquer forma o serviço continua o mesmo por enquanto. Não há detalhes públicos dos planos para o futuro, sabe-se apenas que a longo prazo o serviço será integrado a outros produtos da empresa.

Dada a má relação da MS com software livre, muitos temem o fim da versão para Linux do Skype – que por sinal já não é nada boa, sempre deixando a desejar quando comparada às outras plataformas. Na página criada dentro do site dela sequer há Linux citado entre as plataformas suportadas, estando listados ali apenas Windows, Mac, Android, iPhone, iPad ou TV. Pode ter sido esquecimento ou simplesmente não acharam relevante pela baixa porcentagem dos computadores com Linux nos desktops, vai saber.

Para acalmar um pouquinho, no post no blog do Skype foi citado que a comunicação entre os vários dispositivos e plataformas continuará sendo o foco principal.