Atualizando do Windows 1.0 para o 7 – Uma experiência curiosa

O Windows tem 25 anos. A cada nova versão a Microsoft trabalha para manter a compatibilidade com aplicações antigas, permitindo uma migração não tão traumática, mantendo todos os programas e as principais configurações. As principais exceções ficam por conta de algumas aplicações específicas que requerem algumas bibliotecas ou mesmo versões diferentes do .NET Framework; em geral, se você compilar código puro para Windows sem usar recursos novos das APIs, o programa deve funcionar em quase todas as versões da arquitetura alvo (é fácil experimentar isso com o Lazarus/FPC ou versões antigas do Delphi, entre outros compiladores :P).

Tudo bem que o mais recomendado pelo que se vê por aí seria uma instalação completa ou “do zero”, mas o processo de atualização por cima normalmente funciona bem – o ruim é que a instalação pode demorar mais e as chances de problemas com alguns aplicativos podem ser maiores, além de “restos” de arquivos e configurações inúteis que continuarão no HD. Tirando essas questões, o processo de upgrade do Windows entre versões próximas é tranquilo e usado por muitas pessoas. A praticidade de não ter que reinstalar centenas de programas e jogos de novo é o que mais pesa na hora de decidir pela atualização.

Um cara foi além e quis ver, na prática, como as aplicações e configurações ficariam fazendo atualizações sucessivas do Windows 1.0 para o Windows 7. Numa máquina real isso poderia ser complicado pela questão dos drivers, nessas horas o VMware ajudou. Se estiver curioso, veja o vídeo com o resumo do processo, feito por Andrew Tait:

Programas e jogos que rodavam no Windows 1.0 continuaram rodando no 7, mas falharam no 2000 – arquitetura diferente do 98, na época, com um suporte a aplicações do MS-DOS bastante fraco. Isso foi melhorado radicalmente no Windows XP, quando a MS desistiu da linha do DOS para manter todas as versões baseadas no NT, incluindo edições empresariais e domésticas. O Windows 7 de hoje nada mais é do que uma versão bem atualizada do XP, 2000, NT 4.0, que por sua vez era do NT 3.x, etc. Uma curiosidade é que apesar de tantos anos, todos os grupos de programas criados no Windows 3.x foram mantidos ao chegar no 7 – inclusive com o Doom 2 funcionando sem problemas. De quebra alguns aplicativos antigos nativos do Windows continuaram no HD – e funcionando!

Como se vê, o Windows luta para manter compatibilidade com aplicações antigas, por mais que isso signifique manter o sistema com cada vez mais funções e códigos antigos ou emuladores (alguns nem tão visíveis). Apesar disso a compatibilidade não é perfeita e muitos títulos antigos não funcionam nas versões atuais – os motivos técnicos são diversos, indo desde versões desatualizadas de bibliotecas de terceiros a chamadas a arquivos estáticos que não existem mais nas novas versões, ou aproveitamentos de recursos não documentados ou bugs corrigidos, entre outras coisas.

Boa parte dessa compatibilidade com jogos antigos e aplicações muito velhas é quebrada nas versões de 64-bit Windows, já que elas não suportam programas de 16-bit. O XP Mode do Windows 7 ajuda nesse caso – ele é uma máquina virtual com uma licença do Windows XP. No futuro as edições domésticas do Windows não deverão ter versões de 32-bit, apenas 64, como já ocorre com as versões de servidor. Isso não trará problema para quase ninguém, pois além de serem populares hoje em dia, elas podem rodar os programas de 32-bit, que ainda sobreviverão por um bom tempo.

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