Mozilla tenta resolver o problema do Firefox com as empresas

A Mozilla publicou hoje uma resposta temporária para a grande discussão sobre o clico de atualizações rápidas do Firefox. Muitos não gostaram de ter uma versão nova a cada poucas semanas, já que o modelo de versões anterior permitia mais tempo para testes e implantação.

Boa parte das críticas vêm de corporações, empresas em geral: num mundo onde o IE era problemático e frequentemente associado a insegurança, o Firefox foi ganhando mercado também nas empresas. Com isso muitos grupos passaram a usar o Firefox nos seus ambientes de trabalho e também projetaram soluções para seus clientes que funcionam no Firefox. Um exemplo: as extensões de alguns bancos para acessar o internet baking.

Seja como for, isso funcionava razoavelmente bem, com um ou outro serviço atrasando o lançamento quando uma nova versão do Firefox chegava. Mas agora é diferente. Os usuários são praticamente forçados a atualizar para as versões recentes, que chegam num tempo cada vez menor. O que isso tem de bom, pode ter de ruim do outro lado: quem cria extensões e precisa do navegador funcionando 24/7/365 acaba enfrentando problemas, falta de tempo para testes e uma pressão maior.

Como resultado, há inúmeros comentários de que usuários corporativos largarão o Firefox. A repercussão tem sido grande e vem sendo comentada negativamente por muitos sites, embora na prática não parece ser algo tão rápido.

A Mozilla destaca que o Firefox também deve atender ao mercado corporativo, embora boa parte do desenvolvimento dele é concentrado pensando nos usuários domésticos. Os produtores estão discutindo possíveis soluções e divulgarão o resultado em breve. Entre as empresas que participam da conversa está a IBM, grande nome. Não se sabe como a questão será tratada, se a Mozilla voltará atrás do sistema de versões do Firefox ou se criará algo como um “meio termo”.

De certa forma parece que as corporações que reclamam estão tão acostumadas a ter um navegador desatualizado, dificultando ou atrasando a atualização no seu parque de máquinas, que fecham a cara para qualquer novidade. Se um navegador atualizado com frequencia incomoda, o que elas preferem então? Um IE 6.x com controles ActiveX que não precisam de manutenção e continuam com as mesmas vulnerabilidades por anos?

É claro que o lançamento de versões num tempo menor atrapalha quem cria extensões, mas talvez definir um maior intervalo entre as versões aceitáveis para elas seja uma solução. Se a extensão não funcionar, está na hora de atualizá-la; mas muitas extensões poderiam continuar funcionando se não colocassem limitações artificiais ao checar o número da versão. Seja como for, as mudanças técnicas entre as versões do Firefox agora são menores, devendo causar menos problemas para extensões bem criadas.

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