Quase tablet: Galaxy Note, um smartphone com tela de 5.3

Quase tablet: Galaxy Note, um smartphone com tela de 5.3

Embora todos os grandes fabricantes estejam entrando na guerra dos tablets e lançando seus produtos, as vendas (com a óbvia exceção do iPad) continuam baixas. Mesmo a Asus, que conseguiu fazer um relativo sucesso com o Transformer está vendendo apenas 200 a 300 mil unidades por mês, uma gota no oceano se comparada com as vendas totais de notebooks, netbooks e outros dispositivos da empresa.

Naturalmente, qualquer um destes fabricantes poderia vender vários milhões de unidades caso conseguisse lançar produtos na caso dos 100 a 200 dólares, faixa de preços onde existe uma enorme demanda (veja o caso do HP Touchpad, que mesmo descontinuado vendeu quase um milhão de unidades em dois dias), mas a maioria dos fabricantes não querem mexer nesse nicho, onde as margens são muito baixas e já existe uma forte concorrência dos chineses.

Já que os tablets de 500 dólares estão difíceis de vender, muitos fabricantes estão testando uma nova classe de dispositivos: smartphones com telas grandes, que sejam capazes de substituir um tablet sem abrir mão da função de telefone. O último exemplo é o recém-anunciado Galaxy Note da Samsung, que trará uma tela de espantosos 5.3″, derrubando as barreiras entre as duas categorias:

Embora grande, ele é fino, com apenas 9.65 mm, o que preserva a portabilidade. Como ele se enquadra numa categoria à parte, vamos ter que esperar para ver qual será a reação do público. É certo que a possibilidade de ter um telefone e um tablet no mesmo dispositivo é tentadora, mas é preciso ver se ele não acabará juntando apenas as desvantagens das duas categorias.

Como um seguro, a Samsung incluiu uma caneta stylus compatível com a tela capacitiva, que permite que o telefone seja usado para tomar notas e executar outras funções relacionadas a desenho e escrita manual que eram bem executadas na época do Palm Pilot mas que deixaram de ser muito práticas com o advento das telas capacitivas. Resta saber até que ponto o público está interessado a voltar ao passado, já que hoje em dia a maioria dos jovens (e até mesmo muitos adultos) se sentem bem mais confortáveis usando um teclado, mesmo que virtual, do que com escrita manual.

Sobre o Autor

Redes Sociais:

Deixe seu comentário

X